Avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida de pacientes com artrite reumatoide

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corbacho,María Inés
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Dapueto,Juan José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042010000100004
Resumo: OBJETIVOS: Avaliar o impacto da artrite reumatoide (AR) sobre a capacidade funcional para o trabalho e a qualidade de vida relacionada com a saúde (CVRS), de pacientes portadores desta afecção. MÉTODO: Realizou-se um estudo descritivo transversal com uma amostra de 53 pacientes de um centro de reumatologia público de Montevidéu. Utilizando-se uma série de instrumentos foram avaliados a dor, a repercussão funcional, a CVRS e os níveis de atividade: EVA-D (Escala Visual Analógica-Dor), EVA-G (Escala Visual Analógica - Estado Geral), HAQ (Health Assessment Questionnaire), SF-12 (Medical Outcomes Study Short Form 12), DAS 28 (Disease Activity Score). A análise estatística foi feita empregando coeficientes de remitência linear, teste t e ANOVA, buscando estudar a associação entre as variáveis independentes e a CVRS. O intraclass correlation coefficient (ICC) foi utilizado para verificar a correspondência entre a informação prestada pelo paciente e a observação do médico com relação ao bem-estar geral. RESULTADOS: Foram constatados níveis altos de atividade (41,5% atividade grave, 26,5% baixa atividade ou remitência), dor grave (60%) e uma repercussão importante sobre o estado geral (média EVA-G 40, intervalo 0-100). Mais de 70% dos pacientes apresentaram níveis de HAQ de moderado a grave. A média do PCS (Physical Component Summary) do SF-12 foi de 31,5 pontos (intervalo 15,2 - 59,5; DP= 10,1) e o MCS (Mental Component Summary) foi de 37,9 pontos (intervalo 15,7 - 66,4; DP = 14,6). Foram fatores determinantes das medidas de CVRS a evolução acima de um ano e o nível de atividade. CONCLUSÕES: Este estudo demonstra o grande transtorno que a AR representa para os pacientes em razão da dor, do comprometimento do estado geral, da capacidade funcional, da situação de trabalho e CVRS física e emocional. Destaca-se a necessidade de implementar mudanças na abordagem terapêutica dessa população especialmente vulnerável.
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