Capacidade Funcional na pessoa com Artrite Reumatóide: fatores associados e oportunidades para a Enfermagem de Reabilitação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Arménio Guardado
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=HeU7XnUC
Resumo: Enquadramento: Desconhece-se de que forma a Artrite Reumatóide (AR) afeta em concreto a capacidade funcional (CF) das pessoas, assim como as estratégias utilizadas por estas para lhe fazer face. Os enfermeiros especialistas em reabilitação, integrados em equipas multidisciplinares, podem contribuir para a gestão da doença destas pessoas, promovendo a independência funcional, o autocuidado, comportamentos de adaptação positiva, repercutindo-se em melhor qualidade de vida (QV). Objetivos: i) caraterizar a CF na pessoa com AR, ii) analisar a associação entre CF e sexo, idade, duração de diagnóstico e atividade da doença, e iii) avaliar a correlação da CF com a QV. Métodos: Estudo quantitativo, observacional, transversal, unicêntrico, com a inclusão de pessoas com AR, selecionadas consecutivamente em Consulta Externa de Reumatologia. Os participantes auto-preencheram um questionário com questões sociodemográficas e clínicas, completaram o Health Assessment Questionnaire Disability Index (HAQ-DI) (0-3, considerando-se estado aceitável &le;0.5), e um questionário de QV (EQ-5D). Usou-se o Disease Activity Index (DAS28-CRP3v) para avaliar atividade da doença. Realizaram-se análises univariadas (qui-quadrado) e multivariadas (regressão logística) para testar a associação com HAQ-DI<0.5. Resultados: Dos 585 participantes (63.9±12.5 anos; 81.9% mulheres), 74.2% (n=434) possuíam HAQ-DI>0.5. Apenas 23.5% e 58.9% referiram não ter qualquer dependência para "Fazer a lida da casa" e "Abrir um pacote de leite novo", respetivamente; 40.0% precisava de ajuda de outra pessoa para atividades que requerem preensão e 16.1% para se vestir. A utilização de ajudas técnicas é reduzida (1.9% a 13.2%), mesmo no subgrupo de participantes onde estas seriam mais úteis (>65 anos, com baixa atividade inflamatória e com HAQ-DI>0.5). Ser mulher (𝜒²=14.716; p<0.001), ter maior idade (𝜒²=42.599; p<0.001), duração de diagnóstico (𝜒²=15.798; p<0.001), e atividade de doença (𝜒²=30.120; p<0.001) associou-se a HAQ-DI>0.5. Existe uma correlação forte e negativa (rp=-0.67; p<0.001) entre dependência funcional e QV. Conclusões: Três em cada quatro pessoas com AR apresentam elevado grau de dependência funcional, mas a utilização de ajudas técnicas é reduzida. O sexo, idade, duração de diagnóstico e atividade da doença devem ser considerados no plano de reabilitação individualizado para estas pessoas, de modo a promover a máxima CF e QV.
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