Análise comparativa da alimentação de peixes (Teleostei) entre ambientes de marisma e de manguezal num estuário do sul do Brasil (Baía de Guaratuba, Paraná)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Zoologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752008000100002 |
Resumo: | Estudou-se a composição da dieta de peixes em dois tipos de ambiente de áreas rasas estuarinas - marisma e manguezal, objetivando avaliar se essas formações vegetais desencadeiam na ictiofauna respostas diferentes quanto à alimentação. As seis espécies avaliadas, as mais abundantes nessas áreas, mostraram-se predominantemente planctívoras, porém com particularidades quanto ao tipo de vegetação ocupada. Na marisma, Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1825) apresentou a dieta com maior número de itens e menor similaridade em relação às demais espécies. No manguezal tal isolamento coube a Anchoa januaria (Steindachner, 1879), espécie com maior participação de Decapoda Brachyura e Decapoda não-Brachyura, e única que nesse ambiente incluiu Gammaridae na dieta. Anchoviella lepidentostole (Fowler, 1911) identificou-se com Anchoa lyolepis (Evermann & Marsh, 1900) na marisma e com Opisthonema oglinum (Le Sueur, 1818) e Harengula clupeola (Cuvier, 1829) no manguezal. Uma situação comum a marisma e manguezal registrou-se entre O. oglinum e H. clupeola, espécies com dietas praticamente restritas a Diatomacea e Copepoda. Evidenciou-se o quanto as espécies são capazes de variar sua dieta com o ambiente, provavelmente em resposta à disponibilidade local. Mais que isso, porém, constatou-se que, seja na marisma, seja no manguezal, mesmo havendo mudança nos hábitos tróficos das espécies, cada uma delas mantém um padrão de diferenças em relação às demais que compõem a assembléia, fato que possivelmente assegura a abundância e coexistência entre elas nas áreas estuarinas rasas. |
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