Estudo do crescimento relativo de Austinixa patagoniensis (Rathbun) (Decapoda, Pinnotheridae) simbionte de Callichirus major (Say) (Decapoda, Callianassidae) no mesolitoral da praia de Balneário Camboriú, Santa Catarina, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves,Eliana dos S.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Rodrigues,Sérgio de A., Pezzuto,Paulo R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Zoologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752005000300042
Resumo: O crescimento relativo de Austinixa patagoniensis (Rathbun, 1918), simbionte do callianassídeo Callichirus major (Say, 1818) na praia de Balneário Camboriú, Santa Catarina (26º59'S, 48º39'W), foi estudado separadamente para 119 juvenis, 228 machos e 249 fêmeas. O método funcional de regressão foi utilizado para o estudo das seguintes variáveis: largura e comprimento da carapaça, largura máxima do abdome, altura máxima do própodo do quelípodo, comprimento inferior e superior total do própodo do quelípodo. A largura da carapaça (LC) foi adotada como medida de referência. Com exceção da altura do própodo do quelípodo de juvenis e do comprimento superior do própodo do quelípodo de fêmeas, que cresceram segundo o modelo linear, as demais variáveis estudadas foram melhor descritas pelo modelo potencial. A análise do crescimento relativo de A. patagoniensis permitiu observar que as diversas alterações morfológicas processadas ao longo da ontogenia desta espécie encontram-se relacionadas com fins reprodutivos. A presença de pontos de transição no crescimento da quela e do abdome, permitiu estimar o tamanho de maturação sexual de A. patagoniensis na praia de Balneário Camboriú em 7,8-7,9 mm e 7,9-8,3 mm (LC) para machos e fêmeas, respectivamente. Valores praticamente idênticos foram encontrados para a mesma espécie na praia do Cassino, Rio Grande do Sul (32°13'S, 52°15'W), onde A. patagoniensis está associada ao também callianassídeo Sergio mirim (Rodrigues, 1971). Dessa forma, sugere-se que o tamanho de maturação da espécie não varia entre hospedeiros e no intervalo latitudinal analisado, apesar de terem sido detectadas diferenças no tamanho máximo atingido pelos organismos, assim como na sua fecundidade e no comportamento reprodutivo.
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