Atividade reprodutiva de peixes (Teleostei) e o defeso da pesca de arrasto no litoral norte de Santa Catarina, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Zoologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752007000400031 |
Resumo: | Desembarques de arrasto visando à pesca do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri, foram acompanhados de 2005 a 2007 no município de São Francisco do Sul, Santa Catarina. Setenta e seis espécies de teleósteos foram registradas como captura incidental e seus indivíduos foram avaliados quanto ao estádio de maturação e Índice de Atividade Reprodutiva. Constatou-se que indivíduos de metade das espécies são capturados com gônadas maduras, em estações que variaram conforme a espécie. Em Isopisthus parvipinnis a atividade enquadrou-se na categoria "muito intensa" na primavera de 2005 e no verão de 2007; em Menticirrhus americanus, Stellifer sp., Pomadasys corvinaeformis, Stellifer brasiliensis, Syacium papillosum, Larimus breviceps, Diapterus rhombeus, Symphurus tessellatus, Chirocentrodon bleekerianus, Pellona harroweri, Anchoa tricolor e Selene setapinnis apenas em uma estação, dependendo da espécie. O verão de 2007, seguido da primavera de 2005, foram as estações em que o arrasto incidiu sobre maior número de espécies em atividade reprodutiva "intensa" ou "muito intensa". No verão de 2007 o arrasto camaroeiro incidiu sobre um conjunto de espécies em atividade reprodutiva maior que na mesma estação em 2006. Atribui-se esse fato à proibição legal do arrasto de camarão no trimestre de outubro-dezembro de 2006, favorecendo a atividade reprodutiva das espécies na estação subseqüente. Recomenda-se que a gestão da pesca camaroeira na região mantenha o defeso de arrasto na primavera, assim beneficiando não apenas as espécies de peixes que desovam nesta estação, mas também aquelas que se preparam para a desova no verão. |
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