Surto de mosca-branca em culturas do Paraná e São Paulo

• Autor(a) principal: Costa, A. S.
• Data de Publicação: 1973
• Outros Autores: Costa, G. L., Sauer, H. F. G.
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Anais da Sociedade Entomológica do Brasil
• DOI: 10.37486/0301-8059.v2i1.8
• Texto Completo: https://anais.seb.org.br/index.php/aseb/article/view/8

Bemisia tabaci ocorre em todo o Brasil em culturas e plantas da vegetação espontânea, geralmente em populações baixas. Em 1968, em algodoeiros, e em 1972/1973 em soja, algodoeiro e feijoeiro, foi registrado surto populacional elevado do inseto no Norte do Paraná e região de Ourinhos, SP. As viroses da soja (mosaico, encarquilhamento), do algodoeiro (mosaico comum) e do feijoeiro (mosaico anão e mosaico dourado) infetaram praticamente 100% dos feijoeiros dessas áreas. O surto anormal da mosca -branca registrado e atribuído a larga faixa de plantio de soja (novembro-janeiro) e as condições favoráveis de ambiente (verão longo e quente), que permitiram o desenvolvimento de grandes populações do inseto nos últimos plantios, passando então para o feijão da seca. A possibilidade de ser raça nova de alto potencial biótico foi considerada, mas não corresponde aos fatos. Se populações da mosca-branca continuarem elevadas em anos futuros e de se esperar aumento de importância econômica das viroses que transmite e provavelmente o aparecimento de novas molas- tias transmitidas por esse inseto nessas regiões. Controle químico da mosca-branca difícil e oneroso; considera-se que o estreita- mento da faixa de plantio da soja poderá reduzir a importncia do problema a proporções menores. É apontada a necessidade de uma intensificação das pesquisas sobre o controle da mosca-branca e nas áreas de resistência das culturas ao inseto e as viroses que transmite.