COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE NO CERRADO DO LESTE DE MATO GROSSO DO SUL, BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima,Renato Augusto Ferreira de
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Rando,Juliana Gastaldello, Barreto,Klaus Duarte
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Árvore (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-67622015000100002
Resumo: Neste estudo, avaliaram-se a composição e diversidade no Cerrado em três áreas do Leste de Mato Grosso do Sul, uma das regiões mais ameaçadas e menos estudadas do Cerrado brasileiro. Para tanto, levantaram-se as espécies vasculares em trilhas percorridas em diferentes fisionomias desse bioma, com enfoque especial para as espécies arbustivas e arbóreas. Adicionalmente, nas áreas de Cerrado sensu stricto foram instaladas 30 parcelas de 10 x 3 m, nas quais foram amostrados apenas indivíduos lenhosos > 1 m de altura. No geral, foram levantadas 220 espécies, 150 gêneros e 65 famílias de diferentes formas de vida, incluindo espécies consideradas raras nos Cerrados brasileiros e possíveis novas ocorrências nos Cerrados de Mato Grosso do Sul. A riqueza de espécies arbustivas e arbóreas no Cerrado sensu stricto foi alta (79-101 espécies por área). Houve baixa similaridade florística entre as áreas estudadas, de modo que apenas 50 espécies foram comuns a todas elas. O estudo da vegetação lenhosa por meio de parcelas (total de 651 indivíduos e 105 espécies) revelou uma diferença na riqueza média, diversidade (índice de Shannon) e dominância (Berger-Parker) entre as áreas estudadas. Adicionalmente, a densidade relativa das espécies e a composição florística foram bastante variáveis entre as áreas estudadas (similaridade entre 0,42 e 0,53). Tais resultados colocam as áreas estudadas entre as mais ricas áreas de Cerrado sensu stricto do Brasil, mostrando que áreas marginais de Cerrado podem ser tão ricas quanto suas áreas centrais, mesmo que através da contribuição de elementos florísticos de outras formações florestais. Os resultados reforçam ainda a existência de elevada heterogeneidade florística no Cerrado, mesmo em distâncias relativamente curtas (≤60 km), que pode ser desencadeada por diferenças entre fragmentos em relação à característica de solo, histórico de perturbação e proximidade de outras formações vegetais.
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