Fatores associados ao uso de psicofármacos em idosos asilados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucchetti,Giancarlo
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Granero,Alessandra Lamas, Pires,Sueli Luciano, Gorzoni,Milton Luiz, Tamai,Sérgio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082010000200003
Resumo: INTRODUÇÃO: As instituições de longa permanência para idosos (ILPI) apresentam altas prevalências de internados em uso de psicofármacos para o controle de distúrbios comportamentais. Há, porém, poucos estudos brasileiros sobre esse aspecto de abordagem terapêutica em ILPI. OBJETIVO: Avaliar os fatores associados ao uso de psicofármacos em pacientes idosos institucionalizados. MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal e retrospectivo por meio de análise de prontuários de todos os idosos (60 anos ou mais) internados em um ILPI, independentemente das doenças apresentadas. Regressão logística foi realizada para verificar os fatores associados ao uso de psicofármacos na instituição. RESULTADOS: Foram avaliados 209 pacientes (73,2% mulheres), predominantemente portadores de síndromes demenciais, sequelas de acidentes vasculares cerebrais ou de traumas de crânio e hipertensão arterial sistêmica. Os psicofármacos estavam prescritos para 123 internados (58,9% do total), principalmente neurolépticos e antidepressivos. Após a regressão logística, encontrou-se associação entre a prescrição de neurolépticos e demência (p = 0,000), enquanto que o uso de antidepressivos esteve associado a maior número de medicamentos (p = 0,004) e presença de depressão (p = 0,000). O uso de psicofármacos em geral esteve fortemente associado com depressão (p = 0,000), presença de demência (p = 0,006) e presença de doenças psiquiátricas (p = 0,02). Não houve associação com as variáveis sexo, funcionalidade e idade. CONCLUSÃO: Há alto consumo de psicofármacos em ILPI. A associação destes com polifarmácia e depressão é significativa, e os portadores de demência foram os que mais fizeram uso dos neurolépticos. Fatores como idade e sexo, normalmente relevantes em pacientes ambulatoriais, não apresentaram associação em institucionalizados.
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