Terapia cognitivo-comportamental com intervenção familiar para crianças e adolescentes com transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão sistemática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082011000200010 |
Resumo: | O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma doença mental grave, com graves consequências para a dinâmica familiar. Desta forma, o envolvimento dos pais parece ser determinante na resolução dos sintomas desse transtorno. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da evidência para a recomendação de terapia cognitivo-comportamental (TCC) com intervenção familiar para crianças e adolescentes com TOC. A busca sistemática foi realizada nas bases de dados MEDLINE/PubMed, seguida da análise de resumos e artigos na íntegra por dois avaliadores independentes. Posteriormente, foi realizada a análise de evidência através do sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). O tamanho de efeito da intervenção foi calculado através do d de Cohen. Foram localizados 77 artigos no PubMed e mais 12 artigos após busca cruzada de referências. Destes, sete artigos foram incluídos na revisão, segundo os seguintes critérios: ser estudo de intervenção, envolver apenas crianças e/ou adolescentes e possuir diagnóstico clínico ou estruturado de TOC. A escala Childrens Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (CY-BOCS) foi utilizada por todos os artigos para a avaliação de desfecho, permitindo avaliar o tamanho de efeito das intervenções não controladas (d = 1,43), que resultou em uma diferença de médias de cerca 13 pontos (IC95% 11,84-14,39; p < 0,001). Por outro lado, uma alta heterogeneidade foi detectada entre os estudos (I² = 67%). A TCC com intervenção familiar parece ter um efeito importante na redução dos sintomas de TOC na infância e adolescência. No entanto, os poucos estudos disponíveis não nos permitem estabelecer um grau de evidência maior do que C para essa recomendação. Novos ensaios clínicos randomizados são necessários para confirmar essa recomendação. |
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Terapia cognitivo-comportamental com intervenção familiar para crianças e adolescentes com transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão sistemáticaTranstorno obsessivo-compulsivoterapia familiarterapia cognitivaterapia comportamentalO transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma doença mental grave, com graves consequências para a dinâmica familiar. Desta forma, o envolvimento dos pais parece ser determinante na resolução dos sintomas desse transtorno. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da evidência para a recomendação de terapia cognitivo-comportamental (TCC) com intervenção familiar para crianças e adolescentes com TOC. A busca sistemática foi realizada nas bases de dados MEDLINE/PubMed, seguida da análise de resumos e artigos na íntegra por dois avaliadores independentes. Posteriormente, foi realizada a análise de evidência através do sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). O tamanho de efeito da intervenção foi calculado através do d de Cohen. Foram localizados 77 artigos no PubMed e mais 12 artigos após busca cruzada de referências. Destes, sete artigos foram incluídos na revisão, segundo os seguintes critérios: ser estudo de intervenção, envolver apenas crianças e/ou adolescentes e possuir diagnóstico clínico ou estruturado de TOC. A escala Childrens Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (CY-BOCS) foi utilizada por todos os artigos para a avaliação de desfecho, permitindo avaliar o tamanho de efeito das intervenções não controladas (d = 1,43), que resultou em uma diferença de médias de cerca 13 pontos (IC95% 11,84-14,39; p < 0,001). Por outro lado, uma alta heterogeneidade foi detectada entre os estudos (I² = 67%). A TCC com intervenção familiar parece ter um efeito importante na redução dos sintomas de TOC na infância e adolescência. No entanto, os poucos estudos disponíveis não nos permitem estabelecer um grau de evidência maior do que C para essa recomendação. Novos ensaios clínicos randomizados são necessários para confirmar essa recomendação.Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul2011-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082011000200010Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul v.33 n.2 2011reponame:Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sulinstname:Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (SPRGS)instacron:SPRGS10.1590/S0101-81082011000200010info:eu-repo/semantics/openAccessGomes,Juliana BragaMatte,Breno CórdovaVivan,AnaliseViana,Ana Cristina WesnerBortoncello,Cristiane FlôresSalum,Giovanni AbrahãoZottis,Graziela Aline Hartmannpor2011-09-27T00:00:00Zoai:scielo:S0101-81082011000200010Revistahttp://www.scielo.br/rprssONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@aprs.org.br0101-81080101-8108opendoar:2011-09-27T00:00Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (SPRGS)false |
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