Transtorno obsessivo-compulsivo: um estudo do processo de acomodação familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guedes, Maria Luisa [UNIFESP]
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/15576
Resumo: Com o objetivo de analisar possíveis relações entre a severidade de sintomas de TOC e a intensidade do envolvimento de familiares nos comportamentos relacionados ao TOC e a extensão das alterações no cotidiano da família foram utilizadas a escala Y-BOCS (Goodman e col, 1990; adaptação brasileira, 1992) e a Escala de Acomodação Familiar (Calvocoressi e col, 1995), em vinte e seis pacientes e vinte e seis familiares, respectivamente. Os pacientes diagnosticados pelo DSM IV eram atendidos pelo Programa de Distúrbios Obsessivo-Compulsivos da UNIFESP (PRODOC). A Y-BOCS foi aplicada por um profissional com experiência ou pelo próprio pesquisador, a Escala de Acomodação Familiar foi aplicada pelo pesquisador e as respostas foram também registradas, de forma independente por outro observador com o objetivo de garantir confiabilidade no registro. O índice geral de confiabilidade, avaliado pelo coeficiente kappa, foi .82. Os resultados indicam que todas as famílias apresentaram algum grau de acomodação familiar. O coeficiente de correlação Spearman-Brown entre grau de acomodação e severidade do transtorno foi significante (rs=.41, sig=.003). Foram calculadas correlações também entre acomodação familiar e: (a) grau de desgaste da família (rs=.55, sig=.003); (b) tempo de convívio do familiar com o paciente (rs=.50, sig=.009); (c) tipos de transtorno obsessivo-compulsivo: rituais de limpeza (v=.96) e rituais de verificação (v=.93); os rituais de limpeza são mais freqüentes em famílias com índice alto de acomodação e os de verificação em famílias com índice moderado ou leve. A partir dos resultados é enfatizada a necessidade de se considerar as relações entre a família e o paciente para se fazer planejamento e avaliação efetivos das intervenções terapêuticas. Sugere-se como parte da rotina do profissional especializado a investigação sistemática dessas interações.
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