Dificuldades enfrentadas para identificar e notificar casos de maus-tratos contra crianças e/ou adolescentes sob a óptica de médicos pediatras
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Paulista de Pediatria (Ed. Português. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822011000200002 |
Resumo: | OBJETIVO: Descrever e analisar as dificuldades enfrentadas na identificação e notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes sob a óptica de médicos pediatras. MÉTODOS: Estudo qualitativo envolvendo oito participantes (quatro homens e quatro mulheres), com média de idade de 48 anos e tempo médio de experiência profissional de 22 anos. O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário contendo: a) duas vinhetas descrevendo uma situação que envolvia suspeita de maus-tratos contra crianças, com duas questões em cada vinheta, as quais tratavam do processo de identificação da suspeita e das dificuldades encontradas, e b) três questões adicionais sobre dificuldades específicas nesse procedimento de identificação de maus-tratos. RESULTADOS: As dificuldades observadas no estudo foram descrença na efetividade do Conselho Tutelar, formação inexistente ou insuficiente sobre o tema, além de limitações pessoais. Ademais, foi observada a necessidade de confirmação da suspeita de maus-tratos para que fosse feita a notificação, o que contradiz a legislação. CONCLUSÕES: O despreparo do profissional para lidar com vítimas de violência deve-se, possivelmente, ao desconhecimento sobre como proceder frente a esses casos. Além disso, o modelo biomédico vigente dificulta a identificação de possíveis casos, pois sinais e sintomas de maus-tratos infantis podem ser confundidos com outros diagnósticos diferenciais. Há necessidade de treinamento dos pediatras acerca da abordagem aos maus-tratos, bem como a avaliação da efetividade dessas capacitações. |
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