Patrimônio Cultural Culinário vs. Higiene e Segurança Alimentar: uma possível correlação inversa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bahls, Álvaro Augusto Dealcides Silveira Moutinho
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Beleze, Ronaldo Luiz, Pires, Paulo dos Santos, Krause, Rodolfo Wendhausen
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Hospitalidade
Texto Completo: https://www.revhosp.org/hospitalidade/article/view/871
Resumo: Na interface culinária tradicional patrimonial, o fetiche pelas normas de higiene e segurança alimentar pode afetar a originalidade e até mesmo colocar em risco a existência de tal patrimônio. O artigo objetiva demonstrar qual tipo de relação há entre o valor atribuído às experiências culinárias tradicionais e o valor atribuído à higiene alimentar no contexto da experiência turística cultural. Essa pesquisa caracteriza-se como descritiva e quantitativa, realizada por meio de um questionário estruturado, constituído de vinte e dois (22) itens, aplicado in loco, na presença do pesquisador, de forma auto preenchível pelo respondente, entre janeiro e julho de 2015. Obtiveram-se 358 respondentes válidos. Os métodos usados para analisar as relações entre as variáveis foram a Estatística Descritiva, Anova Unidirecional e Análise de Clusters. Os resultados demonstram que pode haver uma relação inversa entre as variáveis do estudo, enquanto uma é avaliada com scores altos a outra decresce. À luz do o referencial teórico este estudo levanta mais indícios de que para o “novo” turista a higiene pode ficar em detrimento quando comparada à autenticidade e tradicionalidade da experiencia culinária turística. Ademais, as leis de vigilância sanitária são recentes em comparação ao patrimônio culinário que se estabeleceu, em alguns casos, há séculos. Portanto, a flexibilização das normas de higiene deve ser considerada quando aplicadas à casos como o desse estudo.
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