Morte e religiosidade/espiritualidade no contexto hospitalar: o que dizem as pesquisas realizadas com profissionais?

• Autor(a) principal: Nunes, Luana Costa
• Data de Publicação: 2017
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/10341
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Morte; Medicina; Religiosidade; Psicologia

Tendo em vista a inerência da terminalidade à existência humana, bem como, a incapacidade de evitá-la, manifesta-se questionamentos acerca de como os profissionais da saúde reagem diante do processo de morte e morrer, considerando que estes também são sujeitos essencialmente subjetivos, passíveis de adoecerem física e psiquicamente, apesar da concepção histórica e cultural de que são detentores do poder de cura. Diante desse impasse, surgiu o interesse dessa pesquisa, de cunho teórico, sobre como os profissionais da área da saúde, mais especificamente os médicos, lidam com a morte de seus pacientes e o quanto eles referem ou recorrem às estratégias religiosas diante de tal fenômeno. Deste modo, este trabalho teve como objetivo: identificar o que está sendo produzido sobre esta problemática, empregando-se o método da revisão sistemática de literatura, onde consideraram-se artigos da língua portuguesa disponíveis online nas bases de dados Scielo e BVS. A revisão abrangeu as publicações de 16 anos (2000 – 2016) e empregou-se como descritores os termos morte AND med* AND relig* e morte AND med* AND espirit*. Selecionou-se um total de 28 artigos, a maioria publicados no Brasil, predominantemente na Região Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo, sendo a Enfermagem a área com o maior número de publicações, seguido da Psicologia e Bioética, tendo sido observado um incremento de produções na última década, com um pico no ano de 2013. Houve, também, uma ênfase na temática da experiência em cuidados paliativos com uma prevalência de estudos empíricos e, como metodologias empregadas, as teóricas sobrepuseram-se às qualitativas com diferença de apenas um estudo, sendo que as quantitativas e mistas igualaram-se com 3 cada. A análise desta literatura aponta ser a área de enfermagem a quem mais se dedicou ao estudo do trinômio “morte, medicina e religiosidade”. Registra-se a necessidade de uma formação mais humanizada e humanizadora dos médicos, preparando-os para lidarem também com a morte e com o morrer e não apenas para promoverem a cura de doenças.