Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Julia Abtibol de Mattos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12167
Resumo: O Cerrado é extremamente rico em espécies, muitas das quais são endêmicas. No entanto, é atualmente considerado um dos biomas mais ameaçados do Brasil em função da crescente fragmentação e destruição que vem sofrendo decorrente principalmente da expansão agrícola e substituição de áreas naturais para prática de pastagem. Tabebuia aurea (Bignoniaceae), conhecida popularmente como ipê amarelo, paratudo ou caraibeira, é uma espécie arbórea do Cerrado polinizada por abelhas de grande porte e suas sementes são dispersas pelo vento. Essa espécie é amplamente utilizada pela população local para fornecimento de madeira e para fins medicinais. A fragmentação do Cerrado pode afetar a dinâmica populacional e a viabilidade dessa espécie. Neste projeto, propõe-se verificar e comparar a variabilidade genética em progênies de T. aurea localizadas na área de preservação permanente no Cerrado, Parque Nacional de Brasília e na área urbana de Brasília DF, na estação reprodutiva de 2015, com base em marcadores microssatélites. Foram obtidas 82 plântulas a partir das sementes germinadas. Considerando os dez locos microssatélites testados, foi possível obter amplificação para seis deles para o Parque Naciona e dois para a área urbana. Para a maioria os locos, a heterozigosidade observada foi menor do que a esperada pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg, resultando em um valor médio significativo do índice de fixação. O número de alelos por loco, bem como os valores de heterozigosidade estão abaixo dos valores encontrados para esta mesma espécie em outra população (Estação Ecológica de Águas Emendadas – Braga et al. 2007 e para Tabebuia chrysotricha, no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, GO – Ribeiro, 2011), acarretando em índice de fixação elevado e significativo, indicando que o endocruzamento tem papel importante na determinação da estrutura genética populacional. O elevado valor de endocruzamento pode estar associado a frequentes eventos de autofecundação, já detectados para esta espécie, em duas estações reprodutivas, da Estação Ecológica de Águas Emendada (Braga & Collevatti, 2011). Os resultados encontrados poderão servir de referência para trabalhos futuros, bem como para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo para Tabebuia aurea e para outras espécies do Cerrado.
id UCB-2_1e98b8dfa6c5fd598117b9fcc31185bb
oai_identifier_str oai:200.214.135.189:123456789/12167
network_acronym_str UCB-2
network_name_str Repositório Institucional da UCB
spelling Medeiros, Aline Cabral Braga dePereira, Julia Abtibol de Mattos2019-07-12T19:45:31Z2019-07-102019-07-12T19:45:31Z2016PEREIRA, Julia Abtibol de Mattos. Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado. 2016. 25 f. Artigo (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2016.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12167O Cerrado é extremamente rico em espécies, muitas das quais são endêmicas. No entanto, é atualmente considerado um dos biomas mais ameaçados do Brasil em função da crescente fragmentação e destruição que vem sofrendo decorrente principalmente da expansão agrícola e substituição de áreas naturais para prática de pastagem. Tabebuia aurea (Bignoniaceae), conhecida popularmente como ipê amarelo, paratudo ou caraibeira, é uma espécie arbórea do Cerrado polinizada por abelhas de grande porte e suas sementes são dispersas pelo vento. Essa espécie é amplamente utilizada pela população local para fornecimento de madeira e para fins medicinais. A fragmentação do Cerrado pode afetar a dinâmica populacional e a viabilidade dessa espécie. Neste projeto, propõe-se verificar e comparar a variabilidade genética em progênies de T. aurea localizadas na área de preservação permanente no Cerrado, Parque Nacional de Brasília e na área urbana de Brasília DF, na estação reprodutiva de 2015, com base em marcadores microssatélites. Foram obtidas 82 plântulas a partir das sementes germinadas. Considerando os dez locos microssatélites testados, foi possível obter amplificação para seis deles para o Parque Naciona e dois para a área urbana. Para a maioria os locos, a heterozigosidade observada foi menor do que a esperada pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg, resultando em um valor médio significativo do índice de fixação. O número de alelos por loco, bem como os valores de heterozigosidade estão abaixo dos valores encontrados para esta mesma espécie em outra população (Estação Ecológica de Águas Emendadas – Braga et al. 2007 e para Tabebuia chrysotricha, no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, GO – Ribeiro, 2011), acarretando em índice de fixação elevado e significativo, indicando que o endocruzamento tem papel importante na determinação da estrutura genética populacional. O elevado valor de endocruzamento pode estar associado a frequentes eventos de autofecundação, já detectados para esta espécie, em duas estações reprodutivas, da Estação Ecológica de Águas Emendada (Braga & Collevatti, 2011). Os resultados encontrados poderão servir de referência para trabalhos futuros, bem como para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo para Tabebuia aurea e para outras espécies do Cerrado.The Cerrado is extremely rich in species, many of which are endemic. However, it is currently considered one of the most threatened biomes in Brazil due to the increasing fragmentation and destruction that has been suffered mainly due to the agricultural expansion and replacement of natural areas for pasture practice. Tabebuia aurea (Bignoniaceae), popularly known as yellow ipê, paratudo or caraibeira, is a Cerrado arboreal species pollinated by large bees and its seeds are dispersed by the wind. This species is widely used by the local population for timber supply and for medicinal purposes. The fragmentation of the Cerrado can affect the population dynamics and the viability of this species. In this project, it is proposed to verify and compare the genetic variability in T. aurea progenies located in the area of permanent preservation in the Cerrado, Brasília National Park and in the urban area of Brasília DF, in the reproductive season of 2015, based on microsatellite markers . Seedlings were obtained from the germinated seeds. Considering the ten microsatellite loci tested, it was possible to obtain amplification for six of them for Parque Naciona and two for the urban area. For most loci, the observed heterozygosity was lower than expected by the Hardy-Weinberg equilibrium, resulting in a significant mean value of fixation index. The number of alleles per locus, as well as the heterozygosity values, are below the values found for this same species in another population (Ecological Station of Águas Emendadas - Braga et al. 2007 and for Tabebuia chrysotricha, in the State Park Altamiro de Moura Pacheco, GO - Ribeiro, 2011), resulting in a high and significant index of fixation, indicating that inbreeding plays an important role in determining the population genetic structure. The high inbreeding value may be associated to frequent self-fertilization events, already detected for this species, in two breeding seasons, of the Aguas Emendada Ecological Station (Braga & Collevatti, 2011). The results obtained may serve as reference for future work, as well as for the development of conservation and management strategies for Tabebuia aurea and for other Cerrado species.Submitted by Franciene Aguiar (franciene.aguiar@ucb.br) on 2019-07-10T20:43:01Z No. of bitstreams: 1 JuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf: 1670507 bytes, checksum: 647851a3a3a976179e348af77e1b188a (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-07-12T19:45:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 JuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf: 1670507 bytes, checksum: 647851a3a3a976179e348af77e1b188a (MD5)Made available in DSpace on 2019-07-12T19:45:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf: 1670507 bytes, checksum: 647851a3a3a976179e348af77e1b188a (MD5) Previous issue date: 2016porUniversidade Católica de BrasíliaCiências Biológicas (Graduação)UCBBrasilEscola de Exatas, Arquitetura e Meio AmbienteCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASIpêBignonoiaceaÁrea de Preservação PermanenteVariabilidade genéticaMicrossatéliteÁrea urbanaDiversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerradoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UCBinstname:Universidade Católica de Brasília (UCB)instacron:UCBTEXTJuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf.txtJuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf.txtExtracted texttext/plain41494https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12167/3/JuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf.txt6a67767c053478fdc326bd7070a36a13MD53ORIGINALJuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdfJuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdfArtigoapplication/pdf1670507https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12167/1/JuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf647851a3a3a976179e348af77e1b188aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12167/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52123456789/121672020-06-09 03:31:03.818TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de Publicaçõeshttps://repositorio.ucb.br:9443/jspui/
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
title Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
spellingShingle Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
Pereira, Julia Abtibol de Mattos
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Ipê
Bignonoiacea
Área de Preservação Permanente
Variabilidade genética
Microssatélite
Área urbana
title_short Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
title_full Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
title_fullStr Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
title_full_unstemmed Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
title_sort Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado
author Pereira, Julia Abtibol de Mattos
author_facet Pereira, Julia Abtibol de Mattos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Medeiros, Aline Cabral Braga de
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira, Julia Abtibol de Mattos
contributor_str_mv Medeiros, Aline Cabral Braga de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Ipê
Bignonoiacea
Área de Preservação Permanente
Variabilidade genética
Microssatélite
Área urbana
dc.subject.por.fl_str_mv Ipê
Bignonoiacea
Área de Preservação Permanente
Variabilidade genética
Microssatélite
Área urbana
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv O Cerrado é extremamente rico em espécies, muitas das quais são endêmicas. No entanto, é atualmente considerado um dos biomas mais ameaçados do Brasil em função da crescente fragmentação e destruição que vem sofrendo decorrente principalmente da expansão agrícola e substituição de áreas naturais para prática de pastagem. Tabebuia aurea (Bignoniaceae), conhecida popularmente como ipê amarelo, paratudo ou caraibeira, é uma espécie arbórea do Cerrado polinizada por abelhas de grande porte e suas sementes são dispersas pelo vento. Essa espécie é amplamente utilizada pela população local para fornecimento de madeira e para fins medicinais. A fragmentação do Cerrado pode afetar a dinâmica populacional e a viabilidade dessa espécie. Neste projeto, propõe-se verificar e comparar a variabilidade genética em progênies de T. aurea localizadas na área de preservação permanente no Cerrado, Parque Nacional de Brasília e na área urbana de Brasília DF, na estação reprodutiva de 2015, com base em marcadores microssatélites. Foram obtidas 82 plântulas a partir das sementes germinadas. Considerando os dez locos microssatélites testados, foi possível obter amplificação para seis deles para o Parque Naciona e dois para a área urbana. Para a maioria os locos, a heterozigosidade observada foi menor do que a esperada pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg, resultando em um valor médio significativo do índice de fixação. O número de alelos por loco, bem como os valores de heterozigosidade estão abaixo dos valores encontrados para esta mesma espécie em outra população (Estação Ecológica de Águas Emendadas – Braga et al. 2007 e para Tabebuia chrysotricha, no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, GO – Ribeiro, 2011), acarretando em índice de fixação elevado e significativo, indicando que o endocruzamento tem papel importante na determinação da estrutura genética populacional. O elevado valor de endocruzamento pode estar associado a frequentes eventos de autofecundação, já detectados para esta espécie, em duas estações reprodutivas, da Estação Ecológica de Águas Emendada (Braga & Collevatti, 2011). Os resultados encontrados poderão servir de referência para trabalhos futuros, bem como para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo para Tabebuia aurea e para outras espécies do Cerrado.
The Cerrado is extremely rich in species, many of which are endemic. However, it is currently considered one of the most threatened biomes in Brazil due to the increasing fragmentation and destruction that has been suffered mainly due to the agricultural expansion and replacement of natural areas for pasture practice. Tabebuia aurea (Bignoniaceae), popularly known as yellow ipê, paratudo or caraibeira, is a Cerrado arboreal species pollinated by large bees and its seeds are dispersed by the wind. This species is widely used by the local population for timber supply and for medicinal purposes. The fragmentation of the Cerrado can affect the population dynamics and the viability of this species. In this project, it is proposed to verify and compare the genetic variability in T. aurea progenies located in the area of permanent preservation in the Cerrado, Brasília National Park and in the urban area of Brasília DF, in the reproductive season of 2015, based on microsatellite markers . Seedlings were obtained from the germinated seeds. Considering the ten microsatellite loci tested, it was possible to obtain amplification for six of them for Parque Naciona and two for the urban area. For most loci, the observed heterozygosity was lower than expected by the Hardy-Weinberg equilibrium, resulting in a significant mean value of fixation index. The number of alleles per locus, as well as the heterozygosity values, are below the values found for this same species in another population (Ecological Station of Águas Emendadas - Braga et al. 2007 and for Tabebuia chrysotricha, in the State Park Altamiro de Moura Pacheco, GO - Ribeiro, 2011), resulting in a high and significant index of fixation, indicating that inbreeding plays an important role in determining the population genetic structure. The high inbreeding value may be associated to frequent self-fertilization events, already detected for this species, in two breeding seasons, of the Aguas Emendada Ecological Station (Braga & Collevatti, 2011). The results obtained may serve as reference for future work, as well as for the development of conservation and management strategies for Tabebuia aurea and for other Cerrado species.
description O Cerrado é extremamente rico em espécies, muitas das quais são endêmicas. No entanto, é atualmente considerado um dos biomas mais ameaçados do Brasil em função da crescente fragmentação e destruição que vem sofrendo decorrente principalmente da expansão agrícola e substituição de áreas naturais para prática de pastagem. Tabebuia aurea (Bignoniaceae), conhecida popularmente como ipê amarelo, paratudo ou caraibeira, é uma espécie arbórea do Cerrado polinizada por abelhas de grande porte e suas sementes são dispersas pelo vento. Essa espécie é amplamente utilizada pela população local para fornecimento de madeira e para fins medicinais. A fragmentação do Cerrado pode afetar a dinâmica populacional e a viabilidade dessa espécie. Neste projeto, propõe-se verificar e comparar a variabilidade genética em progênies de T. aurea localizadas na área de preservação permanente no Cerrado, Parque Nacional de Brasília e na área urbana de Brasília DF, na estação reprodutiva de 2015, com base em marcadores microssatélites. Foram obtidas 82 plântulas a partir das sementes germinadas. Considerando os dez locos microssatélites testados, foi possível obter amplificação para seis deles para o Parque Naciona e dois para a área urbana. Para a maioria os locos, a heterozigosidade observada foi menor do que a esperada pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg, resultando em um valor médio significativo do índice de fixação. O número de alelos por loco, bem como os valores de heterozigosidade estão abaixo dos valores encontrados para esta mesma espécie em outra população (Estação Ecológica de Águas Emendadas – Braga et al. 2007 e para Tabebuia chrysotricha, no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, GO – Ribeiro, 2011), acarretando em índice de fixação elevado e significativo, indicando que o endocruzamento tem papel importante na determinação da estrutura genética populacional. O elevado valor de endocruzamento pode estar associado a frequentes eventos de autofecundação, já detectados para esta espécie, em duas estações reprodutivas, da Estação Ecológica de Águas Emendada (Braga & Collevatti, 2011). Os resultados encontrados poderão servir de referência para trabalhos futuros, bem como para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo para Tabebuia aurea e para outras espécies do Cerrado.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-12T19:45:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-07-10
2019-07-12T19:45:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
status_str publishedVersion
format article
dc.identifier.citation.fl_str_mv PEREIRA, Julia Abtibol de Mattos. Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado. 2016. 25 f. Artigo (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12167
identifier_str_mv PEREIRA, Julia Abtibol de Mattos. Diversidade genética em progênies de Tabebuia aurea no cerrado. 2016. 25 f. Artigo (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2016.
url https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12167
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica de Brasília
dc.publisher.program.fl_str_mv Ciências Biológicas (Graduação)
dc.publisher.initials.fl_str_mv UCB
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente
publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica de Brasília
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UCB
instname:Universidade Católica de Brasília (UCB)
instacron:UCB
instname_str Universidade Católica de Brasília (UCB)
instacron_str UCB
institution UCB
reponame_str Repositório Institucional da UCB
collection Repositório Institucional da UCB
bitstream.url.fl_str_mv https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12167/3/JuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf.txt
https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12167/1/JuliaAbtibolDeMattosPereiraTCCGraduacao2016.pdf
https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12167/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6a67767c053478fdc326bd7070a36a13
647851a3a3a976179e348af77e1b188a
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1724829912406163456