Perfil de resistência e sensibilidade a antimicrobianos em uroculturas positivas de pacientes internados e ambulatoriais do Hospital das Forças Armadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Anna Rayk Guimarães
Data de Publicação: 2011
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12379
Resumo: A infecção do trato urinário (ITU) acomete pacientes internados e ambulatoriais de ambos os sexos e idades variadas, sendo as mulheres o grupo mais afetado. O objetivo do estudo descritivo do tipo série de casos foi avaliar o perfil de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos dos principais patógenos isolados de amostras de uroculturas positivas dos pacientes internados e ambulatoriais do Hospital das Forças Armadas no período de janeiro a agosto de 2011. Foram analisados os resultados dos antibiogramas gerados pelo equipamento MicroScan WalkWay 96 SI. Foram cadastrados neste período 7,916 pacientes internados referentes apenas a 7º (UTI),8º e 10º andar e 31,170 pacientes ambulatoriais, sendo que o resultado total foi de 372 laudos de uroculturas positivas. Pacientes do sexo feminino foram mais acometidas pela infecção correspondendo a 82,73% de origem ambulatorial e 61,11% de origem nosocomial, defronte aos pacientes do sexo masculino que corresponderam a 17,26% ambulatoriais e 38,88% internados. Os principais agentes etiológicos isolados foram a Escherichia coli, correspondendo a 39,28% (internados) e 67,97% (ambulatoriais), Klebsiella pneumoniae em 17,85% (internados) e 10,87% (ambulatoriais) e Pseudomonas aeruginosa em 10,71% e 1,51% respectivamente internados e ambulatoriais para as amostras provenientes dos pacientes do sexo feminino. O resultado para as amostras de urocultura do sexo masculino corresponderam a E. coli (33,33% internados e 34,28% ambulatorial), K. pneumoniae (13,33% internados e 10,87% ambulatorial) e P. aeruginosa (26,66% internados e 10% ambulatorial). A E. coli mostrou-se mais sensível a amicacina, ertapenem, cefepima, ceftazidima, cefuroxima, imipenem, piperacilina/tazobactam (>80% e em ambos os sexos), resistente a sulfametoxazol/trimetoprima em 63,63% (mulheres) e 80% (homens), perfil intermediário a ampicilina/sulbactam 60% (homens) e 18,88% (mulheres) nos casos de ITU nosocomiais. A K. pneumoniae mostrou mais resistente a ampicilina (> 80%) para ambos os sexos nos casos de ITU nosocomial. Nos pacientes ambulatórias os microrganismos foram mais resistentes a ampicilina (50%) e tetraciclina (50%) respectivamente em mulheres e homens para isolados de E. coli, ampicilina com 73,68% e 83% respectivamente em mulheres e homens para K. pneumoniae. Os resultados encontrados assemelham-se aos de outras regiões, assim o estudo pode vir a ser usado como uma ferramenta para melhorar a monitorização e utilização dos antimicrobianos disponíveis para o tratamento empírico.
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spelling Carneiro, Emmanuel de OliveiraBezerra, Anna Rayk Guimarães2019-10-24T19:19:57Z2019-10-052019-10-24T19:19:57Z2011BEZERRA, Silviane. Perfil de resistência e sensibilidade a antimicrobianos em uroculturas positivas de pacientes internados e ambulatoriais do Hospital das Forças Armadas. 2011. 60 f. Monografia (Graduação em Farmácia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2011.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12379A infecção do trato urinário (ITU) acomete pacientes internados e ambulatoriais de ambos os sexos e idades variadas, sendo as mulheres o grupo mais afetado. O objetivo do estudo descritivo do tipo série de casos foi avaliar o perfil de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos dos principais patógenos isolados de amostras de uroculturas positivas dos pacientes internados e ambulatoriais do Hospital das Forças Armadas no período de janeiro a agosto de 2011. Foram analisados os resultados dos antibiogramas gerados pelo equipamento MicroScan WalkWay 96 SI. Foram cadastrados neste período 7,916 pacientes internados referentes apenas a 7º (UTI),8º e 10º andar e 31,170 pacientes ambulatoriais, sendo que o resultado total foi de 372 laudos de uroculturas positivas. Pacientes do sexo feminino foram mais acometidas pela infecção correspondendo a 82,73% de origem ambulatorial e 61,11% de origem nosocomial, defronte aos pacientes do sexo masculino que corresponderam a 17,26% ambulatoriais e 38,88% internados. Os principais agentes etiológicos isolados foram a Escherichia coli, correspondendo a 39,28% (internados) e 67,97% (ambulatoriais), Klebsiella pneumoniae em 17,85% (internados) e 10,87% (ambulatoriais) e Pseudomonas aeruginosa em 10,71% e 1,51% respectivamente internados e ambulatoriais para as amostras provenientes dos pacientes do sexo feminino. O resultado para as amostras de urocultura do sexo masculino corresponderam a E. coli (33,33% internados e 34,28% ambulatorial), K. pneumoniae (13,33% internados e 10,87% ambulatorial) e P. aeruginosa (26,66% internados e 10% ambulatorial). A E. coli mostrou-se mais sensível a amicacina, ertapenem, cefepima, ceftazidima, cefuroxima, imipenem, piperacilina/tazobactam (>80% e em ambos os sexos), resistente a sulfametoxazol/trimetoprima em 63,63% (mulheres) e 80% (homens), perfil intermediário a ampicilina/sulbactam 60% (homens) e 18,88% (mulheres) nos casos de ITU nosocomiais. A K. pneumoniae mostrou mais resistente a ampicilina (> 80%) para ambos os sexos nos casos de ITU nosocomial. Nos pacientes ambulatórias os microrganismos foram mais resistentes a ampicilina (50%) e tetraciclina (50%) respectivamente em mulheres e homens para isolados de E. coli, ampicilina com 73,68% e 83% respectivamente em mulheres e homens para K. pneumoniae. Os resultados encontrados assemelham-se aos de outras regiões, assim o estudo pode vir a ser usado como uma ferramenta para melhorar a monitorização e utilização dos antimicrobianos disponíveis para o tratamento empírico.Urinary Tract Infection (UTI) affects both institutionalized and home care patients of different ages and sexes, women being the most infected. The aim of this serial cases descriptive study was to test the sensitivity and resilience to antimicrobial of the main pathogens isolated in samples of positive urine cultures from institutionalized and ambulatory patients from Hospital das Forças Armadas in the time lapse from January to August 2011. The antibiogram analyzed results were taken from the MicroScan WalkWay 96 SI equipment. In this time lapse 7.916 patients were institutionalized only in the 7th (ITU), 8th and 10th floors, to be added to 31.170 ambulatory patients. The full sum of positive uroculture results were 372. The female patients were the most affected ones (82,73% from ambulatory treatment and 61,11% of nosocomial origin), whereas the male patients were 17,26% from the first and 38,88% from the last, respectively. It should be added that E.Coli, summing 39,28% of the institutionalized patients and 67,97% of the ambulatorial ones, Klebsiella pneumoniae 17,85% (institutionalized) e 10,87% (ambulatorial) and Pseudomonas aeruginosa with 10,71% and 1,51% respectively institutionalized and ambulatorial samples from female patients, . The results for male uroculture samples were: E. coli (33,33% institutionalized and 34,28% ambulatorial), K. pneumoniae (13,33% institutionalized and 10,87% ambulatorial) e P. aeruginosa (26,66% institutionalized and 10% ambulatorial). The E. coli was more sensitive to amicacine, ertapenem, cefepimine, ceftazidimine, cefuroximine, imipenem, piperaciline/tazobactam (>80% in both sexes), resilient to sulfametoxazol/trimetoprime in 63,63% (women) e 80% (men), middle ground to ampiciline/sulbactam 60% (men) e 18,88% (women) in cases of ITU patients. The K. pneumoniae was more resilient to ampiciline (> 80%) for both sexes ITU institutionalized patients. In ambulatorial patients the microrganisms were more resilient to ampiciline (50%) e tetracicline (50%) respectively in women and men for isolated E. coli, ampiciline with 73,68% e 83% respectively in wom en and men for K. pneumoniae. The results found are similar to those present in other regions, thus the study may be a tool to improve monitoring and using of the antimicrobians available to the actual treatment of that community.Submitted by Maria José Martins (mmartins@ucb.br) on 2019-10-05T14:23:02Z No. of bitstreams: 1 AnnaRaykGuimarãesBezerraTCCGraduacao2011.pdf: 2071246 bytes, checksum: ce11aacba01e143c5c4b1dd13e891131 (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-10-24T19:19:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 AnnaRaykGuimarãesBezerraTCCGraduacao2011.pdf: 2071246 bytes, checksum: ce11aacba01e143c5c4b1dd13e891131 (MD5)Made available in DSpace on 2019-10-24T19:19:57Z (GMT). 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Urinary Tract Infection (UTI) affects both institutionalized and home care patients of different ages and sexes, women being the most infected. The aim of this serial cases descriptive study was to test the sensitivity and resilience to antimicrobial of the main pathogens isolated in samples of positive urine cultures from institutionalized and ambulatory patients from Hospital das Forças Armadas in the time lapse from January to August 2011. The antibiogram analyzed results were taken from the MicroScan WalkWay 96 SI equipment. In this time lapse 7.916 patients were institutionalized only in the 7th (ITU), 8th and 10th floors, to be added to 31.170 ambulatory patients. The full sum of positive uroculture results were 372. The female patients were the most affected ones (82,73% from ambulatory treatment and 61,11% of nosocomial origin), whereas the male patients were 17,26% from the first and 38,88% from the last, respectively. It should be added that E.Coli, summing 39,28% of the institutionalized patients and 67,97% of the ambulatorial ones, Klebsiella pneumoniae 17,85% (institutionalized) e 10,87% (ambulatorial) and Pseudomonas aeruginosa with 10,71% and 1,51% respectively institutionalized and ambulatorial samples from female patients, . The results for male uroculture samples were: E. coli (33,33% institutionalized and 34,28% ambulatorial), K. pneumoniae (13,33% institutionalized and 10,87% ambulatorial) e P. aeruginosa (26,66% institutionalized and 10% ambulatorial). The E. coli was more sensitive to amicacine, ertapenem, cefepimine, ceftazidimine, cefuroximine, imipenem, piperaciline/tazobactam (>80% in both sexes), resilient to sulfametoxazol/trimetoprime in 63,63% (women) e 80% (men), middle ground to ampiciline/sulbactam 60% (men) e 18,88% (women) in cases of ITU patients. The K. pneumoniae was more resilient to ampiciline (> 80%) for both sexes ITU institutionalized patients. In ambulatorial patients the microrganisms were more resilient to ampiciline (50%) e tetracicline (50%) respectively in women and men for isolated E. coli, ampiciline with 73,68% e 83% respectively in wom en and men for K. pneumoniae. The results found are similar to those present in other regions, thus the study may be a tool to improve monitoring and using of the antimicrobians available to the actual treatment of that community.
description A infecção do trato urinário (ITU) acomete pacientes internados e ambulatoriais de ambos os sexos e idades variadas, sendo as mulheres o grupo mais afetado. O objetivo do estudo descritivo do tipo série de casos foi avaliar o perfil de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos dos principais patógenos isolados de amostras de uroculturas positivas dos pacientes internados e ambulatoriais do Hospital das Forças Armadas no período de janeiro a agosto de 2011. Foram analisados os resultados dos antibiogramas gerados pelo equipamento MicroScan WalkWay 96 SI. Foram cadastrados neste período 7,916 pacientes internados referentes apenas a 7º (UTI),8º e 10º andar e 31,170 pacientes ambulatoriais, sendo que o resultado total foi de 372 laudos de uroculturas positivas. Pacientes do sexo feminino foram mais acometidas pela infecção correspondendo a 82,73% de origem ambulatorial e 61,11% de origem nosocomial, defronte aos pacientes do sexo masculino que corresponderam a 17,26% ambulatoriais e 38,88% internados. Os principais agentes etiológicos isolados foram a Escherichia coli, correspondendo a 39,28% (internados) e 67,97% (ambulatoriais), Klebsiella pneumoniae em 17,85% (internados) e 10,87% (ambulatoriais) e Pseudomonas aeruginosa em 10,71% e 1,51% respectivamente internados e ambulatoriais para as amostras provenientes dos pacientes do sexo feminino. O resultado para as amostras de urocultura do sexo masculino corresponderam a E. coli (33,33% internados e 34,28% ambulatorial), K. pneumoniae (13,33% internados e 10,87% ambulatorial) e P. aeruginosa (26,66% internados e 10% ambulatorial). A E. coli mostrou-se mais sensível a amicacina, ertapenem, cefepima, ceftazidima, cefuroxima, imipenem, piperacilina/tazobactam (>80% e em ambos os sexos), resistente a sulfametoxazol/trimetoprima em 63,63% (mulheres) e 80% (homens), perfil intermediário a ampicilina/sulbactam 60% (homens) e 18,88% (mulheres) nos casos de ITU nosocomiais. A K. pneumoniae mostrou mais resistente a ampicilina (> 80%) para ambos os sexos nos casos de ITU nosocomial. Nos pacientes ambulatórias os microrganismos foram mais resistentes a ampicilina (50%) e tetraciclina (50%) respectivamente em mulheres e homens para isolados de E. coli, ampicilina com 73,68% e 83% respectivamente em mulheres e homens para K. pneumoniae. Os resultados encontrados assemelham-se aos de outras regiões, assim o estudo pode vir a ser usado como uma ferramenta para melhorar a monitorização e utilização dos antimicrobianos disponíveis para o tratamento empírico.
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