O direito de recorrer em liberdade no sistema de prisão processual penal brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lacerda, Igor Guimarães
Data de Publicação: 2009
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/10869/3655
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Constatou-se o uso indiscriminado dessas medidas em todo o país, especialmente, por meio de um estudo de caso realizado na Comarca de Novo Gama-GO, cidade que fica a 45 Km de Brasília. Sendo apurado que hodiernamente a regra é a utilização dessas medidas, onde deveria ser exceção, o que tornar a prisão processual muitas vezes mais gravosa do que a própria pena a ser aplicada ao réu por ocasião da sentença penal condenatória. Também foram verificadas algumas garantias e princípios que servem como limitadores dessa cautela. Por fim, foi tratado o direito de recorrer em liberdade sob o enfoque das recentes alterações do Código de Processo Penal, em especial: a nova visão do Supremo Tribunal Federal, que, contrariando seu entendimento anterior, reafirmou o direito dos réus de recorrerem em liberdade, inclusive, às instâncias superiores. Nesta oportunidade, analisou-se a atual posição do STF sobre a utilização do instituto da execução provisória da pena de forma obrigatória. Destarte, com o presente estudo, defendeu-se o direito dos réus de não só responderem a instrução processual soltos, como também, de recorrerem às instâncias superiores em liberdade. Sendo admitido o uso excepcional da prisão processual, desde que devidamente fundamentada e proibida a utilização da execução provisória da pena de forma obrigatória por ferir o princípio da Não-Culpabilidade. 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