O discurso organizacional em crises: uma análise do caso da Samarco
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Data de Publicação: | 2017 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/11091 |
Resumo: | O estudo aqui proposto tem como objetivo identificar se houve transformações no discurso organizacional da Samarco, ao longo da crise decorrente do rompimento da Barragem do Fundão, e quais foram essas transformações. Para isso, discorremos sobre as noções de organização, comunicação organizacional e comunicação integrada, tendo em vista que a organização é um produtor de sentidos consciente e que a comunicação é um elemento essencial na construção e produção da realidade organizacional. Já em nosso referencial teórico específico, tratamos das noções de discurso organizacional, imagem e reputação. Partimos do pressuposto de que o discurso organizacional viabiliza a interação entre a organização e os seus públicos de interesse por meio da propagação do discurso organização, que fomenta a legitimação da organização e a construção e a manutenção da imagem e da reputação organizacional. Tomamos também como base, a discussão sobre crises organizacionais, vistas como momentos do desequilíbrio organizacional que força a organização a reordenar sua rotina e prioridades. Além disso, entendemos que as crises possuem fases (pré-crise, crise e pós-crise) e cada momento vai demandar da organização estratégias em comunicação para responder às necessidades de cada fase. Discutimos aqui também a relação entre a imprensa e a organização em crise, visto que a cobertura midiática foi determinante no desenrolar da crise da Samarco, nosso objeto de estudo. Ainda em crise, introduzimos a Teoria da Reparação da Imagem, de Benoit, para entender o discurso organizacional como recurso de autopreservação em crises. Por fim, empreendemos nossa análise de conteúdo, em que selecionamos publicações e manifestações da Samarco durantes as fases supracitadas, a fim de identificar se houve alteração no discurso e quais foram elas. Para construir nossas matrizes de análise (uma para cada fase), partimos das noções de comunicação integrada de Kunsch. Para analisar o conteúdo do discurso, tomamos as noções de Bardin, que discorres sobre a análise da enunciação e do implícito. Ao longo de nossa reflexão, concluímos que o discurso organizacional da Samarco se modificou, compulsoriamente ao longo da crise, mas a organização, enquanto construtora de sentidos, embora tenha sido levada a mudar a estrutura e o conteúdo do discurso para responder à crise, exerceu seu poder de preservar, em um processo decisório, características do discurso que vinha construindo até a eclosão da crise. |
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Martinez, Maria Cecília AlvesBrauna, Marina Silva2018-06-14T13:17:58Z2018-06-112018-06-14T13:17:58Z2017BRAUNA, Marina Silva. O discurso organizacional em crises: uma análise do caso da Samarco. 2017. 67 f. Monografia (Graduação em Jornalismo) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2017.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/11091O estudo aqui proposto tem como objetivo identificar se houve transformações no discurso organizacional da Samarco, ao longo da crise decorrente do rompimento da Barragem do Fundão, e quais foram essas transformações. Para isso, discorremos sobre as noções de organização, comunicação organizacional e comunicação integrada, tendo em vista que a organização é um produtor de sentidos consciente e que a comunicação é um elemento essencial na construção e produção da realidade organizacional. Já em nosso referencial teórico específico, tratamos das noções de discurso organizacional, imagem e reputação. Partimos do pressuposto de que o discurso organizacional viabiliza a interação entre a organização e os seus públicos de interesse por meio da propagação do discurso organização, que fomenta a legitimação da organização e a construção e a manutenção da imagem e da reputação organizacional. Tomamos também como base, a discussão sobre crises organizacionais, vistas como momentos do desequilíbrio organizacional que força a organização a reordenar sua rotina e prioridades. Além disso, entendemos que as crises possuem fases (pré-crise, crise e pós-crise) e cada momento vai demandar da organização estratégias em comunicação para responder às necessidades de cada fase. Discutimos aqui também a relação entre a imprensa e a organização em crise, visto que a cobertura midiática foi determinante no desenrolar da crise da Samarco, nosso objeto de estudo. Ainda em crise, introduzimos a Teoria da Reparação da Imagem, de Benoit, para entender o discurso organizacional como recurso de autopreservação em crises. Por fim, empreendemos nossa análise de conteúdo, em que selecionamos publicações e manifestações da Samarco durantes as fases supracitadas, a fim de identificar se houve alteração no discurso e quais foram elas. Para construir nossas matrizes de análise (uma para cada fase), partimos das noções de comunicação integrada de Kunsch. Para analisar o conteúdo do discurso, tomamos as noções de Bardin, que discorres sobre a análise da enunciação e do implícito. Ao longo de nossa reflexão, concluímos que o discurso organizacional da Samarco se modificou, compulsoriamente ao longo da crise, mas a organização, enquanto construtora de sentidos, embora tenha sido levada a mudar a estrutura e o conteúdo do discurso para responder à crise, exerceu seu poder de preservar, em um processo decisório, características do discurso que vinha construindo até a eclosão da crise.The purpose of this study is to identify if there have been transformations without Samarco's organizational discourse, during the crisis resulting from the rupture of the Fundão Dam, and what are these transformations. For this, it is a communication, an organizational communication and an integrated communication, in view of an organization and a producer of awareness and communication in an essential element in the construction and production of organizational reality. Already in our specific theoretical framework, we deal with the notions of organizational discourse, image and reputation. We start from the assumption that the organizational discourse enables an interaction between an organization and its stakeholders by means of the propagation of the negotiation, which foments a legitimation of the organization and a construction and maintenance of the image and organizational reputation. We also take as a basis a discussion of organizational crises seen as moments of organizational imbalance that forces an organization to reorder its routine and priorities. In addition, we understand that crises are phases (pre-crisis, crisis and post-crisis) and each moment will require the organization in a communication to respond to the needs of each phase. We also discuss here a relationship between a press and an organization in crisis, since the media coverage was determined, not the unfolding of the Samarco crisis, our object of study. Still in crisis, we introduced Benoit's Theory of Image Repair to understand organizational discourse as a resource for self-preservation in crises. Finally, we undertake our content analysis, in which we select Samarco publications and manifestations during the aforementioned phases, an end to identification there is no discourse and what they were. To build our analysis matrices (one for each phase), partitions of Kunsch's integrated notions of communication. To analyze the content of the discourse, we take the notions of Bardin, which deals with an analysis of enunciation and implicit. Throughout our reflection, we conclude that Samarco's organizational discourse has changed, obligatory throughout the crisis, but an organization, as a sense-builder, although it has been driven to change a structure and content of discourse to respond to the crisis, exercised its power of preservation, in a decision-making process, characteristics of the discourse he had been building up to the outbreak of the crisis.Submitted by Luana Sampaio (luana.barroso@ucb.br) on 2018-06-11T12:20:14Z No. of bitstreams: 1 MarinaSilvaBraunaTCCGraduacao2017.pdf: 2043645 bytes, checksum: fb2dedee5ce0b737e7e2149810bd1871 (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2018-06-14T13:17:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MarinaSilvaBraunaTCCGraduacao2017.pdf: 2043645 bytes, checksum: fb2dedee5ce0b737e7e2149810bd1871 (MD5)Made available in DSpace on 2018-06-14T13:17:58Z (GMT). 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O estudo aqui proposto tem como objetivo identificar se houve transformações no discurso organizacional da Samarco, ao longo da crise decorrente do rompimento da Barragem do Fundão, e quais foram essas transformações. Para isso, discorremos sobre as noções de organização, comunicação organizacional e comunicação integrada, tendo em vista que a organização é um produtor de sentidos consciente e que a comunicação é um elemento essencial na construção e produção da realidade organizacional. Já em nosso referencial teórico específico, tratamos das noções de discurso organizacional, imagem e reputação. Partimos do pressuposto de que o discurso organizacional viabiliza a interação entre a organização e os seus públicos de interesse por meio da propagação do discurso organização, que fomenta a legitimação da organização e a construção e a manutenção da imagem e da reputação organizacional. Tomamos também como base, a discussão sobre crises organizacionais, vistas como momentos do desequilíbrio organizacional que força a organização a reordenar sua rotina e prioridades. Além disso, entendemos que as crises possuem fases (pré-crise, crise e pós-crise) e cada momento vai demandar da organização estratégias em comunicação para responder às necessidades de cada fase. Discutimos aqui também a relação entre a imprensa e a organização em crise, visto que a cobertura midiática foi determinante no desenrolar da crise da Samarco, nosso objeto de estudo. Ainda em crise, introduzimos a Teoria da Reparação da Imagem, de Benoit, para entender o discurso organizacional como recurso de autopreservação em crises. Por fim, empreendemos nossa análise de conteúdo, em que selecionamos publicações e manifestações da Samarco durantes as fases supracitadas, a fim de identificar se houve alteração no discurso e quais foram elas. Para construir nossas matrizes de análise (uma para cada fase), partimos das noções de comunicação integrada de Kunsch. Para analisar o conteúdo do discurso, tomamos as noções de Bardin, que discorres sobre a análise da enunciação e do implícito. Ao longo de nossa reflexão, concluímos que o discurso organizacional da Samarco se modificou, compulsoriamente ao longo da crise, mas a organização, enquanto construtora de sentidos, embora tenha sido levada a mudar a estrutura e o conteúdo do discurso para responder à crise, exerceu seu poder de preservar, em um processo decisório, características do discurso que vinha construindo até a eclosão da crise. The purpose of this study is to identify if there have been transformations without Samarco's organizational discourse, during the crisis resulting from the rupture of the Fundão Dam, and what are these transformations. For this, it is a communication, an organizational communication and an integrated communication, in view of an organization and a producer of awareness and communication in an essential element in the construction and production of organizational reality. Already in our specific theoretical framework, we deal with the notions of organizational discourse, image and reputation. We start from the assumption that the organizational discourse enables an interaction between an organization and its stakeholders by means of the propagation of the negotiation, which foments a legitimation of the organization and a construction and maintenance of the image and organizational reputation. We also take as a basis a discussion of organizational crises seen as moments of organizational imbalance that forces an organization to reorder its routine and priorities. In addition, we understand that crises are phases (pre-crisis, crisis and post-crisis) and each moment will require the organization in a communication to respond to the needs of each phase. We also discuss here a relationship between a press and an organization in crisis, since the media coverage was determined, not the unfolding of the Samarco crisis, our object of study. Still in crisis, we introduced Benoit's Theory of Image Repair to understand organizational discourse as a resource for self-preservation in crises. Finally, we undertake our content analysis, in which we select Samarco publications and manifestations during the aforementioned phases, an end to identification there is no discourse and what they were. To build our analysis matrices (one for each phase), partitions of Kunsch's integrated notions of communication. To analyze the content of the discourse, we take the notions of Bardin, which deals with an analysis of enunciation and implicit. Throughout our reflection, we conclude that Samarco's organizational discourse has changed, obligatory throughout the crisis, but an organization, as a sense-builder, although it has been driven to change a structure and content of discourse to respond to the crisis, exercised its power of preservation, in a decision-making process, characteristics of the discourse he had been building up to the outbreak of the crisis. |
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