Genética da pigmentação de pele em uma amostra da população brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chiabai, Marcela Aparecida
Data de Publicação: 2008
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12301
Resumo: A história da formação da população brasileira contemporânea passa por uma intensa miscigenação entre Europeus, Africanos e Ameríndios, resultando em uma população altamente heterogênea. Do ponto de vista das investigações de fenótipos complexos uma população com alto grau de estratificação representa riscos e potencialidades. Riscos de resultados espúrios e a potencialidade para identificação de regiões genômicas envolvidas em fenótipos com distribuição diferenciada entre as populações ancestrais. O fenótipo mais óbvio com distribuição diferenciada nas populações ancestrais envolvidos na formação da população brasileira é a pigmentação de pele. Neste trabalho investigamos as relações entre autodenominação de cor de pele com níveis de pigmentação e ancestralidade genética em uma amostra de 595 voluntários amostrados entre a população que freqüenta os campi da UCB e também a associação entre o SNP rs16891982 no gene SLC45A2 com a variação no nível de pigmentação em uma subamostra de 100 indivíduos dentre os 595 voluntários. A primeira parte do trabalho teve como objetivo investigar o papel da autodenominação de cor de pele em uma amostra coletada sem critérios de estratificação, bem como prospectar a possibilidade de se utilizar esta amostra para o mapeamento de regiões genômicas envolvidas na variação normal no fenótipo pigmentação de pele entre Africanos e Europeus. Os voluntários autodeclararam sua cor de pele segundo os critérios do IBGE e tiveram seu índice de melanina medido. A ancestralidade genômica individual foi estimada com a genotipagem de 176 marcadores informativos de ancestralidade. Foi observado que a autodeclaração de cor de pele não condiz com o índice de melanina da pele em nível de indivíduo, e que a autodeclaração da cor de pele não é indicativo da ancestralidade biogeográfica também em nível individual. A autodeclaração de cor de pele deve ser evitada na formação de grupos para estudos de associação genética. Em nível de amostra populacional foi encontrada correlação entre a pigmentação da pele e a ancestralidade biogeográfica, mostrando que a população brasileira tem potencial para ser utilizada em estudos de associação de genes relacionados à pigmentação da pele. Para a segunda parte deste projeto foram selecionados 100 voluntários com mais de 30% de ancestralidade africana para o estudo da correlação entre pigmentação da pele e genótipos no gene SLC45A2, utilizando a ancestralidade biogeográfica individual como covariável. Foi observada associação entre a pigmentação da pele e o SNP rs16891982 do gene SLC45A2, sendo que em nosso grupo amostral 14,8% da variação no fenótipo índice de melanina foi explicada por esse SNP.
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spelling Pereira, Rinaldo WellersonChiabai, Marcela Aparecida2019-09-26T20:46:33Z2019-09-252019-09-26T20:46:33Z2008-11CHIABAI, Marcela Aparecida. Genética da pigmentação de pele em uma amostra da população brasileira. 2008. 44 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2008.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12301A história da formação da população brasileira contemporânea passa por uma intensa miscigenação entre Europeus, Africanos e Ameríndios, resultando em uma população altamente heterogênea. Do ponto de vista das investigações de fenótipos complexos uma população com alto grau de estratificação representa riscos e potencialidades. Riscos de resultados espúrios e a potencialidade para identificação de regiões genômicas envolvidas em fenótipos com distribuição diferenciada entre as populações ancestrais. O fenótipo mais óbvio com distribuição diferenciada nas populações ancestrais envolvidos na formação da população brasileira é a pigmentação de pele. Neste trabalho investigamos as relações entre autodenominação de cor de pele com níveis de pigmentação e ancestralidade genética em uma amostra de 595 voluntários amostrados entre a população que freqüenta os campi da UCB e também a associação entre o SNP rs16891982 no gene SLC45A2 com a variação no nível de pigmentação em uma subamostra de 100 indivíduos dentre os 595 voluntários. A primeira parte do trabalho teve como objetivo investigar o papel da autodenominação de cor de pele em uma amostra coletada sem critérios de estratificação, bem como prospectar a possibilidade de se utilizar esta amostra para o mapeamento de regiões genômicas envolvidas na variação normal no fenótipo pigmentação de pele entre Africanos e Europeus. 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Para a segunda parte deste projeto foram selecionados 100 voluntários com mais de 30% de ancestralidade africana para o estudo da correlação entre pigmentação da pele e genótipos no gene SLC45A2, utilizando a ancestralidade biogeográfica individual como covariável. Foi observada associação entre a pigmentação da pele e o SNP rs16891982 do gene SLC45A2, sendo que em nosso grupo amostral 14,8% da variação no fenótipo índice de melanina foi explicada por esse SNP.The Brazilian population comes from an intense admixture between Europeans, Africans and Amerindians during more than two hundred years back to the 18th and 19th century. Nowadays Brazilians are taken as one of the most admixed population in the world. Regarding to association studies, Brazilians represent risks for spurious results in on side and the potential to be used in admixture based mapping in the other side. Skin pigmentation is one obvious phenotype both for spurious association and admixture mapping when one thinks in Africans and Europeans as the base of Brazilian population. This work investigated the relationship between self-reported skin pigmentation, skin melanin and levels of genetic ancestry in a sample of 595 volunteers sampled among the population attending the UCB campi. Association between the SNP rs16891982 from the gene SLC45A2 and skin pigmentation based on melanin measurement was also investigated. This work first aimed to establish how self-reported skin color in a sample collected without any physical feature stratification correlates with melanin measurements and biogeographical ancestry. The volunteers self-reported their skin pigmentation based on IBGE classification. All volunteers had their skin pigmentation measured and a cheek swab sampled. .The individual genomic ancestry was estimated genotyping 176 ancestry informative SNPs. It was observed that the self-reported skin color does not match with the index of melanin in skin, and that the self-reported skin color is not indicative of biogeographical ancestry. Both findings regard to individual level. The self-reported skin color should be avoided in the formation of groups for studies of genetic association. Analysis at population level found a correlation between skin pigmentation and biogeographical ancestry, showing that the Brazilian population has potential to be used in association studies of genes related to skin pigmentation. One hundred out of the 595 volunteers were selected based on their African ancestry greater than 30%. This subsample was used in the association study between skin pigmentation and SLC45A2 gene. Correcting the association using individual ancestry as a covariant, the rs16891982 from SLC45A2 gene showed to explain 14.8% of skin pigmentation in the subsample.Submitted by Maria José Martins (mmartins@ucb.br) on 2019-09-25T12:58:30Z No. of bitstreams: 1 Marcela Aparecida Chiabai.pdf: 1389088 bytes, checksum: e3f5029870125d767ee404fd351a07c7 (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-09-26T20:46:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Marcela Aparecida Chiabai.pdf: 1389088 bytes, checksum: e3f5029870125d767ee404fd351a07c7 (MD5)Made available in DSpace on 2019-09-26T20:46:33Z (GMT). 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The Brazilian population comes from an intense admixture between Europeans, Africans and Amerindians during more than two hundred years back to the 18th and 19th century. Nowadays Brazilians are taken as one of the most admixed population in the world. Regarding to association studies, Brazilians represent risks for spurious results in on side and the potential to be used in admixture based mapping in the other side. Skin pigmentation is one obvious phenotype both for spurious association and admixture mapping when one thinks in Africans and Europeans as the base of Brazilian population. This work investigated the relationship between self-reported skin pigmentation, skin melanin and levels of genetic ancestry in a sample of 595 volunteers sampled among the population attending the UCB campi. Association between the SNP rs16891982 from the gene SLC45A2 and skin pigmentation based on melanin measurement was also investigated. This work first aimed to establish how self-reported skin color in a sample collected without any physical feature stratification correlates with melanin measurements and biogeographical ancestry. The volunteers self-reported their skin pigmentation based on IBGE classification. All volunteers had their skin pigmentation measured and a cheek swab sampled. .The individual genomic ancestry was estimated genotyping 176 ancestry informative SNPs. It was observed that the self-reported skin color does not match with the index of melanin in skin, and that the self-reported skin color is not indicative of biogeographical ancestry. Both findings regard to individual level. The self-reported skin color should be avoided in the formation of groups for studies of genetic association. Analysis at population level found a correlation between skin pigmentation and biogeographical ancestry, showing that the Brazilian population has potential to be used in association studies of genes related to skin pigmentation. One hundred out of the 595 volunteers were selected based on their African ancestry greater than 30%. This subsample was used in the association study between skin pigmentation and SLC45A2 gene. Correcting the association using individual ancestry as a covariant, the rs16891982 from SLC45A2 gene showed to explain 14.8% of skin pigmentation in the subsample.
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