"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8594 |
Resumo: | Esta pesquisa tem por objetivo analisar a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica a partir do vídeo documentário “Violência obstétrica: a voz das brasileiras”. Para tal, os depoimentos foram analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin e problematização sob a ótica da epistemologia feminista. Embora os documentos de referência na assistência à saúde indiquem a realização de procedimentos condizentes com as necessidades de cada parto e cada mulher de modo a garantir uma vivência digna e de respeito, os resultados apontam discrepância entre o previsto e a prática. Constatou-se que, a atenção obstétrica desconsidera o conhecimento das mulheres, a significação e a complexidade envolvida na vivência do parto, sendo marcada por violações de direitos humanos, sexuais e reprodutivos, que podem incorrer em morbidade e mortalidade materna e/ou neonatal. A ocorrência deste tipo de violência é perpassada por múltiplos fatores, como: objetificação das mulheres, precarização da infraestrutura das instituições de saúde e formação dos(as) profissionais centrada na intervenção. Ressalta-se a importância de futuras investigações, principalmente no campo da Psicologia onde o tema é emergente. Acrescenta-se a necessidade de uma (re)avaliação constante e crítica sobre a assistência em saúde, associada à postura destituída de julgamentos morais e de valor, que acolha, cuide e respeite as mulheres. Não obstante, atuação das(os) Psicólogas(os) para além do hospital-maternidade, incluindo o fortalecimento das mulheres para o protagonismo e busca de seus direitos, e a participação na (re)formulação das políticas públicas, dos currículos acadêmicos e da formação continuada dos(as) profissionais de saúde. |
id |
UCB-2_ea20314233127a97c5465211adeb7a12 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:200.214.135.189:123456789/8594 |
network_acronym_str |
UCB-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UCB |
spelling |
Quadrelli, Isabela ParenteSilva, Angélica Brandão2017-07-04T21:06:13Z2017-07-042017-07-04T21:06:13Z2015-11-24SILVA, Angélica Brandão. "Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica. 2015. 44 f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2015.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8594Esta pesquisa tem por objetivo analisar a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica a partir do vídeo documentário “Violência obstétrica: a voz das brasileiras”. Para tal, os depoimentos foram analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin e problematização sob a ótica da epistemologia feminista. Embora os documentos de referência na assistência à saúde indiquem a realização de procedimentos condizentes com as necessidades de cada parto e cada mulher de modo a garantir uma vivência digna e de respeito, os resultados apontam discrepância entre o previsto e a prática. Constatou-se que, a atenção obstétrica desconsidera o conhecimento das mulheres, a significação e a complexidade envolvida na vivência do parto, sendo marcada por violações de direitos humanos, sexuais e reprodutivos, que podem incorrer em morbidade e mortalidade materna e/ou neonatal. A ocorrência deste tipo de violência é perpassada por múltiplos fatores, como: objetificação das mulheres, precarização da infraestrutura das instituições de saúde e formação dos(as) profissionais centrada na intervenção. Ressalta-se a importância de futuras investigações, principalmente no campo da Psicologia onde o tema é emergente. Acrescenta-se a necessidade de uma (re)avaliação constante e crítica sobre a assistência em saúde, associada à postura destituída de julgamentos morais e de valor, que acolha, cuide e respeite as mulheres. Não obstante, atuação das(os) Psicólogas(os) para além do hospital-maternidade, incluindo o fortalecimento das mulheres para o protagonismo e busca de seus direitos, e a participação na (re)formulação das políticas públicas, dos currículos acadêmicos e da formação continuada dos(as) profissionais de saúde.This research aims to analyze the experience of women suffering from obstetric violence from the documentary video “Violência obstétrica: a voz das brasileiras”. To this end, interviews were analyzed through Bardin content analysis and questioning from the perspective of feminist epistemology. While the standard reference documents in health care indicates the performance of procedures consistent with the needs of each childbirth and each woman to ensure a decent and respect living, the results point discrepancy between the predicted and practice. It was found that the obstetric care disregards women's knowledge, the significance and complexity involved in the birth experience, being marked by human rights violations, sexual and reproductive, that may incur neonatal and maternal morbidity and mortality. The occurrence of such violence is permeated by multiple factors, including objectification of women, precarious infrastructure of health facilities and training professionals focused on intervention. It emphasizes the importance of future research, especially in the field of psychology where the theme is emerging. It adds to the need for a constant revaluation and critique of health care associated with posture devoid of moral judgments and value, that host, care and respect women. Nevertheless, the performance of Psychologists in addition to the maternity hospital, the empowerment of women to pursue their rights and active participation in your life, and participation in the reformulation of public policies, academic curriculum and continuing education of the health professionals.Submitted by cristiano cardoso sales (cristiano.sales@ucb.br) on 2017-07-04T19:09:57Z No. of bitstreams: 1 AngélicaBrandãoSilvaTCCGraduacao2015.pdf: 677289 bytes, checksum: 6b17d087abc5c93cb7aafaa18a1b446e (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2017-07-04T21:06:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 AngélicaBrandãoSilvaTCCGraduacao2015.pdf: 677289 bytes, checksum: 6b17d087abc5c93cb7aafaa18a1b446e (MD5)Made available in DSpace on 2017-07-04T21:06:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AngélicaBrandãoSilvaTCCGraduacao2015.pdf: 677289 bytes, checksum: 6b17d087abc5c93cb7aafaa18a1b446e (MD5) Previous issue date: 2015-11-24porUniversidade Católica de BrasíliaPsicologia (Graduação)UCBBrasilEscola de Saúde e MedicinaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAPsicologia da saúdePsicologia obstétricaIntervenções médicasHumanização"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétricainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UCBinstname:Universidade Católica de Brasília (UCB)instacron:UCBORIGINALAngélicaBrandãoSilvaTCCGraduacao2015.pdfAngélicaBrandãoSilvaTCCGraduacao2015.pdfMonografiaapplication/pdf677289https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/8594/1/Ang%c3%a9licaBrand%c3%a3oSilvaTCCGraduacao2015.pdf6b17d087abc5c93cb7aafaa18a1b446eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/8594/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTAngélicaBrandãoSilvaTCCGraduacao2015.pdf.txtAngélicaBrandãoSilvaTCCGraduacao2015.pdf.txtExtracted texttext/plain99273https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/8594/3/Ang%c3%a9licaBrand%c3%a3oSilvaTCCGraduacao2015.pdf.txt31a8531e38e48592f466686661d1e27fMD53123456789/85942017-07-05 01:03:48.771TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de Publicaçõeshttps://repositorio.ucb.br:9443/jspui/ |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica |
title |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica |
spellingShingle |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica Silva, Angélica Brandão CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA Psicologia da saúde Psicologia obstétrica Intervenções médicas Humanização |
title_short |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica |
title_full |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica |
title_fullStr |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica |
title_full_unstemmed |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica |
title_sort |
"Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica |
author |
Silva, Angélica Brandão |
author_facet |
Silva, Angélica Brandão |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Quadrelli, Isabela Parente |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Angélica Brandão |
contributor_str_mv |
Quadrelli, Isabela Parente |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA Psicologia da saúde Psicologia obstétrica Intervenções médicas Humanização |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Psicologia da saúde Psicologia obstétrica Intervenções médicas Humanização |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica a partir do vídeo documentário “Violência obstétrica: a voz das brasileiras”. Para tal, os depoimentos foram analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin e problematização sob a ótica da epistemologia feminista. Embora os documentos de referência na assistência à saúde indiquem a realização de procedimentos condizentes com as necessidades de cada parto e cada mulher de modo a garantir uma vivência digna e de respeito, os resultados apontam discrepância entre o previsto e a prática. Constatou-se que, a atenção obstétrica desconsidera o conhecimento das mulheres, a significação e a complexidade envolvida na vivência do parto, sendo marcada por violações de direitos humanos, sexuais e reprodutivos, que podem incorrer em morbidade e mortalidade materna e/ou neonatal. A ocorrência deste tipo de violência é perpassada por múltiplos fatores, como: objetificação das mulheres, precarização da infraestrutura das instituições de saúde e formação dos(as) profissionais centrada na intervenção. Ressalta-se a importância de futuras investigações, principalmente no campo da Psicologia onde o tema é emergente. Acrescenta-se a necessidade de uma (re)avaliação constante e crítica sobre a assistência em saúde, associada à postura destituída de julgamentos morais e de valor, que acolha, cuide e respeite as mulheres. Não obstante, atuação das(os) Psicólogas(os) para além do hospital-maternidade, incluindo o fortalecimento das mulheres para o protagonismo e busca de seus direitos, e a participação na (re)formulação das políticas públicas, dos currículos acadêmicos e da formação continuada dos(as) profissionais de saúde. This research aims to analyze the experience of women suffering from obstetric violence from the documentary video “Violência obstétrica: a voz das brasileiras”. To this end, interviews were analyzed through Bardin content analysis and questioning from the perspective of feminist epistemology. While the standard reference documents in health care indicates the performance of procedures consistent with the needs of each childbirth and each woman to ensure a decent and respect living, the results point discrepancy between the predicted and practice. It was found that the obstetric care disregards women's knowledge, the significance and complexity involved in the birth experience, being marked by human rights violations, sexual and reproductive, that may incur neonatal and maternal morbidity and mortality. The occurrence of such violence is permeated by multiple factors, including objectification of women, precarious infrastructure of health facilities and training professionals focused on intervention. It emphasizes the importance of future research, especially in the field of psychology where the theme is emerging. It adds to the need for a constant revaluation and critique of health care associated with posture devoid of moral judgments and value, that host, care and respect women. Nevertheless, the performance of Psychologists in addition to the maternity hospital, the empowerment of women to pursue their rights and active participation in your life, and participation in the reformulation of public policies, academic curriculum and continuing education of the health professionals. |
description |
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica a partir do vídeo documentário “Violência obstétrica: a voz das brasileiras”. Para tal, os depoimentos foram analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin e problematização sob a ótica da epistemologia feminista. Embora os documentos de referência na assistência à saúde indiquem a realização de procedimentos condizentes com as necessidades de cada parto e cada mulher de modo a garantir uma vivência digna e de respeito, os resultados apontam discrepância entre o previsto e a prática. Constatou-se que, a atenção obstétrica desconsidera o conhecimento das mulheres, a significação e a complexidade envolvida na vivência do parto, sendo marcada por violações de direitos humanos, sexuais e reprodutivos, que podem incorrer em morbidade e mortalidade materna e/ou neonatal. A ocorrência deste tipo de violência é perpassada por múltiplos fatores, como: objetificação das mulheres, precarização da infraestrutura das instituições de saúde e formação dos(as) profissionais centrada na intervenção. Ressalta-se a importância de futuras investigações, principalmente no campo da Psicologia onde o tema é emergente. Acrescenta-se a necessidade de uma (re)avaliação constante e crítica sobre a assistência em saúde, associada à postura destituída de julgamentos morais e de valor, que acolha, cuide e respeite as mulheres. Não obstante, atuação das(os) Psicólogas(os) para além do hospital-maternidade, incluindo o fortalecimento das mulheres para o protagonismo e busca de seus direitos, e a participação na (re)formulação das políticas públicas, dos currículos acadêmicos e da formação continuada dos(as) profissionais de saúde. |
publishDate |
2015 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2015-11-24 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-07-04T21:06:13Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-07-04 2017-07-04T21:06:13Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVA, Angélica Brandão. "Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica. 2015. 44 f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2015. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8594 |
identifier_str_mv |
SILVA, Angélica Brandão. "Ser tratada como lixo. É normal?": a experiência de mulheres vítimas de violência obstétrica. 2015. 44 f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2015. |
url |
https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8594 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Católica de Brasília |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Psicologia (Graduação) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UCB |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Escola de Saúde e Medicina |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Católica de Brasília |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UCB instname:Universidade Católica de Brasília (UCB) instacron:UCB |
instname_str |
Universidade Católica de Brasília (UCB) |
instacron_str |
UCB |
institution |
UCB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UCB |
collection |
Repositório Institucional da UCB |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/8594/1/Ang%c3%a9licaBrand%c3%a3oSilvaTCCGraduacao2015.pdf https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/8594/2/license.txt https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/8594/3/Ang%c3%a9licaBrand%c3%a3oSilvaTCCGraduacao2015.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6b17d087abc5c93cb7aafaa18a1b446e 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b 31a8531e38e48592f466686661d1e27f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1724829869060128768 |