Perfil de consumo de antimicrobianos dos discentes dos cursos da área de saúde de uma instituição de ensino superior do Distrito Federal – DF

• Autor(a) principal: Mesquita, Tatiana
• Data de Publicação: 2011
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12395
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Antimicrobianos; Automedicação; Perfil de consumo; Uso racional de medicamentos; Resistência bacteriana

Atualmente, os antimicrobianos estão entre os fármacos mais prescritos e utilizados na clínica de modo irracional. A conseqüência drástica do uso indiscriminado dos antimicrobianos gerou o aparecimento da resistência bacteriana. A automedicação, no Brasil, é uma prática bastante discutida nas áreas médico-farmacêuticas e, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas, cerca de 80 milhões de pessoas se automedicam. A Organização Mundial de Saúde destaca que para alcançar o uso racional de medicamentos são necessárias medidas para estabelecer a necessidade do uso do medicamento, preconizando a prescrição apropriada para o tratamento, melhor escolha considerando a eficácia, segurança comprovadas e aceitáveis. O profissional farmacêutico tem papel fundamental no uso racional de medicamentos, contribuindo para a difusão da prática da Atenção farmacêutica com o auxílio de uma equipe multidisciplinar para o acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico. Diante deste quadro, o presente estudo tem como objetivo traçar o perfil de consumo de antimicrobianos dos discentes dos cursos da área de saúde de uma instituição de ensino superior do DF. Trata-se de um estudo descritivo e com uma abordagem quantitativa. Como instrumento de pesquisa foi utilizado um questionário onde participaram deste estudo 116 discentes dos cursos de biomedicina, enfermagem, farmácia e medicina. Em relação aos dados obtidos durante a pesquisa observou que a maioria dos entrevistados é do sexo feminino, a faixa etária predominou de 16 a 23 anos e o semestre 4o ao 6o. Já a freqüência de antimicrobianos nos últimos cinco anos, percebeu um alto índice de consumo entre os discentes. O médico foi o que mais indicou antimicrobiano e a freqüência de utilização predominou anualmente. O antimicrobiano mais utilizado foi amoxicilina e a principal causa foi dor de garganta, ouvido e dente. A maioria dos entrevistados de todos os cursos recebeu orientação pelo médico, enquanto que pelo farmacêutico, apenas discentes da biomedicina. A maior parte leu e seguiu a orientação da bula. O período de tratamento prevaleceu mais de 05 dias e quanto à indicação de algum antimicrobiano para amigos e familiares a maioria respondeu que nunca. Quando compara o acesso de antimicrobianos, antes e depois das novas resoluções percebeu-se uma melhora. Após a análise dos dados, verificou-se que houve um alto consumo de antimicrobianos nos últimos cinco anos pela a maioria dos discentes de todos os cursos. Percebe-se que a orientação pelo médico sobre a antibioticoterapia, foi bastante comum, já a orientação pelo farmacêutico, cabe ressaltar a necessidade de se estabelecer as responsabilidades durante a assistência farmacêutica. Alto índice à leitura e seguimento das orientações das bulas, no qual é considerada uma forma de automedicação. Houve mudança significativa ao acesso de antimicrobianos depois das novas resoluções.