COMPARAÇÃO DOS PARÂMETROS ESPAÇO TEMPORAIS DA MARCHA ENTRE CRIANÇAS OBESAS E EUTRÓFICAS: ESTUDO PILOTO

• Autor(a) principal: Pivetta, Franciele Marques
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: Silveira, Mateus Corrêa, Mota, Carlos Bolli
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Brasileira de Ciência e Movimento (Online)
• Texto Completo: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/view/5935
• topic: Obesidade; Criança; Marcha

A obesidade infantil é considerada uma doença preocupante por, entre outras coisas, aumentar o risco de lesões em função da sobrecarga devida maior massa corporal. Crianças obesas aparentemente possuem pior desenvolvimento motor, manutenção de postura e equilíbrio. A análise biomecânica da marcha pode auxiliar na identificação de quais parâmetros da caminhada de crianças obesas possibilitam o desenvolvimento de lesões. O objetivo deste estudo é comparar as características espaço temporais da marcha de crianças eutróficas e obesas. Nove crianças participaram voluntariamente do estudo e foram divididas em dois grupos de acordo com seu índice de massa corporal. As crianças caminharam em três diferentes velocidades: preferida, lenta e rápida. Os parâmetros espaço temporais da marcha foram avaliados a partir do uso de câmeras de infravermelho (VICON) e de plataformas de força (AMTI), que atuaram em sincronia durante as tentativas de caminhada. Nas velocidades preferida e lenta de caminhada não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, porém na velocidade rápida de caminhada as crianças obesas apresentaram maior largura de passo (+40%). As medidas antropométricas podem justificar o resultado uma vez que crianças obesas parecer possuir maior perímetro do quadril do que as eutróficas. Concluímos que as crianças obesas do presente estudo não apresentam diferenças na maior parte dos parâmetros espaço temporais, apenas uma maior largura de passo na velocidade rápida do que as crianças eutróficas. A partir dos resultados, nosso estudo sugere o número mínimo de 11 crianças em cada grupo para comparações entre amostras representativas destas populações.