As fundações norte-americanas e o debate racial no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Afro-Asiáticos |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-546X2002000100006 |
Resumo: | Bourdieu e Wacquant, em seu artigo "Sobre as Artimanhas da Razão Imperialista", afirmam que as principais fundações norte-americanas, filantrópicas e de pesquisa, têm distorcido as idéias, não só intelectualmente, como do movimento social e de identidade no Brasil, impondo concepções de raça americanas. Eles parecem presumir que, devido ao fato de as fundações americanas gastarem milhões de dólares no Brasil, priorizando pesquisas sobre raça, apesar dos seus conteúdos, podem, com sucesso, impor concepções norte-americanas de raça para o Brasil. Baseado na minha experiência como diretor de programas da Fundação Ford no Rio de Janeiro, por um período aproximado de quatro anos, e como um estudioso das relações raciais no Brasil por mais de uma década, tento mostrar como a análise dos autores exagera quanto ao poder que as fundações americanas têm no Brasil; falha na compreensão de como as decisões programáticas são tomadas no interior das fundações; subestima enormemente a agência intelectual da academia brasileira e seu movimento negro social; e revela um entendimento anacrônico da literatura acadêmica e da opinião pública sobre raça no Brasil. |
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