JACOBINISMO COMTEANO E SEU DESDOBRAMENTO NA AÇÃO DOS POSITIVISTAS REPUBLICANOS NO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Maria Thereza Rosa
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sociedade em Debate (Online)
Texto Completo: https://revistas.ucpel.edu.br/rsd/article/view/499
Resumo: O acontecimento revolucionário de 1848 contribuiu para que Auguste Comte sistematizasse a filosofia positiva em uma doutrina social, destinada ao público muito especial, o "proletariado". Segundo Comte, esta era a única classe detendo, na modernidade, um caráter moral e intelectual suscetível de acolher o "verdadeiro sentido do espírito positivo" e de realizar as mudanças da "base temporal" da sociedade. A filosofia positivista, denominada por Comte como doutrina universal, originária da Revolução de 1789, anunciava o desígnio conservador da ciência social empenhada em fundir, numa mesma estrutura, a necessidade social da existência de uma hierarquia e a igualdade reivindicada pelo movimento democrático. Atento à influência das idéias socialistas no seio do movimento dos trabalhadores, Comte sugeriu a elaboração do Plano de novo governo revolucionário escrito por É. Littré, F. Magnin e P. Laffitte, em Paris, em agosto de 1848. No Plano, eles registravam os acontecimentos de 1848 sob a ótica da intervenção positivista no campo das reformas sociais, preconizando a renovação da sociedade, mediante as regras de solidariedade que comandam a vida social para consolidar a nova ordem política, a Segunda República Francesa. Estas idéias comteanas dirigiram a ação dos positivistas republicanos preocupados com a questão social no Brasil imperial.
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