As contradições do confinamento no Brasil. Uma breve revisão da bibliografia sobre encarceramento de mulheres.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociedade em Debate (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ucpel.edu.br/rsd/article/view/1448 |
Resumo: | O presente artigo pergunta se a punição e, sobretudo, o confinamento de mulheres e meninas, está assumindo uma nova configuração no Brasil contemporâneo? Para responder, propõe uma breve revisão da literatura específica sobre encarceramento de mulheres. Os estudos revisados apontam não apenas para o crescimento do encarceramento feminino como também para a mudança do perfil dos crimes que redundam em persecução penal e em condenação. A despeito do aumento das proteções legais à condição feminina em relação à prisão, as mulheres vivenciam, na punição, vários excessos: prisão provisória, penas mais longas, condições prisionais mais precárias; uso sistemático da internação no sistema socioeducativo; violência física; ilegalidades, sofrimento, isolamento em relação à família e várias formas de violações de direitos. Emerge, no Brasil contemporâneo, um dispositivo punitivo que multiplica o excesso. O confinamento, em seus efeitos contraditórios, é uma forma de punição que ativa os excessos que recaem sobre as mulheres presas. |
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