Sintomas depressivos e gênero: observando as diferenças em amostras clínica e não clínica de adultos jovens
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel |
Texto Completo: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/468 |
Resumo: | Introdução: A adolescência e a vida adulta jovem caracterizam-se por mudanças físicas, sociais e psíquicas. O que torna esta fase mais propensa ao desenvolvimento de transtornos psicopatológicos dentre eles a depressão. Objetivo: Esta tese tem por objetivo avaliar a sintomatologia depressiva entre homens e mulheres em dois tipos de amostras: populacional e clínica, assim como, verificar o impacto do sexo do paciente no resultado de psicoterapias cognitivas breves. Método: Trata-se de dois estudos com adultos jovens, um transversal de base populacional (18-24 anos) e um ensaio clínico randomizado (18-29 anos). No estudo transversal o Transtorno Depressivo Maior (TDM) foi avaliado através da Mini Internacional Neuropsychiatric Interview (MINI), enquanto que os sintomas depressivos através do Inventário de Depressão de Beck (BDI). No ensaio clínico o diagnóstico do TDM foi realizado através da Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID-CV) e a sintomatologia depressiva foi avaliada através Hamilton Depression Scale (HAM-D). Os participantes foram randomizados entre duas intervenções breves de 7 sessões: Psicoterapia Cognitivo Comportamental (PCC) e Psicoterapia Cognitiva Narrativa (PCN). A HAM-D foi aplicada após dois modelos breves de psicoterapia cognitiva (7 sessões). Resultados: Na amostra populacional, a proporção de mulheres (12,2%) com TDM foi maior do que em homens (5,3%). Os sintomas de depressão significativamente mais prevalentes em mulheres foram: tristeza, choro, dificuldade para tomar decisões e falta de energia, bem como, a auto-crítica, irritabilidade, alterações da auto-imagem, dificuldade de trabalho e perda de interesse em sexo. Tristeza e autocrítica foram significativamente mais severos em mulheres. Diferença de proporção semelhante foi observada na amostra clínica, com uma maior proporção de mulheres com depressão (n=95) quando comparadas aos homens (n=25). Dentre os 21 sintomas avaliados, apenas dois foram significativamente diferentes entre os gêneros: sintomas genitais (p=0,024) e de consciência (p=0,018). Quanto à remissão de sintomas de acordo com o modelo psicoterapêutico, a PCN parece ser mais eficaz entre as mulheres. 8 Conclusão: Em ambas as investigações foi possível observar que em adultos jovens, o transtorno depressivo maior é mais prevalente entre as mulheres com maior manifestação da sintomatologia depressiva e mais intensa em relação a sintomas específicos. A diferença nos resultados do tratamento apresentada na amostra estudada ficou restrita a uma menor redução dos sintomas depressivos entre homens que realizaram a PCN. |
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Sintomas depressivos e gênero: observando as diferenças em amostras clínica e não clínica de adultos jovensadultos jovens; depressão; sintomas depressivos; gênero; diferençasCIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA##3411867255817377423##600Introdução: A adolescência e a vida adulta jovem caracterizam-se por mudanças físicas, sociais e psíquicas. O que torna esta fase mais propensa ao desenvolvimento de transtornos psicopatológicos dentre eles a depressão. Objetivo: Esta tese tem por objetivo avaliar a sintomatologia depressiva entre homens e mulheres em dois tipos de amostras: populacional e clínica, assim como, verificar o impacto do sexo do paciente no resultado de psicoterapias cognitivas breves. Método: Trata-se de dois estudos com adultos jovens, um transversal de base populacional (18-24 anos) e um ensaio clínico randomizado (18-29 anos). No estudo transversal o Transtorno Depressivo Maior (TDM) foi avaliado através da Mini Internacional Neuropsychiatric Interview (MINI), enquanto que os sintomas depressivos através do Inventário de Depressão de Beck (BDI). No ensaio clínico o diagnóstico do TDM foi realizado através da Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID-CV) e a sintomatologia depressiva foi avaliada através Hamilton Depression Scale (HAM-D). Os participantes foram randomizados entre duas intervenções breves de 7 sessões: Psicoterapia Cognitivo Comportamental (PCC) e Psicoterapia Cognitiva Narrativa (PCN). A HAM-D foi aplicada após dois modelos breves de psicoterapia cognitiva (7 sessões). Resultados: Na amostra populacional, a proporção de mulheres (12,2%) com TDM foi maior do que em homens (5,3%). Os sintomas de depressão significativamente mais prevalentes em mulheres foram: tristeza, choro, dificuldade para tomar decisões e falta de energia, bem como, a auto-crítica, irritabilidade, alterações da auto-imagem, dificuldade de trabalho e perda de interesse em sexo. Tristeza e autocrítica foram significativamente mais severos em mulheres. Diferença de proporção semelhante foi observada na amostra clínica, com uma maior proporção de mulheres com depressão (n=95) quando comparadas aos homens (n=25). Dentre os 21 sintomas avaliados, apenas dois foram significativamente diferentes entre os gêneros: sintomas genitais (p=0,024) e de consciência (p=0,018). Quanto à remissão de sintomas de acordo com o modelo psicoterapêutico, a PCN parece ser mais eficaz entre as mulheres. 8 Conclusão: Em ambas as investigações foi possível observar que em adultos jovens, o transtorno depressivo maior é mais prevalente entre as mulheres com maior manifestação da sintomatologia depressiva e mais intensa em relação a sintomas específicos. A diferença nos resultados do tratamento apresentada na amostra estudada ficou restrita a uma menor redução dos sintomas depressivos entre homens que realizaram a PCN.This research aimed to compare the prevalence rates of Major Depressive Disorder (MDD) and to differentiate the presence and severity of depressive symptoms between women and men aged 18 to 24 years. In this population-based, cross-sectional study (n = 1560), young adults were screened with the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) for MDD (n = 137). Participants then completed a self-report questionnaire to gather sociodemographic data, and the presence of each symptom of depression was assessed with the Beck Depression Inventory (BDI). The proportion of women (12.2%) with MDD was higher than that of men (5.3%). The symptoms of depression found to be significantly more prevalent in women were sadness, crying, difficulty making decisions, and lack of energy, as well as self-criticism, irritability, changes in self-image, work difficulty and loss of interest in sex. Sadness and self-criticism were significantly more severe in women than in men. The presentation of depressive symptoms in young adults with MDD differed between men and women.Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq##-2555911436985713659##600Universidade Catolica de PelotasCentro de Ciencias da Saude##-7432574962795991241##600BrasilUCPelPrograma de Pos-Graduacao em Saude Comportamento##-1990782970254042025##600Souza, Luciano Dias Mattos dehttp://lattes.cnpq.br/2246299367752231Silva, Ricardo Azevedo dahttp://lattes.cnpq.br/8795197544874093Lhullier, Alfredo Cardosohttp://lattes.cnpq.br/3993417802128429Ores, Liliane da costahttp://lattes.cnpq.br/6714118958915401Molina, Mariane Ricardo Acosta Lopez2016-07-26T22:04:52Z2013-08-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMolina, Mariane Ricardo Acosta Lopez. Sintomas depressivos e gênero: observando as diferenças em amostras clínica e não clínica de adultos jovens. 2013. 124 f. 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