Trauma na infância e resiliência na vida adulta de mulheres que engravidaram na adolescência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel |
Texto Completo: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/583 |
Resumo: | Desde muito tempo, a psicanálise traz a ideia de que existe um “filtro” em nossas mentes, e que a capacidade deste varia de pessoa para pessoa. Nesse contexto, eventos determinantes, podendo ser denominados estressores, podem alterar a eficiência deste filtro. A partir disso, a resiliência pode ser entendida como a capacidade de passar por eventos adversos e mesmo assim manter-se bem, adaptando-se positivamente – “continuar filtrando de modo eficaz”. Ainda na psicanálise, falando agora de trauma, este pode ser entendido como um choque violento que pode romper a barreira protetora do ego, podendo acarretar perturbações duradouras sobre a organização mental do indivíduo. Estima-se que se um trauma ocorre na infância é possível que hajam grandes prejuízos psíquicos ao indivíduo, frente a tamanha desordem causada pelo evento negativo. O objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre trauma na infância e a resiliência na vida adulta de mulheres que engravidaram na adolescência cujos filhos estavam com idades entre 24 e 36 meses. Essas mães foram advindas de um ensaio clínico randomizado que avaliou uma intervenção psicológica para prevenção da depressão gestacional e do pós-parto. O estudo transformou-se em uma coorte, e na fase quando as crianças estavam entre a faixa etária supracitada foi realizada uma avaliação multiprofissional, dando origem ao presente trabalho. As mães responderam a um questionário que continha questões sobre aspectos sociodemográficos, um instrumento que avaliou os traumas na infância em cinco domínios (abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, negligência física e negligência emocional) denominado The Childhood Trauma Questionnaire “CTQ” e ainda uma escala que mede a resiliência, proposta por Wagnild & Young. Como resultado, foi escrita esta dissertação e dela surgiu um artigo a ser publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria. Foram avaliadas 539 díades “mãe-criança” sendo verificado que as mães com menores escores de resiliência são aquelas que sofreram mais traumas na infância, principalmente aqueles de origem emocional. |
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Trauma na infância e resiliência na vida adulta de mulheres que engravidaram na adolescênciaresiliência;trauma; trauma na infância;CIENCIAS DA SAUDE##8765449414823306929##600Desde muito tempo, a psicanálise traz a ideia de que existe um “filtro” em nossas mentes, e que a capacidade deste varia de pessoa para pessoa. Nesse contexto, eventos determinantes, podendo ser denominados estressores, podem alterar a eficiência deste filtro. A partir disso, a resiliência pode ser entendida como a capacidade de passar por eventos adversos e mesmo assim manter-se bem, adaptando-se positivamente – “continuar filtrando de modo eficaz”. Ainda na psicanálise, falando agora de trauma, este pode ser entendido como um choque violento que pode romper a barreira protetora do ego, podendo acarretar perturbações duradouras sobre a organização mental do indivíduo. Estima-se que se um trauma ocorre na infância é possível que hajam grandes prejuízos psíquicos ao indivíduo, frente a tamanha desordem causada pelo evento negativo. O objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre trauma na infância e a resiliência na vida adulta de mulheres que engravidaram na adolescência cujos filhos estavam com idades entre 24 e 36 meses. Essas mães foram advindas de um ensaio clínico randomizado que avaliou uma intervenção psicológica para prevenção da depressão gestacional e do pós-parto. O estudo transformou-se em uma coorte, e na fase quando as crianças estavam entre a faixa etária supracitada foi realizada uma avaliação multiprofissional, dando origem ao presente trabalho. As mães responderam a um questionário que continha questões sobre aspectos sociodemográficos, um instrumento que avaliou os traumas na infância em cinco domínios (abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, negligência física e negligência emocional) denominado The Childhood Trauma Questionnaire “CTQ” e ainda uma escala que mede a resiliência, proposta por Wagnild & Young. Como resultado, foi escrita esta dissertação e dela surgiu um artigo a ser publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria. Foram avaliadas 539 díades “mãe-criança” sendo verificado que as mães com menores escores de resiliência são aquelas que sofreram mais traumas na infância, principalmente aqueles de origem emocional.Psychoanalysis has been bringing the idea there is a "filter" in our minds, and that this ability varies from person to person. In this context, decisive events, which may be called stressors, may alter the efficiency of this filter. The resilience may be understood as the ability to pass for adverse events and hold up well, adapting positively - "keeping filtering effectively." In psychoanalysis, considering trauma, this may be understood as a violent shock, which may break through the protective barrier of the ego and may cause lasting mental disorders on the individual organization. It is estimated that if a trauma occurs in childhood, psychological damage might occur to the individual, for the disorder caused by the negative event. This study aims to investigate the association between childhood trauma and resilience in adulthood of women who became pregnant in adolescence and whose children were between 24 and 36 months. Mothers were chosen from a randomized clinical trial which evaluated psychological intervention for the prevention of gestational depression and postpartum. This study turned into a cohort, and when the children were between 24 and 36 months old, the multidisciplinary assessment was conducted. The mothers answered a questionnaire on sociodemographic characteristics, an instrument for the childhood trauma in five domains (physical abuse, emotional abuse, sexual abuse, physical neglect and emotional neglect) called The Childhood Trauma Questionnaire "CTQ"; and a scale for resilience proposed by Young & Wagnild. As a result, this dissertation was written and was published in the Brazilian Journal of Psychiatry. There were evaluated 539 dyads "mother-child" and it has been found mothers with lower resilience scores are those who suffered more trauma in childhood, especially those of emotional etiology.Universidade Catolica de PelotasCentro de Ciencias da Saude##-7432574962795991241##600BrasilUCPelPrograma de Pos-Graduacao em Saude Comportamento##-1990782970254042025##600Pinheiro, Karen Amaral Tavareshttp://lattes.cnpq.br/1890638995246800Coelho, Fábio Monteiro da Cunhahttp://lattes.cnpq.br/1722134991615584Molina, Mariane Ricardo Acosta Lopezhttp://lattes.cnpq.br/4828588213121720Caruccio, Henrique Seus2017-02-15T12:24:24Z2015-10-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCaruccio, Henrique Seus. Trauma na infância e resiliência na vida adulta de mulheres que engravidaram na adolescência. 2015.52 f. 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