AS PRÁTICAS DE TRABALHO E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL À LUZ DA ESTÉTICA ORGANIZACIONAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Azambuja, Silvia Raquel Schiavo
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Antonello, Cláudia Simone
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Gestão e Inovação
Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/RBGI/article/view/2799
Resumo: O presente estudo buscou compreender o processo de aprendizagem e as práticas de trabalho de um grupo de trabalhadores da construção civil, a partir da teoria da estética organizacional. As técnicas empregadas na coleta dos dados foram a observação não-participante e entrevistas em profundidade, realizadas com cinco trabalhadores (mestre de obras e serventes) de uma empresa construtora de pequeno porte do município de Santa Maria (RS). Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise textual interpretativa. Os principais resultados obtidos apontam, no grupo de indivíduos pesquisado, a existência de práticas coletivas integradoras, que desempenham papel importante no relacionamento interpessoal criado e mantido pelo grupo. As práticas revelam aspectos que dizem respeito à cultura do grupo, que o distinguem de outros e lhe dão uma identidade própria. O processo de aprendizagem dos trabalhadores revelou-se essencialmente informal. A formação e aprendizagem para a execução das práticas de trabalho ocorrem dentro do próprio trabalho, através da experiência prática, da interação com colegas e pessoas mais experientes e da observação do modo de realização de outros, permitindo introduzir novos comportamentos e formas de realizar as práticas. Os trabalhadores estabelecem relação entre seu corpo físico e os artefatos que utilizam no desenvolvimento de suas práticas de trabalho, os quais são vistos como essenciais ao cumprimento e implementação das mesmas. A execução dessas práticas mobiliza conhecimentos pessoais/incorporados/não-formalizados dos trabalhadores, que são compartilhados através do diálogo, observação e interação, passando a fazer parte da cultura do grupo. Esse conhecimento tácito é incorporado pela organização no seu “produto”, obtendo reconhecimento por isso.DOI: 10.18226/23190639.v2n1.01 
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