Ensino de filosofia com arte: entre o pensar, o sentir e o escutar // DOI: 10.18226/21784612.v22.n2.07

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marton, Silmara Lídia
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Conjectura: filosofia e educação
Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4849
Resumo: Como propiciar um estado permanente de criação filosófica no ensino da Filosofia entre os estudantes do Ensino Superior? Eis o objetivo deste artigo. Essa questão está previamente acompanhada por dois argumentos: um deles relativo ao fato de que o ensino prevê uma atitude de abertura, disposição e curiosidade, condições essas indispensáveis à aprendizagem. O segundo, decorrente do primeiro, é que o ensino de Filosofia está intimamente vinculado à natureza própria da Filosofia que, distante da busca pela verdade como afirmação ou detenção de um saber, resulta da experiência de alguém que é perguntado pela verdade, em certa atitude que se expressa no “cuidado de si mesmo” conduzindo a uma transformação, como vem apresentado por Michel Foucault em sua obra “A Hermenêutica do Sujeito” (2010). Argumentaremos que o filosofar pode ser intensificado pela arte e, nesse aspecto, iremos estabelecer relações entre experiência filosófica e música como paisagem sonora (Schafer 2001). Essa conexão estimula entre os alunos a construção de realidades materiais e imateriais – paisagens – de modo que habitem seu universo de memórias afetivas, intelectuais, poéticas, musicais e filosóficas. Em sintonia com essa forma de pensar, será apresentado o conceito de pensamento-sentimento (2006) desenvolvido pela filósofa portuguesa Paula Cristina Pereira, que exibe grande fecundidade na direção do acesso às matrizes fundantes de nossa condição antropológica existencial. Nesse diálogo entre filosofia e música, escuta musical e experiência filosófica suscitam-se possibilidades para um ensino de filosofia habitado pelo sensível e pelos sentidos da vida em tempos tão difíceis como na atualidade, porque extremamente fugazes, dispersos, “líquidos” e carentes de densidade e dignidade humana.Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Filosofia e Educação. Arte e Filosofia. Paisagem Sonora. Pensamento-Sentimento
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spelling Ensino de filosofia com arte: entre o pensar, o sentir e o escutar // DOI: 10.18226/21784612.v22.n2.07Filosofia; Filosofia da EducaçãoComo propiciar um estado permanente de criação filosófica no ensino da Filosofia entre os estudantes do Ensino Superior? Eis o objetivo deste artigo. Essa questão está previamente acompanhada por dois argumentos: um deles relativo ao fato de que o ensino prevê uma atitude de abertura, disposição e curiosidade, condições essas indispensáveis à aprendizagem. O segundo, decorrente do primeiro, é que o ensino de Filosofia está intimamente vinculado à natureza própria da Filosofia que, distante da busca pela verdade como afirmação ou detenção de um saber, resulta da experiência de alguém que é perguntado pela verdade, em certa atitude que se expressa no “cuidado de si mesmo” conduzindo a uma transformação, como vem apresentado por Michel Foucault em sua obra “A Hermenêutica do Sujeito” (2010). Argumentaremos que o filosofar pode ser intensificado pela arte e, nesse aspecto, iremos estabelecer relações entre experiência filosófica e música como paisagem sonora (Schafer 2001). Essa conexão estimula entre os alunos a construção de realidades materiais e imateriais – paisagens – de modo que habitem seu universo de memórias afetivas, intelectuais, poéticas, musicais e filosóficas. Em sintonia com essa forma de pensar, será apresentado o conceito de pensamento-sentimento (2006) desenvolvido pela filósofa portuguesa Paula Cristina Pereira, que exibe grande fecundidade na direção do acesso às matrizes fundantes de nossa condição antropológica existencial. Nesse diálogo entre filosofia e música, escuta musical e experiência filosófica suscitam-se possibilidades para um ensino de filosofia habitado pelo sensível e pelos sentidos da vida em tempos tão difíceis como na atualidade, porque extremamente fugazes, dispersos, “líquidos” e carentes de densidade e dignidade humana.Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Filosofia e Educação. Arte e Filosofia. Paisagem Sonora. Pensamento-SentimentoUniversidade de Caxias do SulMarton, Silmara Lídia2017-06-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Paresapplication/pdfhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4849Conjectura: filosofia e educação; v. 22, n. 2; 342-361CONJECTURA: filosofia e educação; v. 22, n. 2; 342-3612178-46120103-1457reponame:Conjectura: filosofia e educaçãoinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSporhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4849/pdfDireitos autorais 2017 CONJECTURA: filosofia e educaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-30T19:56:32ZRevista
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