Educação, estética e metamorfoses pedagógicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Conjectura: filosofia e educação |
Texto Completo: | http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/7445 |
Resumo: | Versamos sobre um projeto de extensão que busca qualificar processos pedagógicos no fazer docente, oportunizando espaços de crescimento, criação, prazer, auto e heteropercepção de contextos físicos, sociais, sensíveis e artísticos, além de redefinir concepções pedagógicas, cognitivas e existenciais. Ao fruir e interagir com processos de arte, essa, na dimensão constitutiva do humano, passa de área de conhecimento a evento configurador de sentidos e, nessa perspectiva, proporciona transformações, reavaliação de escolhas, abertura a novas possibilidades e olhares. O real não se deixa apreender, é inseparável da existência e, ao se aproximar da (des)ordem, dionisíaca, na forma da criação, desnaturaliza o olhar, bagunça referências, predispondo à abertura ao mundo. A (des)ordem, criadora, integra e confere um lugar às coisas, e sua ética garante um princípio vital dinâmico que anima o social, assegurando o retorno de uma ordem nova, atravessada pela metamorfose. O processo, dialógico, tenta garantir a diversidade, a pluralidade, um ressignificar do ensinar/aprender. É desenvolvido por docentes e alunos de uma universidade federal com 75 educandas de 6 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social e se estrutura em três momentos interligados: um processo formativo, uma oficina e uma avaliação com expressões variadas dos participantes e memórias dos acontecidos. Como resultado, temos observado uma compreensão alargada da teoria, da prática, da criação, da Arte e uma formação mais qualificada, atravessada pela sensibilidade. A imersão na Arte em seus processos, materiais, ações, eventos, etc. tem permitido transfigurar atos, fatos, realidades, posturas, a partir de dados do sensível e do inteligível, constituindo uma Metamorfose Pedagógica. Essa, autorreferente, proporciona a emergência de um espírito criador, crítico, irreverente, incerto, inconstante, ruidoso e mutante, mantendo aberta a possibilidade de transmutação, de metamorfose, decorrente do contato com a criação. Esse processo, em sua complexidade, tem, na experiência estética, a tarefa de instaurar uma cognição específica, que resgata o prazer da estesia e de um olhar mais humanizador. |
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Educação, estética e metamorfoses pedagógicasEducação. Processos formativos. Educação estética. Arte.Versamos sobre um projeto de extensão que busca qualificar processos pedagógicos no fazer docente, oportunizando espaços de crescimento, criação, prazer, auto e heteropercepção de contextos físicos, sociais, sensíveis e artísticos, além de redefinir concepções pedagógicas, cognitivas e existenciais. Ao fruir e interagir com processos de arte, essa, na dimensão constitutiva do humano, passa de área de conhecimento a evento configurador de sentidos e, nessa perspectiva, proporciona transformações, reavaliação de escolhas, abertura a novas possibilidades e olhares. O real não se deixa apreender, é inseparável da existência e, ao se aproximar da (des)ordem, dionisíaca, na forma da criação, desnaturaliza o olhar, bagunça referências, predispondo à abertura ao mundo. A (des)ordem, criadora, integra e confere um lugar às coisas, e sua ética garante um princípio vital dinâmico que anima o social, assegurando o retorno de uma ordem nova, atravessada pela metamorfose. O processo, dialógico, tenta garantir a diversidade, a pluralidade, um ressignificar do ensinar/aprender. É desenvolvido por docentes e alunos de uma universidade federal com 75 educandas de 6 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social e se estrutura em três momentos interligados: um processo formativo, uma oficina e uma avaliação com expressões variadas dos participantes e memórias dos acontecidos. Como resultado, temos observado uma compreensão alargada da teoria, da prática, da criação, da Arte e uma formação mais qualificada, atravessada pela sensibilidade. A imersão na Arte em seus processos, materiais, ações, eventos, etc. tem permitido transfigurar atos, fatos, realidades, posturas, a partir de dados do sensível e do inteligível, constituindo uma Metamorfose Pedagógica. Essa, autorreferente, proporciona a emergência de um espírito criador, crítico, irreverente, incerto, inconstante, ruidoso e mutante, mantendo aberta a possibilidade de transmutação, de metamorfose, decorrente do contato com a criação. Esse processo, em sua complexidade, tem, na experiência estética, a tarefa de instaurar uma cognição específica, que resgata o prazer da estesia e de um olhar mais humanizador. Universidade de Caxias do SulPlaszewski, HelenaraMeira, Mirela Ribeiro2020-04-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Paresapplication/pdfhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/744510.18226/21784612.v25.dossie.9Conjectura: filosofia e educação; v. 25 (2020): Dossiê: Filosofia da Educação e Pedagogia Crítica: preocupações e tendências atuais; 155-170CONJECTURA: filosofia e educação; v. 25 (2020): Dossiê: Filosofia da Educação e Pedagogia Crítica: preocupações e tendências atuais; 155-1702178-46120103-1457reponame:Conjectura: filosofia e educaçãoinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSporhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/7445/pdfhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/downloadSuppFile/7445/2676Direitos autorais 2020 CONJECTURA: filosofia e educaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-05-07T22:01:13ZRevista |
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Versamos sobre um projeto de extensão que busca qualificar processos pedagógicos no fazer docente, oportunizando espaços de crescimento, criação, prazer, auto e heteropercepção de contextos físicos, sociais, sensíveis e artísticos, além de redefinir concepções pedagógicas, cognitivas e existenciais. Ao fruir e interagir com processos de arte, essa, na dimensão constitutiva do humano, passa de área de conhecimento a evento configurador de sentidos e, nessa perspectiva, proporciona transformações, reavaliação de escolhas, abertura a novas possibilidades e olhares. O real não se deixa apreender, é inseparável da existência e, ao se aproximar da (des)ordem, dionisíaca, na forma da criação, desnaturaliza o olhar, bagunça referências, predispondo à abertura ao mundo. A (des)ordem, criadora, integra e confere um lugar às coisas, e sua ética garante um princípio vital dinâmico que anima o social, assegurando o retorno de uma ordem nova, atravessada pela metamorfose. O processo, dialógico, tenta garantir a diversidade, a pluralidade, um ressignificar do ensinar/aprender. É desenvolvido por docentes e alunos de uma universidade federal com 75 educandas de 6 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social e se estrutura em três momentos interligados: um processo formativo, uma oficina e uma avaliação com expressões variadas dos participantes e memórias dos acontecidos. Como resultado, temos observado uma compreensão alargada da teoria, da prática, da criação, da Arte e uma formação mais qualificada, atravessada pela sensibilidade. A imersão na Arte em seus processos, materiais, ações, eventos, etc. tem permitido transfigurar atos, fatos, realidades, posturas, a partir de dados do sensível e do inteligível, constituindo uma Metamorfose Pedagógica. Essa, autorreferente, proporciona a emergência de um espírito criador, crítico, irreverente, incerto, inconstante, ruidoso e mutante, mantendo aberta a possibilidade de transmutação, de metamorfose, decorrente do contato com a criação. Esse processo, em sua complexidade, tem, na experiência estética, a tarefa de instaurar uma cognição específica, que resgata o prazer da estesia e de um olhar mais humanizador. |
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