Literatura e docência: uma justificativa estética da existência // Literature and teaching: an aesthetic justification of existence
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Conjectura: filosofia e educação |
Texto Completo: | http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/7780 |
Resumo: | Em tempos de aceleração, de competição consigo mesmo e de uma linguagem instrumental e pragmática para se falar da educação, qual seria o valor de uma justificativa estética da existência em se tratando da formação de professores? Tendo tal problemática como motivadora, objetivamos, com este estudo, levantar a discussão acerca da relação entre literatura e docência, procurando aproximá-las de modo não utilitário, mas com vistas à estética da existência. Como um modo de resistência, optamos por perguntar pela formação de professores pautada pelo exercício do pensamento, pela problematização dos valores e pelo cuidado consigo e com os demais. A partir disso, utilizamo-nos da pesquisa com inspiração arquegenealógica em Foucault, nos debruçando sobre autores que abordam ou a literatura ou a docência como possibilidades de entendimentos outros que não os conteudistas. Assim, tomamos a literatura, com inspiração nos estudos foucaultianos para problematizar a constituição docente. Mais especificamente, buscamos, nos estudos sobre a genealogia da subjetivação, a leitura, e a escrita tomadas como práticas possíveis do cuidado de si, quando da investigação de Foucault na Antiguidade greco-romana, especialmente nos primeiros séculos da nossa era. Todavia, não se trata de uma aplicação conceitual anacrônica, mas de tomarmos esse ferramental para pensar o que estamos nos tornando no presente, quais são os modos contemporâneos de dominação e quais são as possibilidades, em brechas, de criação de uma estilística da existência. Sendo um ensaio teórico, operamos com a literatura como possibilidade de dobra na linguagem tida como verdade, que poderia funcionar não fora da linguagem, mas fora da ordem do discurso. Seguindo essa perspectiva, entendemos que ela pode não ter apenas a função de revelar outra verdade, ser um passatempo, informar ou transmitir um saber, mas pode funcionar como uma prática de si num exercício de pensamento que problematiza o que estamos fazendo com nossa vida e com a vida dos demais no presente.Palavras-chave: Literatura. Docência. Práticas de si. Foucault. |
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Literatura e docência: uma justificativa estética da existência // Literature and teaching: an aesthetic justification of existenceEducação; Filosofia da Educação.Em tempos de aceleração, de competição consigo mesmo e de uma linguagem instrumental e pragmática para se falar da educação, qual seria o valor de uma justificativa estética da existência em se tratando da formação de professores? Tendo tal problemática como motivadora, objetivamos, com este estudo, levantar a discussão acerca da relação entre literatura e docência, procurando aproximá-las de modo não utilitário, mas com vistas à estética da existência. Como um modo de resistência, optamos por perguntar pela formação de professores pautada pelo exercício do pensamento, pela problematização dos valores e pelo cuidado consigo e com os demais. A partir disso, utilizamo-nos da pesquisa com inspiração arquegenealógica em Foucault, nos debruçando sobre autores que abordam ou a literatura ou a docência como possibilidades de entendimentos outros que não os conteudistas. Assim, tomamos a literatura, com inspiração nos estudos foucaultianos para problematizar a constituição docente. Mais especificamente, buscamos, nos estudos sobre a genealogia da subjetivação, a leitura, e a escrita tomadas como práticas possíveis do cuidado de si, quando da investigação de Foucault na Antiguidade greco-romana, especialmente nos primeiros séculos da nossa era. Todavia, não se trata de uma aplicação conceitual anacrônica, mas de tomarmos esse ferramental para pensar o que estamos nos tornando no presente, quais são os modos contemporâneos de dominação e quais são as possibilidades, em brechas, de criação de uma estilística da existência. Sendo um ensaio teórico, operamos com a literatura como possibilidade de dobra na linguagem tida como verdade, que poderia funcionar não fora da linguagem, mas fora da ordem do discurso. Seguindo essa perspectiva, entendemos que ela pode não ter apenas a função de revelar outra verdade, ser um passatempo, informar ou transmitir um saber, mas pode funcionar como uma prática de si num exercício de pensamento que problematiza o que estamos fazendo com nossa vida e com a vida dos demais no presente.Palavras-chave: Literatura. Docência. Práticas de si. Foucault. Universidade de Caxias do SulCorbellini, FrancieliSchuler, Betina2020-12-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Paresapplication/pdfhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/778010.18226/21784612.v25.e020022Conjectura: filosofia e educação; v. 25 (2020); e020022CONJECTURA: filosofia e educação; v. 25 (2020); e0200222178-46120103-1457reponame:Conjectura: filosofia e educaçãoinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSporhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/7780/pdfDireitos autorais 2020 CONJECTURA: filosofia e educaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-12-07T19:01:21ZRevista |
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