Viagens e Turismo: A Felicidade Espetacularizada pela Mídia / Travel and Tourism: Spectacularization of Happiness by Media

• Autor(a) principal: Krauss, Isabela Belli
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Boos de Quadros, Cynthia Morgana, Zucco, Fabrícia Durieux
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Rosa dos Ventos (Caxias do Sul)
• Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/rosadosventos/article/view/5444
• topic: Ciências Sociais Aplicadas/Turismo; Turismo. Tourism. Mídia. Media. Consumo. Consumption. Experiência. Experience.Felicidade. Happiness.

Assunto recorrente na sociedade contemporânea, a felicidade aparece nos discursos religiosos e políticos, nos textos acadêmicos, nas páginas de jornal, nas capas de livros e revistas, em propagandas na televisão. Mais recentemente tem sido objeto de pesquisas que analisam as relações entre felicidade e consumo experiencial, a exemplo de viagens e planejamento de férias. Este artigo explora essa temática e discute noções de felicidade imbricadas à sociedade de consumo e a episódios prazerosos e experiências vivenciadas no campo do turismo. Parte-se da hipótese de que uma experiência de viagem traz uma sensação de felicidade muito mais duradoura do que a compra de produtos expostos nas vitrines do mercado de consumo e incensados pela mídia e pela publicidade. PALAVRAS-CHAVETurismo. Mídia. Consumo. Experiência. Felicidade. ABSTRACTRecurring subject matter in contemporary society, happiness appears in religious and political discourses, in academic texts, in newspaper, in book covers and magazines, in television advertisements. Recently it has been the object of research that analyzes the relationships between happiness and experiential consumption, such as trips and vacation planning. This article explores this theme and discusses notions of happiness imbricated to the society of consumption and pleasurable episodes and experiences experienced in the field of tourism. It starts from the hypothesis that a travel experience brings a much more enduring sense of happiness than the purchase of products on display in the consumer market and incensed by the media and advertising.KEYWORDSTourism. Media. Consumption. Experience.Happiness. AUTORESCynthia Morgana Boos de Quadros – Doutora.  Professora no Curso de Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, SC, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/0479250850945655.E-mail: [e-mail]ícia Durieux Zucco  - Doutora. Professora na Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina e na Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, SC, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/5395452278117926. E-mail: [e-mail] Belli Krauss - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/6153169786590129. E-mail: [e-mail] REFERÊNCIASBaudrillard, J. (1995). A sociedade de consumo. Rio de Janeiro, Lisboa: Edições, 70.Bauman, Z. (1998). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar.Bauman, Z. (2003). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.Berardi, F. (2002). A fábrica da infelicidade. In: Rosas, R. & Salgado M. (2002) Rizoma.net: Neuropolítica. LinkBerman, M. (1997). Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras.Botton, A (2000). Epicuro e a felicidade. In: Lowenstein, D. Filosofia: um guia para a felicidade. Documentário com 6 episódios escritos e apresentados por Alain Botton.Brandão, C. R. (1990). Identidade e etnia: construção da pessoa e resistência cultural. São Paulo: Brasiliense.Bruckner, P., Belo, A. C., & de Almeida, C. H. (2002). A euforia perpétua: ensaio sobre o dever de felicidade. São Paulo: Bertrand Brasil.Cabral, A. (1988). Dicionário de Camilo Castelo Branco. Lisboa: Caminho.Campos, C. C. G. & Souza, S. J. (2003). Mídia, cultura do consumo e constituição da subjetividade na infância. Psicologia: ciência e profissão, 23(1), 12-21. LinkCaprariello, P. A., & Reis, H. T. (2013). To do, to have, or to share? Valuing experiences over material possessions depends on the involvement of others. Journal of personality and social psychology, 104(2), 199-215. LinkCarter, T. J. & Gilovich, T. (2012). I am what I do, not what I have: the differential centrality of experiential and material purchases to the self. Journal Of Personality And Social Psychology, 102(6), 1304-1317. LinkCastelo Branco, C. (1970). Onde está a felicidade. Lisboa: Parceria AM Pereira, Lda.Comte-Sponville, A (2001). A felicidade desesperadamente. São Paulo: Martins Fontes.Connerton, P. (1993). Como as sociedades recordam. Lisboa: Ed. Lisboa.Cutler, H. C. & Lama, D. (2000). A arte da felicidade: um manual para a vida. São Paulo: Martins Fontes.Debord, G. (2003). A sociedade do espetáculo. São Paulo: Ebooks.Debray, R. (1993). Vida e morte da imagem. Petrópolis, RJ: Vozes.Easterlin, R. A. & Angelescu, L. (2009). Happiness and growth the world over: Time series evidence on the happiness-income paradox. Discussion Paper Series. LinkEasterlin, R. A. (1974). Does economic growth improve the human lot? Some empirical evidence. Nations And Households In Economic Growth, 89(1), 89-125. LinkEasterlin, R. A., Morgan, R., Switek, M. & Wang, F. (2012). China’s life satisfaction, 1990-2010. Proceedings of the National Academy of Sciences, 109(25), 9775-9780. LinkEpicuro (1993). The essencial Epicuro: letters, principal doctrines, vatican sayings, and fragments. Amherst, NY: Prometheus Book.Freud, S. (1995). Le malaise dans la culture. Paris: Quadrige.Fromm, E. (1983). Conceito marxista do homem. Rio De Janeiro: Zahar.Fromm, E. (1987). Ter ou ser? Rio De Janeiro: Ltc.Fromm, E. (2000). A arte de amar. São Paulo: Martins Fontes.Gable, S. L., Reis, H. T., Impett, E. A. & Asher, E. R. (2004). What do you do when things go right? The intrapersonal and interpersonal benefits of sharing positive events. Journal of Personality and Social Psychology, 87(2), 228-245. LinkGilovich, T. & Kumar, A. (2015a). We’ll Always Have Paris: The Hedonic Payoff from Experiential and Material Investments. Advances in Experimental Social Psychology, 51(1), 147-187. LinkGilovich, T., Kumar, A., & Jampol, L. (2015). A wonderful life: Experiential consumption and the pursuit of happiness. Journal of Consumer Psychology, 25(1), 152-165. LinkHalbwachs, M. (2006). A memória coletiva. São Paulo: Centauro.Helliwell, J., Layard, R., & Sachs, J. (2012). World happiness report. LinkHowell, R. T. & Hill, G. (2009). The mediators of experiential purchases: determining the impact of psychological needs satisfaction and social comparison. The Journal of Positive Psychology, 4(6), 511-522. LinkJenkins, R. (1996). Social identity. London: Routledge.Kumar, A. & Gilovich, T. (2015b). Some “thing” to talk about? Differential story utility from experiential and material purchases. Personality and Social Psychology Bulletin, 41(10), 1320-1331. LinkKumar, A., Killingsworth, M. A. & Gilovich, T. (2014). Waiting for merlot: anticipatory consumption of experiential and material purchases. Psychological Science, 25(10), 1924-1931. LinkLambert, N. M., Gwinn, A. M., Baumeister, R. F., Strachman, A., Washburn, I. J., Gable, S. L. & Fincham, F. D. (2013). A boost of positive affect: The perks of sharing positive experiences. Journal of Social and Personal Relationships, 30(1), 24-43. LinkLangston, C. A. (1994). Capitalizing on and coping with daily-life events: Expressive responses to positive events. Journal of Personality and Social Psychology, 67(6), 1112-1125. LinkLatouche, S. (2012). O decrescimento: Por que e como. In: Léna, P., Nascimento, E. P. (Orgs.). Enfrentando os limites do crescimento: sustentabilidade, decrescimento e prosperidade. p. 45-54. Rio de Janeiro: Garamond.Layard, R. (2008). Felicidade: lições de uma nova ciência. São Paulo: BestSeller.Lipovetsky, G (2007).  A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras.Lipovetsky, G. (2005).  A era do vazio: ensaios sobre o individualismo contemporâneo. Rio De Janeiro: Manole.Marías, J. (1989). A felicidade humana. São Paulo: Duas Cidades.Marx, K. (1967). Capital. Nova Iorque: International Publishers.Max-Neef, M. (2007). 15º Seminário Internacional em Busca da Excelência. Entrevista Coletiva. Fundação Nacional da Qualidade.Max-Neef, M. (2015) (Entrevista) “O PIB é um indicador absurdo”. Revista Visão Socioambiental. LinkOliveira, M. R. F. (2011). A lógica do consumo na sociedade contemporânea e sua influência na mediação do professor no processo de formação do pensamento infantil. Tese Doutorado em Educação, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná.Pennebaker, J. W. (1990). Opening Up: the healing power of confiding in others. New York: William Morrow.Postman, N. (1999). O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Grafhia.Reis, H. T., Smith, S. M., Carmichael, C. L., Caprariello, P. A., Tsai, F. F., Rodrigues, A. & Maniaci, M. R. (2010). Are you happy for me? How sharing positive events with others provides personal and interpersonal benefits. Journal of Personality and Social Psychology, 99(2), 311-329. LinkRussel, B. (2009). A conquista da felicidade. Lisboa: Guimarães Editores.Sarlo, B. (1997). Cenas da vida pós-moderna. Rio de Janeiro: UFRJ.Soares, C. E. L. V. (2005). A angústia na modernidade. Actas Freudianas, 1(1), 23-34. LinkVan Boven, L. & Gilovich, T. (2003). To do or to have? That is the question. Journal of Personality and Social Psychology, 85(6), 1193-1202. LinkVan Boven, L., Campbell, M. C. & Gilovich, T. (2010). Stigmatizing materialism: on stereotypes and impressions of materialistic and experiential pursuits. Personality and Social Psychology Bulletin, 36(4), 551-563. LinkXavier, F. C. (2006). Nosso Lar. Brasília: Federação Espírita Brasileira. PROCESSO EDITORIAL: Recebido: 9 AGO 2017; Avaliado: AGO-SET; Aceite: 9 FEV 2018.