“O pão nosso de cada dia”: a farinha de mandioca na cidade da Bahia e sua lavoura no Vale do Copioba, no Recôncavo Baiano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Félix Souza
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCSAL
Texto Completo: http://ri.ucsal.br:8080/jspui/handle/prefix/499
Resumo: Centra-se o estudo nos diferentes aspectos, do secular alimento nordestino, a farinha de mandioca, em específico, na cidade do Salvador e região do Vale do rio Copioba, Recôncavo Baiano. Têm como limites temporais os séculos XVI e XIX. Privilegiam-se as formas de lavoura da mandioca, o beneficiamento, o transporte, a troca e o consumo, desde a roça do índio, onde nasceu a cultura da mandioca, até o fim do regime escravista, no Brasil, em 1888. Toma-se por base a análise e síntese de documentos manuscritos, trabalhos acadêmicos e técnicos, para formular e responder questões que permitem a reconstituição do uso do “pão nosso de cada dia”, ou seja, a farinha de mandioca. Considera-se que, desde a presença do Governador Geral, Tomé de Souza, na cidade da Bahia em 1549, - sem esquecer o destaque que Pero Vaz de Caminha tinha dado à “espécie de inhame” -, até tempos bem recentes, o cultivo da mandioca foi a base da lavoura dessa região, e a farinha de mandioca, a base da estrutura alimentar dos moradores da cidade do Salvador e do Recôncavo Baiano. A escassez dessa farinha motivou constantes intervenções do Estado, tanto na sua lavoura, quanto no comércio da farinha. Mostra a importância da mandioca na alimentação dos baianos, ao ponto de, a Metrópole Portuguesa, Governo Geral, Presidentes da Província e Governadores, exigirem que se plantassem e beneficiassem mais mandioca, que se construíssem Celeiro Público, para garantia de suprimento do alimento cotidiano, a farinha de mandioca. Constata-se que a produção de farinha no Recôncavo Baiano, foi insuficiente para atender às necessidades de consumo da cidade da Bahia. Em tempos de escassez, dependeu-se da farinha vinda de outras regiões. Essa situação prevaleceu desde o início do povoamento do Recôncavo Baiano até a década de 1890, após essa década, por intervenções do Estado nesta região, alteraram-se as formas de beneficiamento, distribuição e consumo da farinha. A partir dessa década, com o fim do escravismo e, consequentemente, fim da obrigação que tinha o senhor de prover a farinha do seu escravo, houve inserção de uma parcela dos ex-escravos na condição de lavradores agregados ou rendeiros dos seus antigos donos, houve maior equilíbrio tanto na oferta como na procura da farinha na cidade do Salvador, reduzindo-se o problema da escassez da farinha nessa cidade. Conclui-se que, ao longo do período estudado, apesar das constantes interferências por parte do Estado na lavoura da mandioca e distribuição da farinha de mandioca, apesar de sua importância, sua lavoura não foi subsidiada, como outros produtos típicos da lavoura no Brasil. E seus lavradores não receberam por parte do Estado o destaque que lhes cabia por serem os provedores do alimento de toda a sociedade.
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Em tempos de escassez, dependeu-se da farinha vinda de outras regiões. Essa situação prevaleceu desde o início do povoamento do Recôncavo Baiano até a década de 1890, após essa década, por intervenções do Estado nesta região, alteraram-se as formas de beneficiamento, distribuição e consumo da farinha. A partir dessa década, com o fim do escravismo e, consequentemente, fim da obrigação que tinha o senhor de prover a farinha do seu escravo, houve inserção de uma parcela dos ex-escravos na condição de lavradores agregados ou rendeiros dos seus antigos donos, houve maior equilíbrio tanto na oferta como na procura da farinha na cidade do Salvador, reduzindo-se o problema da escassez da farinha nessa cidade. Conclui-se que, ao longo do período estudado, apesar das constantes interferências por parte do Estado na lavoura da mandioca e distribuição da farinha de mandioca, apesar de sua importância, sua lavoura não foi subsidiada, como outros produtos típicos da lavoura no Brasil. E seus lavradores não receberam por parte do Estado o destaque que lhes cabia por serem os provedores do alimento de toda a sociedade.The study focuses on different aspects of the secular northeast, food, manioc flour, specifically, in the city of Salvador and region of Vale do Copioba river in the Recôncavo of Bahia. Have time limits the 16th and 19th centuries. Favour the farming of cassava, forms processing, transport, exchange and consumption, since the indian farm birthplace of the cassava culture, until the end of the slave regime, in Brazil in 1888. Was based on the analysis and synthesis of documents, academic papers and manuscripts papers, to formulate and answer questions that allow the reconstruction of the use of the "daily bread", namely manioc flour. It was considered that, since the presence of the Governor General, Tomé de Souza, in the city of Salvador in 1549, -without forgetting the highlight that Pero Vaz de Caminha had already given to the "species of Yam"- until recent times, the cultivation of cassava was the basis of farming in this region, and manioc flour, the basis of food structure of residents of the city of Bahia and the Recôncavo Baiano. The scarcity of this constant state interventions motivated flour, both in your crop, how much flour trade. Shows the importance of cassava in Bahia, to the point, the Portuguese Metropolis, General Government, Presidents of the province and district governors, demanding that if they could plant and to benefit more cassava, which build Barn Public guarantee of supply everyday food, the cassava flour. It was found that the production of flour in the Recôncavo was insufficient to meet the consumption needs of the city of Bahia. In times of scarcity depended on the flour coming from other regions. This situation has prevailed since the beginning of the settlement of the Recôncavo Baiano until the 1890, after this decade, by State interventions in this region, have changed the ways of processing, distribution and consumption of flour. From this decade, with the end of slavery and, consequently, had the obligation to provide your flour slave, there was a portion of the former slaves provided farmers households or tenants of its previous owners, there was greater balance both the supply and demand of flour in the city of Salvador, reducing the problem of flour shortages in this city. It is concluded that, over the period studied, despite the constant interference by the State in the fields of manioc and cassava flour distribution, although your importance, your crop was not subsidized, like other typical products of the national crop. And its farmers have not received by the State the prominence that they fit to be the providers of food of the whole society.Submitted by Jualis Silva (jualis.silva@ucsal.br) on 2018-10-05T14:46:30Z No. of bitstreams: 1 TESEFELIXSANTOS.pdf: 3208470 bytes, checksum: 043bd4f25542c3d152eae571d2380136 (MD5)Approved for entry into archive by Rosemary Magalhães (rosemary.magalhaes@ucsal.br) on 2018-10-05T14:51:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESEFELIXSANTOS.pdf: 3208470 bytes, checksum: 043bd4f25542c3d152eae571d2380136 (MD5)Made available in DSpace on 2018-10-05T14:51:39Z (GMT). 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