Efeito citotóxico de extratos das macroalgas antárticas Monostroma hariotii e Iridaea cordata sobre a linhagem celular tumoral HCT - 116
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UCS |
Texto Completo: | https://repositorio.ucs.br/11338/13086 |
Resumo: | O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tipo de neoplasia maligna mais prevalente na população mundial. Nas últimas décadas, o ambiente marinho tem despertado a curiosidade de pesquisadores devido à sua imensa biodiversidade e, as algas têm sido exploradas na pesquisa do câncer. Este trabalho teve como objetivo caracterizar quimicamente extratos de duas espécies de algas marinhas antárticas e avaliar a atividade antioxidante e citotóxica destes extratos frente a linhagem celular HCT-116. Buscou-se também investigar mecanismos de morte celular programada nas células após exposição dos extratos com macroalgas. Os extratos foram obtidos por depleção, na qual as amostras permaneceram em contato com o solvente por 24 horas e foram identificadas por cromatografia à gás associada ao espectrômetro de massas (CG-EM). A ação antioxidante foi determinada pelo método de inibição do radical DPPH e a viabilidade celular foi determinada pelo ensaio MTT. A morfologia celular foi determinada por coloração de Giemsa e a apoptose celular foi identificada por coloração com laranja de acridina / brometo de etídeo (LA / BE) e citometria de fluxo. Foram obtidos oito extratos: MHE / MHM / MHH / MHC (M. hariotii - etanol / metanol / hexano e clorofórmio), ICE / ICM/ ICH / ICC (I. cordata ? etanol / metanol / hexano / clorofórmio). Os extratos MHM, MHH e MHC não foram capazes de inibir a proliferação celular em 24 horas de tratamento, por outro lado, o MHE demonstrou ter atividade contra a linhagem celular (IC50 577,44 ± 95,39 µg.mL-1) . Para a alga I. cordata somente os extratos ICH e ICC apresentaram citotoxicidade, sendo o ICC o mais sensível (IC50 268,63 ± 11,11 µg.mL-1). Dois compostos principais foram identificados nos extratos de MHE e ICC: fitol e ácido palmítico, característicos das algas marinhas. O tratamento de 24 horas com extratos de MHE e ICC causou alterações morfológicas na linhagem celular nas concentrações testadas e a apoptose e necrose foram identificadas após a exposição das células com os extratos. Os testes em microscopia de fluorescência (LA / BE) e citometria de fluxo (anexina-V / PI) evidenciaram estes efeitos após exposição de 24 horas com os extratos de MHE e ICC. Os extratos das algas M. hariotii e I. cordata mostraram-se promissores e devem ser explorados em modelos antitumorais contra o CRC. [resumo fornecido pelo autor] |
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Canci, Bianca TavaresPellizzari, Franciane MariaSilva, Juliana daSilva, Sidnei Moura eRoesch-Ely, MarianaHenriques, João Antonio Pêgas2024-02-21T12:44:01Z2024-02-21T12:44:01Z2024-02-212020-10-07https://repositorio.ucs.br/11338/13086O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tipo de neoplasia maligna mais prevalente na população mundial. Nas últimas décadas, o ambiente marinho tem despertado a curiosidade de pesquisadores devido à sua imensa biodiversidade e, as algas têm sido exploradas na pesquisa do câncer. Este trabalho teve como objetivo caracterizar quimicamente extratos de duas espécies de algas marinhas antárticas e avaliar a atividade antioxidante e citotóxica destes extratos frente a linhagem celular HCT-116. Buscou-se também investigar mecanismos de morte celular programada nas células após exposição dos extratos com macroalgas. Os extratos foram obtidos por depleção, na qual as amostras permaneceram em contato com o solvente por 24 horas e foram identificadas por cromatografia à gás associada ao espectrômetro de massas (CG-EM). A ação antioxidante foi determinada pelo método de inibição do radical DPPH e a viabilidade celular foi determinada pelo ensaio MTT. A morfologia celular foi determinada por coloração de Giemsa e a apoptose celular foi identificada por coloração com laranja de acridina / brometo de etídeo (LA / BE) e citometria de fluxo. Foram obtidos oito extratos: MHE / MHM / MHH / MHC (M. hariotii - etanol / metanol / hexano e clorofórmio), ICE / ICM/ ICH / ICC (I. cordata ? etanol / metanol / hexano / clorofórmio). Os extratos MHM, MHH e MHC não foram capazes de inibir a proliferação celular em 24 horas de tratamento, por outro lado, o MHE demonstrou ter atividade contra a linhagem celular (IC50 577,44 ± 95,39 µg.mL-1) . Para a alga I. cordata somente os extratos ICH e ICC apresentaram citotoxicidade, sendo o ICC o mais sensível (IC50 268,63 ± 11,11 µg.mL-1). Dois compostos principais foram identificados nos extratos de MHE e ICC: fitol e ácido palmítico, característicos das algas marinhas. O tratamento de 24 horas com extratos de MHE e ICC causou alterações morfológicas na linhagem celular nas concentrações testadas e a apoptose e necrose foram identificadas após a exposição das células com os extratos. Os testes em microscopia de fluorescência (LA / BE) e citometria de fluxo (anexina-V / PI) evidenciaram estes efeitos após exposição de 24 horas com os extratos de MHE e ICC. Os extratos das algas M. hariotii e I. cordata mostraram-se promissores e devem ser explorados em modelos antitumorais contra o CRC. [resumo fornecido pelo autor]Colorectal cancer (CRC) is the third most prevalent malignant neoplasm in the world population. In the last decades, the marine environment has aroused the curiosity of researchers due to its immense biodiversity. This work aimed to chemically characterize extracts from two species of Antarctic seaweed and to evaluate the antioxidant and cytotoxic activity of these extracts against the HCT-116 cell line. It was also investigated mechanisms of programmed cell death in cells after exposure of extracts with macroalgae. The extracts were obtained by depletion, in which the samples remained in contact with the solvent for 24 hours and were identified by gas chromatography associated with mass spectrometry (GC-MS). The antioxidant action was determined by the DPPH radical inhibition method and cell viability was determined by the MTT assay. Cell morphology was determined by Giemsa stain and cell apoptosis was identified by staining with acridine orange / ethidium bromide (AO / EB) and flow cytometry. Eight extracts were obtained: MHE / MHM / MHH / MHC (M. hariotii - ethanol / methanol / hexane and chloroform), ICE / ICM / ICH / ICC (I. cordata - ethanol / methanol / hexane / chloroform). The MHM, MHH and MHC extracts were not able to inhibit cell proliferation in 24 hours of treatment, on the other hand, the MHE demonstrated to have activity against the cell line (IC50 577.44 ± 95.39 µg.mL-1). For I. cordata only the ICH and ICC extracts showed cytotoxicity, with ICC being the most sensitive (IC50 268.63 ± 11.11 µg.mL-1). Two main compounds were identified in the extracts of MHE and ICC: phytol and palmitic acid, characteristics of seaweed. The 24-hour treatment with extracts of MHE and ICC caused morphological changes in the cell line at the tested concentrations. Apoptosis and necrosis were identified after exposure of the cells to the extracts. The tests in fluorescence microscopy (AO / EB) and flow cytometry (annexin-V / PI) showed these effects after 24 hours exposure with the extracts of MHE and ICC. M. hariotii and I. cordata seaweeds extracts revealed to be promissing coumponds and should be explored in antitumor models against CRC. [resumo fornecido pelo autor]Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPESengporNeoplasias colorretaisCólon (Anatomia) - CâncerAlgasAntioxidantesBiotecnologiaColorectal neoplasmsColon (Anatomy) - CancerAlgaeAntioxidantsBiotechnologyEfeito citotóxico de extratos das macroalgas antárticas Monostroma hariotii e Iridaea cordata sobre a linhagem celular tumoral HCT - 116info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UCSinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSinfo:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de Caxias do Sulhttp://lattes.cnpq.br/4165126407367806Canci, BTMestrado Acadêmico em BiotecnologiaCampus Universitário de Caxias do SulORIGINALDissertação Bianca Tavares Canci.pdfDissertação Bianca Tavares Canci.pdfapplication/pdf3105510https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/13086/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Bianca%20Tavares%20Canci.pdf5144372404a82a2de5fdacf476be4f58MD51TEXTDissertação Bianca Tavares Canci.pdf.txtDissertação Bianca Tavares Canci.pdf.txtExtracted texttext/plain115574https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/13086/2/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Bianca%20Tavares%20Canci.pdf.txt43ae6d634d80e2d6d0e1b80ca7584c0eMD52THUMBNAILDissertação Bianca Tavares Canci.pdf.jpgDissertação Bianca Tavares Canci.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1452https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/13086/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Bianca%20Tavares%20Canci.pdf.jpg45062ccec26272e336f9efe3746b7b56MD5311338/130862024-02-22 07:00:17.221oai:repositorio.ucs.br:11338/13086Repositório de Publicaçõeshttp://repositorio.ucs.br/oai/requestopendoar:2024-02-22T07:00:17Repositório Institucional da UCS - Universidade de Caxias do Sul (UCS)false |
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