O sentido da vida em idosos que participam de grupos de convivência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Müller, Jéssica
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCS
Texto Completo: https://repositorio.ucs.br/11338/9084
Resumo: O aumento da longevidade populacional tem se tornado um grande desafio para a saúde pública. Doenças próprias da velhice têm assoberbado os serviços de saúde diante da escassez de recursos disponíveis para se oferecer um tratamento adequado aos idosos. Frente a esse cenário, estudos que privilegiem o desenvolvimento de uma velhice saudável são relevantes e extremamente necessários. O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral identificar possíveis contribuições do sentido da vida em idosos que participam de grupos de convivência. O estudo também propõe, como objetivos específicos, conceituar a fase da velhice, apresentar possíveis benefícios dos grupos de convivência e caracterizar sentido da vida na perspectiva da logoterapia. Esse trabalho possui como delineamento a pesquisa qualitativa, com cunho exploratório e interpretativo. Como fonte de pesquisa foi escolhido o artefato cultural Eu Idoso. Como instrumento foi utilizada uma tabela para fazer a descrição e categorização das cenas. O referencial de análise utilizado foi baseado na análise de conteúdo. O recorte dos conteúdos se deu por meio do modelo aberto, com categorias a posteriori. A estratégia adotada como modo de interpretação dos dados foi o emparelhamento. As categorias criadas e suas respectivas unidades de análise foram: 1) Velhice ? preconceito, perdas da velhice e sabedoria; 2) Grupos de Convivência ? objetivo do grupo, benefícios do grupo e direito dos idosos; 3) Sentido da Vida ? vazio existencial, valores de atitude, valores de vivência e valores de criação. Resultados: foi possível identificar no documentário, a partir dos relatos, que existe um preconceito com a fase da velhice, e que essa é fortemente influenciada pela cultura. Mas nota-se que estes estigmas sociais vêm sendo superados quando a sociedade propõe e investe na participação social, pois sabe-se que a solidão e o isolamento podem ser considerados fatores de risco para desencadear sintomas depressivos. Através dos depoimentos dos participantes do Grupo Viver Mais, foi identificado que os idosos que viviam isolados estavam acometidos pelo vazio existencial, resultado da falta de sentido, e, após a participação no grupo de convivência, puderem redirecionar sua existência e seus propósitos, a partir das vivências dos valores propostas pela logoterapia, conferindo assim um novo sentido para sua vida. [resumo fornecido pelo autor]
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