O riso e a comicidade no Quixote

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Autor(a) principal: Ferreira, Patrícia Maria da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Texto Completo: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/1942
Resumo: The old criticism of Quixote ([1605] 2002), until the 1750s, formed the work as purely comic. With the arrival of the romantic interpretation, from the eighteenth century, Quixote went from a crazy burlesque to a utopian dreamer, and what was comic turned in to tragically. Even though there are different interpretations, in Quixote there is, with no doubt, a strong presence of comedy. This is especially notable for his parody structure, but, in addition, the Cervantine text causes laughter in several other ways. Therefore, our proposal focuses on the analysis of how this comic is caused. Much of what is written about the laughable in the Quixote identifies only the parody and the stylistic contractor as causers of the comedy of the work. This study, on the other hand, intends to link the Cervantine narrative to theories of laughter, in order to perform a work in which other ways of laughable present in the work will be evidenced. In addition, a historical panorama of laughter, from antiquity to the period of publication of the Quixote (seventeenth century), will be drawn up to provide support for a better understanding of the comic in Cervantes' masterpiece. Key words: Don Quixote. Comic. Laughable. Cervantes.
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This study, on the other hand, intends to link the Cervantine narrative to theories of laughter, in order to perform a work in which other ways of laughable present in the work will be evidenced. In addition, a historical panorama of laughter, from antiquity to the period of publication of the Quixote (seventeenth century), will be drawn up to provide support for a better understanding of the comic in Cervantes' masterpiece. Key words: Don Quixote. Comic. Laughable. Cervantes.A crítica antiga do Quixote ([1605] 2002), até os anos 1750, concebia a obra como puramente cômica. Com a chegada da interpretação romântica, a partir do século XVIII, dom Quixote passou de um louco burlesco a um sonhador utópico, e o que antes era visto como cômico passou a ser visto de forma trágica. Mesmo que haja interpretações diversas, no Quixote há inegavelmente uma forte presença da comicidade. Isso é notável principalmente por sua estruturação paródica, mas, para além disso, o texto cervantino provoca o riso de diversas outras formas. Por isso, nossa proposta incide na análise de como essa comicidade é provocada. Grande parte do que há escrito sobre o risível no Quixote identifica somente a paródia e o contrate estilístico como provocadores da comicidade na obra. Este estudo, por outro lado, pretende atrelar a narrativa cervantina a teorias do riso para, assim, realizar um trabalho em que serão evidenciadas outras formas de risível presentes na obra. Além disso, será traçado um panorama histórico do riso, da Antiguidade até o período de publicação do Quixote (século XVII), a fim de dar subsídios para uma melhor compreensão do cômico na obra máxima de Cervantes. Palavras-chave: Quixote. Comicidade. Riso. Cervantes.Universidade do Estado do AmazonasBrasilPrograma de Pós-Graduação em Letras e ArtesUEACavalheiro, Juciane dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/8629828786064536Cavalheiro, Juciane dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/8629828786064536Jesus, Carlos Renato Rosario dehttp://lattes.cnpq.br/0790502180741262Oliveira, Rita do Perpétuo Socorro Barbosa dehttp://lattes.cnpq.br/2602637105704791Ferreira, Patrícia Maria da Silva2019-12-182019-12-18T14:29:56Z2017-05-242019-12-18T14:29:56Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/1942porALBERTI, Verena. O riso e o risível na história do pensamento. Rio Janeiro: Zahar, FGV, 1999. ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Ana Maria Valente. Lisboa: Edição da Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. ______. Partes dos animais. Tradução de Maria de Fátima Sousa e Silva. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2010. ______. Retórica. Tradução de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2005. ______. Ética a Nicômaco. Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Editora Martin Claret, 2003. AUERBACH, Erich. La Dulcinea encantada, 1945. Disponível em: http://cvc.cervantes.es/literatura/quijote_antologia/auerbach.htm. Acesso em 14 out. 2016. BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira – São Paulo: HUCITEC [Brasília]: Editora da Universidade de Brasília, 2008. BENDER, Ivo. Comédia e riso – uma poética do teatro cômico. Porto Alegre: UFRGS/EDIPUCRS, 1996. BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação do cômico. Tradução de Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1983. CÍCERO, De oratore. In: Scatolin, Adriano. A invenção no Do orador de Cícero: um estudo à luz de Ad Familiares I, 9, 23. 2009. 313f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. ______. In: MARQUES, Ivan Neves. O riso segundo Cícero e Quintiliano: tradução e comentários de De oratore, livro II, 216-291 (De ridiculis) e da Institutio Oratoria, livro VI, 3 (De risu). 2008. 153f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. CABANTOUS, A. Histoire du blasphème en Occident. Paris: 1998, p. 96. HANSEN, J. A. Uma arte conceptista do cômico: o ‘Tratado dos Ridículos’ de Emanuele Tesauro. In: Referências. Campinas: CEDAE, 1992. ______. La doctrina conceptista de lo cômico en El Trattato de’Ridicoli de Emanuele Tesauro. In: Los ejes de la retórica, (Org.) Helena Beristáin & Gerardo Ramírez Vidal. Cidade do México: UNAM, 2003. 83 HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de uma república eclesiástica e civil. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2003. HÜBNER, Martha. ‘Quais os significados do riso, do que rimos e por que rimos?’, 2015. Disponível em: http://pre.univesp.br/quais-os-significados-do-riso-do-que-rimos-e-por-que-rimos#.WPLLQojyvIV. Acesso em: 17 nov. 2016. LA TAILLE, Yves de. Humor e tristeza: o direito de rir. Campinas: Papirus, 2014. LE GOFF, J. O Riso na Idade Média. In: Uma história cultural do humor. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 65-82. MAIA, Gleidys. A Antitradição Literária Brasileira. Manaus: UEA Edições, 2013. MARQUES, Ivan Neves. O riso segundo Cícero e Quintiliano: tradução e comentários de De oratore, livro II, 216-291 (De ridiculis) e da Institutio Oratoria, livro VI, 3 (De risu). 2008. 153f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. MINOIS, George. História do Riso e do Escárnio. Tradução de Maria Elena O. Ortiz Assumpção. – São Paulo: Editora UNESP, 2003. MORAES, Valeria da Silva. O cômico e o riso no Quixote. 2011. 172f. Dissertação (Mestrado) — Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. NAVARRO, Alberto. Introdução. In: UNAMUNO, Miguel de. Vida de Don Quijote y Sancho. Madrid: Catedra letras hispanicas, 2008. PLATÃO. Filebo. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1975. ______. Leis. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1976. PROPP, Vladimir. Comicidade e riso. São Paulo: Editora Ática, 1992. RUSSELL, Peter E. Don Quixote as a Funny Book. In: The Modern Language Review, p. 312-326, 1969. SAAVEDRA, Miguel de Cervantes. O engenhoso fidalgo D. Quixote de La Mancha. Primeiro Livro. Edição bilíngue. São Paulo: Ed. 34, 2002. SCHNAIDERMMAN, Boris. Prefácio. In: PROPP, Vladimir. Comicidade e riso. São Paulo: Editora Ática, 1992. SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Tomo 1. Tradução de Jair Barboza. 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A crítica antiga do Quixote ([1605] 2002), até os anos 1750, concebia a obra como puramente cômica. Com a chegada da interpretação romântica, a partir do século XVIII, dom Quixote passou de um louco burlesco a um sonhador utópico, e o que antes era visto como cômico passou a ser visto de forma trágica. Mesmo que haja interpretações diversas, no Quixote há inegavelmente uma forte presença da comicidade. Isso é notável principalmente por sua estruturação paródica, mas, para além disso, o texto cervantino provoca o riso de diversas outras formas. Por isso, nossa proposta incide na análise de como essa comicidade é provocada. Grande parte do que há escrito sobre o risível no Quixote identifica somente a paródia e o contrate estilístico como provocadores da comicidade na obra. Este estudo, por outro lado, pretende atrelar a narrativa cervantina a teorias do riso para, assim, realizar um trabalho em que serão evidenciadas outras formas de risível presentes na obra. Além disso, será traçado um panorama histórico do riso, da Antiguidade até o período de publicação do Quixote (século XVII), a fim de dar subsídios para uma melhor compreensão do cômico na obra máxima de Cervantes. Palavras-chave: Quixote. Comicidade. Riso. Cervantes.
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