DADIFICAÇÃO, VISUALIZAÇÃO E LEITURA DO MUNDO: QUEM FALA POR NÓS QUANDO OS NÚMEROS FALAM POR SI?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Linguagem em Foco (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/1191 |
Resumo: | Este trabalho está vinculado a uma investigação de dois anos sobre as implicações sociodiscursivas do fenômeno social da “dadificação”, i.e. coleta, manipulação e representação, para “extração de conhecimento”, de volumes astronômicos de dados digitais (Big Data) sobre o quotidiano do cidadão. Objetiva-se caracterizar os letramentos críticos (de dados) necessários, frente ao fenômeno, para (i) a conscientização do cidadão acerca das transgressões de seus valores éticos e culturais implicados nessas técnicas e epistemologias e (ii) fomentar o empoderamento do cidadão, sobretudo pela educação linguística e matemática, pela utilização dessas mesmas técnicas de geração, interpretação e comunicação de dados provenientes de repositórios de dados abertos disponibilizados pelo Estado, por força de lei, e por empresas de internet tais como Twitter e Facebook, via interfaces de aplicação (API). Nesta apresentação, abordarei especificamente os modos e estratégias pelas quais essas novas representações multimodais afetam os sujeitos em sua capacidade e disposição de ler – i.e. duvidar, criticar e interpelar – informações quantitativas/estatísticas representadas visualmente. Exemplificarei com um estudo exploratório sobre três mapas, um dos quais baseado em Big Data, que representam a distribuição racial no Brasil, no qual utilizei categorias de análise da teoria da multimodalidade em semiótica social. Concluo que, no caso do mapa do tipo Big Data, a visualização obtida gera uma poderosa sensação de envolvimento/empatia que induz o leitor a desconsiderar os componentes retórico e ideológico da representação. |
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