A FALSA GENEROSIDADE PARA A GESTÃO DAS TENSÕES ESPACIAIS – A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE) E A CIDADANIA NEOLIBERAL
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | GeoUECE |
Texto Completo: | https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/7029 |
Resumo: | A falsa generosidade é um conceito elaborado por Paulo Freire para tratar da relação solidária do opressor para com o oprimido no objetivo de reproduzir a relação de opressão. O argumento deste trabalho é, pois, o de que a responsabilidade social empresarial é uma forma contemporânea de falsa generosidade, estreitamente associada à gestão das tensões espaciais, visto as barreiras espaciais à acumulação do capital contemporânea que demandam o que David Harvey apresenta como ajuste espacial. O ambiente neoliberal que nutre essa prática tem por mecanismo o controle da produção/reprodução da vida como forma de maximizar a eficiência disciplinar sobre os oprimidos, ampliando a margem de produção da mais-valia. Para tanto, constitui-se a fetichização da liberdade e da igualdade, assim como do próprio espaço do homem, construindo-se aquilo que Karel Kosik chama de “mundo da pseudoconcreticidade”, o que, por fim, impossibilita uma política democrática das tensões espaciais. |
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A falsa generosidade é um conceito elaborado por Paulo Freire para tratar da relação solidária do opressor para com o oprimido no objetivo de reproduzir a relação de opressão. O argumento deste trabalho é, pois, o de que a responsabilidade social empresarial é uma forma contemporânea de falsa generosidade, estreitamente associada à gestão das tensões espaciais, visto as barreiras espaciais à acumulação do capital contemporânea que demandam o que David Harvey apresenta como ajuste espacial. O ambiente neoliberal que nutre essa prática tem por mecanismo o controle da produção/reprodução da vida como forma de maximizar a eficiência disciplinar sobre os oprimidos, ampliando a margem de produção da mais-valia. Para tanto, constitui-se a fetichização da liberdade e da igualdade, assim como do próprio espaço do homem, construindo-se aquilo que Karel Kosik chama de “mundo da pseudoconcreticidade”, o que, por fim, impossibilita uma política democrática das tensões espaciais. |
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