O “São Frei Gil”, de Eça de Queirós
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | A Cor das Letras |
Texto Completo: | http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/4733 |
Resumo: | Eça de Queirós (1845-1900) é muito mais conhecido pelos seus romances realistas, entretanto, o autor se dedicou a elaboração de muitos outros gêneros, como o conto e a crônica, e até mesmo reelaborou histórias de santos. Visto que são três as revisitações hagiográficas de Eça, neste estudo, averiguaremos uma delas, a que está inacabada “São Frei Gil”. Essas narrativas, escritas durante a última década de vida, vieram a público postumamente, em 1912, em Últimas páginas. Em “São Frei Gil”, Eça retoma a lenda egidiana, preexistente em Portugal, ambientando na Idade Média a história do santo que pactuou com o Diabo. Nossa proposta é a de analisar a forma como a narrativa é construída e, se é possível, com efeito, afirmar que o escritor, ao fim de sua vida, havia se acomodado e se resignado com o velho Portugal e com os poderes instituídos, deixando de lado a escrita irônica para dar vazão a uma produção de enaltecimento pátrio. Para tanto, verificaremos de que maneira se realizou o diálogo com a tradição pregressa da lenda e como o narrador discorre acerca de Gil, da ambientação e de outras personagens. Dialogaremos, sobretudo, com as propostas de Antonio Candido (1964), Ian Watt (1997) e Sofia Sousa e Silva (2002). |
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O “São Frei Gil”, de Eça de QueirósEça de Queirós (1845-1900) é muito mais conhecido pelos seus romances realistas, entretanto, o autor se dedicou a elaboração de muitos outros gêneros, como o conto e a crônica, e até mesmo reelaborou histórias de santos. Visto que são três as revisitações hagiográficas de Eça, neste estudo, averiguaremos uma delas, a que está inacabada “São Frei Gil”. Essas narrativas, escritas durante a última década de vida, vieram a público postumamente, em 1912, em Últimas páginas. Em “São Frei Gil”, Eça retoma a lenda egidiana, preexistente em Portugal, ambientando na Idade Média a história do santo que pactuou com o Diabo. Nossa proposta é a de analisar a forma como a narrativa é construída e, se é possível, com efeito, afirmar que o escritor, ao fim de sua vida, havia se acomodado e se resignado com o velho Portugal e com os poderes instituídos, deixando de lado a escrita irônica para dar vazão a uma produção de enaltecimento pátrio. Para tanto, verificaremos de que maneira se realizou o diálogo com a tradição pregressa da lenda e como o narrador discorre acerca de Gil, da ambientação e de outras personagens. Dialogaremos, sobretudo, com as propostas de Antonio Candido (1964), Ian Watt (1997) e Sofia Sousa e Silva (2002).UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA2019-01-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/473310.13102/cl.v20i3.4733A Cor das Letras; v. 20 n. 3 (2019): Estudos Literários; 66-912594-96751415-8973reponame:A Cor das Letrasinstname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)instacron:UEFSporhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/4733/pdfCopyright (c) 2020 Universidade Estadual de Feira de Santanainfo:eu-repo/semantics/openAccessMendes, Eduardo SoczekNery, Antonio Augusto2020-01-11T00:47:13Zoai:ojs3.uefs.br:article/4733Revistahttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletrasPUBhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/oairevistacordasletras@uefs.br||revistacordasletras@uefs.br1415-89732594-9675opendoar:2020-01-11T00:47:13A Cor das Letras - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)false |
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Eça de Queirós (1845-1900) é muito mais conhecido pelos seus romances realistas, entretanto, o autor se dedicou a elaboração de muitos outros gêneros, como o conto e a crônica, e até mesmo reelaborou histórias de santos. Visto que são três as revisitações hagiográficas de Eça, neste estudo, averiguaremos uma delas, a que está inacabada “São Frei Gil”. Essas narrativas, escritas durante a última década de vida, vieram a público postumamente, em 1912, em Últimas páginas. Em “São Frei Gil”, Eça retoma a lenda egidiana, preexistente em Portugal, ambientando na Idade Média a história do santo que pactuou com o Diabo. Nossa proposta é a de analisar a forma como a narrativa é construída e, se é possível, com efeito, afirmar que o escritor, ao fim de sua vida, havia se acomodado e se resignado com o velho Portugal e com os poderes instituídos, deixando de lado a escrita irônica para dar vazão a uma produção de enaltecimento pátrio. Para tanto, verificaremos de que maneira se realizou o diálogo com a tradição pregressa da lenda e como o narrador discorre acerca de Gil, da ambientação e de outras personagens. Dialogaremos, sobretudo, com as propostas de Antonio Candido (1964), Ian Watt (1997) e Sofia Sousa e Silva (2002). |
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