“[...] caelle da muytas uezes victoria a aquelles que creem e defende a sua sãcta fé”: concordância verbal no português arcaico
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | A Cor das Letras |
Texto Completo: | http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/7312 |
Resumo: | Este trabalho discute a variação da concordância verbal na primeira fase do período arcaico da língua portuguesa (séculos XIII e XIV), a partir de corpus constituído por textos literários e não-literários (oficiais, particulares e institucionais) representativos da produção medieval portuguesa. Fundamentando-se no aporte teórico-metodológico da Sociolinguística Histórica (ROMAINE, 1982) a análise dos dados confirma a existência de uma regra sintática variável já na primeira fase do período arcaico, definida pela influência de fatores de ordem morfo-fônica, sintática e semântica. As variáveis tipo de verbo, saliência fônica, posição do sujeito em relação ao verbo, indicação do plural no sujeito, caracterização semântica do sujeito, tipo de textoe realização do sujeito demonstram desempenhar um papel significativo no uso da regra da concordância verbal. Com base nos resultados, verbo inacusativo, menor nível de saliência, posposição ao verbo, sujeito [- humano], texto literário e sujeito realizado desfavorecem a aplicação da regra de concordância verbal. O comportamento dessas variáveis permite-nos atestar que a variação na primeira fase do período arcaico da língua portuguesa não é aleatória, mas condicionada por fatores que também têm sido considerados relevantes para a variação no português brasileiro (PB). |
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