Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS |
Texto Completo: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/16 |
Resumo: | Auto da Compadecida é uma narrativa performática pelo seu caráter cênico e político-social. Utiliza-se de um cenário transgressor como uma pequena vila do sertão nordestino, Taperoá, esquecida pelo poder constituído e, conseqüentemente, acolhida pelo poder paralelo, o cangaço. As personagens suassunianas representam não uma figura isoladamente, mas sim toda uma classe. Assim, muitos delas são destituídas de nomes próprios, e temos, portanto, o Padeiro, a Mulher do padeiro, o Padre, o Bispo, o Sacristão; todos arquétipos de grupos socialmente instituídos. A crítica de Suassuna não recai sobre as figuras, contudo é contumaz cair sobre parcelas da sociedade que detêm o poder ou mesmo aquelas que são subjugadas. O autor, então, apresenta os vícios morais, mas também proporciona um antídoto para essa ferida, que, segundo ele mesmo, degenera a sociedade: a ética cristã, encerrada no catolicismo romano, é apresentada como salvação da alma humana e a regeneração de sua vida terrena. Este Auto alcançou grande sucesso de público e crítica, sendo montado até hoje por grupos teatrais profissionais ou amadores, adaptado várias vezes para a televisão e três vezes para o cinema. A última adaptação fílmica, O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, traz em seu roteiro uma interlocução com Suassuna, Gil Vicente, Cervantes, Molière e Shakespeare. O diretor pernambucano conseguiu criar uma obra em que luz, cenário e atores harmonizam-se com o texto. Esse trabalho pretende discutir a relação da obra de Suassuna com a de Guel Arraes, utilizando teóricos como Durval Muniz Albuquerque Jr., Zilá Bernd, Alfredo Bosi, Anna Maria Balohg, Muniz Sodré, Graeme Turner, Robert Stam, entre outros. Desta forma, a problemática gira em torno do eixo linguagem/conteúdo: obra literária/adaptação cinematográfica e a crítica da identidade nacional. |
id |
UEFS_c49d436e0039830331cdbe1500e29ca2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:tede2.uefs.br:8080:tede/16 |
network_acronym_str |
UEFS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS |
repository_id_str |
|
spelling |
Novaes, Claudio Cledsonhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4738240T0&dataRevisao=nullCPF:91054850534http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774973A3&dataRevisao=nullNascimento Neto, João Evangelista do2015-07-15T13:31:34Z2008-08-052006-04-26NASCIMENTO NETO, João Evangelista do. Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida.. 2006. 208 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Cultura) - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, Feira de Santana, 2006.http://localhost:8080/tede/handle/tede/16Made available in DSpace on 2015-07-15T13:31:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Joao Evangelista N Neto.pdf: 7402345 bytes, checksum: db50e99011b2920de3f7e291d3a05b22 (MD5) Previous issue date: 2006-04-26Auto da Compadecida é uma narrativa performática pelo seu caráter cênico e político-social. Utiliza-se de um cenário transgressor como uma pequena vila do sertão nordestino, Taperoá, esquecida pelo poder constituído e, conseqüentemente, acolhida pelo poder paralelo, o cangaço. As personagens suassunianas representam não uma figura isoladamente, mas sim toda uma classe. Assim, muitos delas são destituídas de nomes próprios, e temos, portanto, o Padeiro, a Mulher do padeiro, o Padre, o Bispo, o Sacristão; todos arquétipos de grupos socialmente instituídos. A crítica de Suassuna não recai sobre as figuras, contudo é contumaz cair sobre parcelas da sociedade que detêm o poder ou mesmo aquelas que são subjugadas. O autor, então, apresenta os vícios morais, mas também proporciona um antídoto para essa ferida, que, segundo ele mesmo, degenera a sociedade: a ética cristã, encerrada no catolicismo romano, é apresentada como salvação da alma humana e a regeneração de sua vida terrena. Este Auto alcançou grande sucesso de público e crítica, sendo montado até hoje por grupos teatrais profissionais ou amadores, adaptado várias vezes para a televisão e três vezes para o cinema. A última adaptação fílmica, O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, traz em seu roteiro uma interlocução com Suassuna, Gil Vicente, Cervantes, Molière e Shakespeare. O diretor pernambucano conseguiu criar uma obra em que luz, cenário e atores harmonizam-se com o texto. Esse trabalho pretende discutir a relação da obra de Suassuna com a de Guel Arraes, utilizando teóricos como Durval Muniz Albuquerque Jr., Zilá Bernd, Alfredo Bosi, Anna Maria Balohg, Muniz Sodré, Graeme Turner, Robert Stam, entre outros. Desta forma, a problemática gira em torno do eixo linguagem/conteúdo: obra literária/adaptação cinematográfica e a crítica da identidade nacional.application/pdfporUNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANAPrograma de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade CulturalUEFSBRLiteratura e CulturaLetrasLiteraturaCinamaIdentidadeNordesteSertão.CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRARapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFSinstname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)instacron:UEFSORIGINALJoao Evangelista N Neto.pdfapplication/pdf7402345http://tede2.uefs.br:8080/bitstream/tede/16/1/Joao+Evangelista+N+Neto.pdfdb50e99011b2920de3f7e291d3a05b22MD51tede/162015-07-15 10:31:34.27oai:tede2.uefs.br:8080:tede/16Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.uefs.br:8080/PUBhttp://tede2.uefs.br:8080/oai/requestbcuefs@uefs.br|| bcref@uefs.br||bcuefs@uefs.bropendoar:2015-07-15T13:31:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)false |
dc.title.por.fl_str_mv |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. |
title |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. |
spellingShingle |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. Nascimento Neto, João Evangelista do Letras Literatura Cinama Identidade Nordeste Sertão. CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA |
title_short |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. |
title_full |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. |
title_fullStr |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. |
title_full_unstemmed |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. |
title_sort |
Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida. |
author |
Nascimento Neto, João Evangelista do |
author_facet |
Nascimento Neto, João Evangelista do |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Novaes, Claudio Cledson |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4738240T0&dataRevisao=null |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
CPF:91054850534 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774973A3&dataRevisao=null |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nascimento Neto, João Evangelista do |
contributor_str_mv |
Novaes, Claudio Cledson |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Letras Literatura Cinama Identidade Nordeste Sertão. |
topic |
Letras Literatura Cinama Identidade Nordeste Sertão. CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA |
description |
Auto da Compadecida é uma narrativa performática pelo seu caráter cênico e político-social. Utiliza-se de um cenário transgressor como uma pequena vila do sertão nordestino, Taperoá, esquecida pelo poder constituído e, conseqüentemente, acolhida pelo poder paralelo, o cangaço. As personagens suassunianas representam não uma figura isoladamente, mas sim toda uma classe. Assim, muitos delas são destituídas de nomes próprios, e temos, portanto, o Padeiro, a Mulher do padeiro, o Padre, o Bispo, o Sacristão; todos arquétipos de grupos socialmente instituídos. A crítica de Suassuna não recai sobre as figuras, contudo é contumaz cair sobre parcelas da sociedade que detêm o poder ou mesmo aquelas que são subjugadas. O autor, então, apresenta os vícios morais, mas também proporciona um antídoto para essa ferida, que, segundo ele mesmo, degenera a sociedade: a ética cristã, encerrada no catolicismo romano, é apresentada como salvação da alma humana e a regeneração de sua vida terrena. Este Auto alcançou grande sucesso de público e crítica, sendo montado até hoje por grupos teatrais profissionais ou amadores, adaptado várias vezes para a televisão e três vezes para o cinema. A última adaptação fílmica, O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, traz em seu roteiro uma interlocução com Suassuna, Gil Vicente, Cervantes, Molière e Shakespeare. O diretor pernambucano conseguiu criar uma obra em que luz, cenário e atores harmonizam-se com o texto. Esse trabalho pretende discutir a relação da obra de Suassuna com a de Guel Arraes, utilizando teóricos como Durval Muniz Albuquerque Jr., Zilá Bernd, Alfredo Bosi, Anna Maria Balohg, Muniz Sodré, Graeme Turner, Robert Stam, entre outros. Desta forma, a problemática gira em torno do eixo linguagem/conteúdo: obra literária/adaptação cinematográfica e a crítica da identidade nacional. |
publishDate |
2006 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2006-04-26 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2008-08-05 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-07-15T13:31:34Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
NASCIMENTO NETO, João Evangelista do. Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida.. 2006. 208 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Cultura) - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, Feira de Santana, 2006. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://localhost:8080/tede/handle/tede/16 |
identifier_str_mv |
NASCIMENTO NETO, João Evangelista do. Rapsódia no sertão: Do "códex" à tela, a trajetória da trupe do Auto da Compadecida.. 2006. 208 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Cultura) - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, Feira de Santana, 2006. |
url |
http://localhost:8080/tede/handle/tede/16 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UEFS |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Literatura e Cultura |
publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS instname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) instacron:UEFS |
instname_str |
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) |
instacron_str |
UEFS |
institution |
UEFS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://tede2.uefs.br:8080/bitstream/tede/16/1/Joao+Evangelista+N+Neto.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
db50e99011b2920de3f7e291d3a05b22 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) |
repository.mail.fl_str_mv |
bcuefs@uefs.br|| bcref@uefs.br||bcuefs@uefs.br |
_version_ |
1809288765671211008 |