A Commodity Frontier nos Cerrados: O complexo da soja nas Regiões de Planejamento de Goiás (1974-2019)

• Autor(a) principal: Rocha, Cassiano de Brito
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
• Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1420
• topic: Economia mundial - Soja; Soja - Goiás(Estado); Soja - Commodity Frontier - Goiás; World Economy; Soya - Goiás(state); Soya - Commodity Frontier - Goiás(Estado); CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA

A constituição do complexo de soja de Goiás é um processo histórico desencadeado a partir do movimento global de “comoditização” da Glycine (L) Merr no início da década de 1970. Com base nesta premissa, esta pesquisa buscou identificar e sistematizar algumas condicionantes históricas da expansão da fronteira da soja em Goiás, assim como seus respectivos impactos na configuração das Regiões de Planejamento de Goiás em relação ao complexo soja instalado. Nossa pesquisa sugere que a commodity frontier da soja foi mais induzida na Região de Planejamento Sudoeste Goiano com 67% de seu território ocupado pela cultura da soja em 2019. O mesmo processo de desenvolvimento agronômico induzido ocorreu com menos intensidade e mais orientado a projetos de base de inovação tecnológica nas Regiões de Planejamento Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) e Entorno do Distrito Federal, resultando em 65% e 44% de seus respectivos territórios ocupados pela cultura da soja em 2019. As análises indicam ainda como condicionantes deste processo: a) a commodity frontier da soja e um contexto de divisão internacional de fronteiras agrícolas; b) um extenso rol de políticas desenvolvimentistas dirigidas a indução e manutenção dos complexos agroindustriais; c) cooperação internacional orientada à P&D. Por fim a pesquisa testou e validou a hipótese de que na commodity frontier da soja Goiás, historicamente houve uma fase orientada à agroindustrialização voltada ao mercado Europeu, seguida por uma reorientação das forças produtivas à primarização da soja voltada para o mercado Chinês. Com base nos resultados analisados, esta pesquisa ainda faz apontamentos e levanta hipóteses, que carecem de melhor investigação a respeito de temas polêmicos como a moratória da soja.