"Manarairema" e "Bacurau" : sobre visualidades, invasões e sobrevivências

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Glauber Honorato da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1267
Resumo: A visão determina a percepção visual como operação física, e a visualidade parte dessa percepção como fato social. Nesse caso, a visualidade como estamos tratando, envolve técnicas, aparelhos, e intenções discursivas da experiência visual e cultural (FOSTER, 1998). Nesse sentido, quais questões ordenam a visualidade (visibilidade, vigilância, visualização) no romance A hora dos ruminantes (1966) e no filme Bacurau (2019)? Esta, é, em alguma medida, a indagação motivadora da nossa discussão. Na forma de pulsão inicial, a interrogação se ramifica em possibilidades, pois se abre para questões de ordem estética, política e social, numa metodologia que compreende as imagens em suas relações associativas, comparativas e alegóricas. Primeiro – em A hora dos ruminantes observamos métodos, práticas e efeitos da vigilância estrutural da modernidade/colonialidade – a partir do modelo panóptico (BENTHAM, 2008), dos estudos da sociedade disciplinar (FOUCAULT, 1987) e das elucidações sobre a Visualidade (MIRZOEFF, 2016). Segundo – em Bacurau percebemos a reconfiguração das possibilidades da vigilância, nesse caso, numa perspectiva mais atrelada à decolonialidade e à transmodernidade (DUSSEL, 2017), na qual os mecanismos, as práticas, os efeitos e as intencionalidades de observar e ser observado não se limitam à vigilância estrutural foucaultiana e benthaniana.
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spelling "Manarairema" e "Bacurau" : sobre visualidades, invasões e sobrevivênciasA hora dos ruminantesBacurauVisualidadeDecolonialidadeImagensThe three trials of ManiremaVisualityDecolonialityImagesLETRAS::LITERATURA BRASILEIRAA visão determina a percepção visual como operação física, e a visualidade parte dessa percepção como fato social. Nesse caso, a visualidade como estamos tratando, envolve técnicas, aparelhos, e intenções discursivas da experiência visual e cultural (FOSTER, 1998). Nesse sentido, quais questões ordenam a visualidade (visibilidade, vigilância, visualização) no romance A hora dos ruminantes (1966) e no filme Bacurau (2019)? Esta, é, em alguma medida, a indagação motivadora da nossa discussão. Na forma de pulsão inicial, a interrogação se ramifica em possibilidades, pois se abre para questões de ordem estética, política e social, numa metodologia que compreende as imagens em suas relações associativas, comparativas e alegóricas. Primeiro – em A hora dos ruminantes observamos métodos, práticas e efeitos da vigilância estrutural da modernidade/colonialidade – a partir do modelo panóptico (BENTHAM, 2008), dos estudos da sociedade disciplinar (FOUCAULT, 1987) e das elucidações sobre a Visualidade (MIRZOEFF, 2016). Segundo – em Bacurau percebemos a reconfiguração das possibilidades da vigilância, nesse caso, numa perspectiva mais atrelada à decolonialidade e à transmodernidade (DUSSEL, 2017), na qual os mecanismos, as práticas, os efeitos e as intencionalidades de observar e ser observado não se limitam à vigilância estrutural foucaultiana e benthaniana.Vision determines visual perception as a physical operation, and visuality assumes this perception as a social factor. In this case, visuality involves techniques, machines and discursive intentions of the cultural and visual experience (FOSTER, 1998). In these terms, what are the questions that establish visuality (visibility, vigilance, visualization) in The three trials of Manirema (1966) novel and in the Bacurau (2019) film? This is sort of the motivating inquiry of our discussion. As a first drive, this question ramifies itself in social, political and aesthetical matters by a methodology that comprehends images in their associative, comparative and allegoric relations. First, in The three trials of Manirema, we can observe the methods, practices and effects of the structural vigilance in modernity/coloniality from the panoptical example (BENTHAM, 2008), the disciplinary society studies (FOUCAULT, 1987) and the elucidations on Visuality (MIRZOEFF, 2016). Then, in Bacurau, we can see the reconfiguration of the vigilance’s possibilities in a perspective more related to decoloniality and transmodernity (DUSSEL, 2017), in which the mechanisms, practices, effects and intentions of watching and being watched do not limit themselves to the Foucauldian and Benthanian structural vigilance.Universidade Estadual de GoiásUEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e InterculturalidadeBrasilUEGPrograma de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)Andrade, Émile Cardosohttp://lattes.cnpq.br/4661919586535215Andrade, Émile Cardosohttp://lattes.cnpq.br/4661919586535215Frota, Adolfo José de SouzaMartins, Alice FátimaSilva, Glauber Honorato da2023-08-23T23:32:31Z2021-01-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Glauber Honorato da. "Manarairema" e "Bacurau": sobre visualidades, invasões e sobrevivências. 2021. 95 f. Dissertação (Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade) – Câmpus Cora Coralina, Universidade Estadual de Goiás, Goiás, GO, 2021.http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1267porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEGinstname:Universidade Estadual de Goiás (UEG)instacron:UEG2023-08-23T23:32:31Zoai:tede2:tede/1267Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.bdtd.ueg.br/PUBhttps://www.bdtd.ueg.br/oai/requestbibliotecaunucet@ueg.br||opendoar:2023-08-23T23:32:31Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG - Universidade Estadual de Goiás (UEG)false
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