Filmes poliméricos desintegráveis a partir de blendas de gelatina - quitosana

• Autor(a) principal: Tannús, Patricia Jose Marques
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
• Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/322
• topic: Quitosana; Gelatina; Blendas poliméricas; Filmes poliméricos; Chitosan; Gelatin; polymer blends; polymers films; CIENCIAS DA SAUDE; CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA

A gelatina animal é uma proteína natural desnaturada obtida através da hidrólise do colágeno, uma proteína fibrosa presente em peles e ossos de animais bovinos e suínos. Principal componente na fabricação de cápsulas gelatinosas duras e moles com aplicações diversas em outras áreas como indústria de alimentos e até fotografia. Devido às suas características de não toxicidade e por ser compatível com o organismo corporal humano é muito usada como biomaterial. A quitosana é um biopolímero natural obtido pela desacetilação da quitina, um polissacarídeo natural, não tóxico e biodegradável obtido do exoesqueleto de alguns crustáceos, sendo considerado o segundo mais abundante da natureza. Esse composto vem sendo largamente estudado como biomaterial de potencial aplicação nas áreas médicas e farmacêuticas, em razão de sua natureza catiônica e solubilidade em meio ácido. As blendas poliméricas são misturas de ao menos dois polímeros combinados entre si. São de grande importância na área de biomateriais uma vez que seu uso vem sendo empregado para melhorar a relação custo-desempenho em produtos comerciais. Este trabalho teve por objetivo o desenvolvimento de novas formulações de filmes poliméricos desintegráveis a partir de blendas de gelatina-quitosana. Estes filmes poderão ser usados em sistemas de liberação controlada de fármacos ou em cápsulas resistentes ao suco gástrico. Para isso foram feitos testes de desintegração nos filmes para verificar o tempo necessário para que ocorresse a ruptura ou abertura do filme, necessários para liberação do fármaco no meio. Os resultados obtidos demonstraram que a quitosana presente nas amostras aumenta o tempo necessário para desintegração do material. Nos filmes obtidos a partir das composições de blendas quitosana-gelatina, também foram feitos testes de medição do pH e caracterizações como calorimetria exploratória diferencial (DSC), análise termogravimétrica (TGA), espectroscopia vibracional de absorção na regiãodo infravermelho (IV) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Estas análises serviram para caracterizar as blendas formadas e estudar suas propriedades. Os resultados obtidos demonstraram que houve compatibilidade entre a gelatina e quitosana na formação das blendas.