Cuidado! Querem destruir nossa família: o discurso de ódio às pessoas LGBTI+ nas redes sociais twitter e instagram

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Kaio Cesar
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17458
Resumo: Na atualidade, a intensa circulação de aparatos tecnológicos no cotidiano da população interfere na produção de modos plurais de existência e perspectivas ficcionais de realidade. Tais arranjos interferem na (re)produção de noções tradicionais e dissidentes de gênero, que se apresentam cada vez mais difusas, complexas e múltiplas. Partindo dessas premissas, esta pesquisa qualitativa de mestrado problematiza enunciados que circulam em discursos de ódio dirigido às pessoas LGBTI+nas redes sociais. Leva-se em conta a perspectiva de que o ódio voltado a essa população se produz exatamente por essas pessoas serem circunscritas em um sistema de sexo-gênero como abjetas, initeligíveis, desviantes e perigosas. Valendo-se da pesquisa documental, são analisados conteúdos disponíveis em páginas de domínio público do Twitter e Instagram, publicados no Brasil entre os anos de 2020 a 2022. O texto está dividido em quatro capítulos. Inicialmente, são apresentados traçados iniciais que subsidiam a escolha pela temática investigada. No capítulo seguinte, debate-se sobre a perspectiva ocidental da história da sexualidade, que edifica um sistema de sexo-gênero que demarca modos de existência situados como inteligíveis ou abjetos. O próximo capítulo analisa profundas transformações ocorridas no mundo capitalista do século XX e XXI, que culminaram em uma sociedade de controle que incide sobre o sistema de sexo-gênero. Em seguida, o percurso metodológico que fundamenta a investigação e o processo de coleta e análise é delineado. Por fim, no último capítulo, debate-se sobre a produção biopolítica do ódio direcionado à população LGBTI+. Problematizam-se maneiras como discursos de ódio que circulam nas redes sociais Instagram e Twitter direcionadas à população LGBTI+ articulam noções de abjeção, a partir de duas categorias de análise: a noção de desvio e de periculosidade. Conclui-se, provisoriamente, que as redes sociais, se constituem em um campo complexo em que forças díspares coexistem em disputa. Assume-se a importância de problematizar maneiras sutis e/ou explícitas como regimes de enunciação se articulam no cotidiano para produção de noções de anormalidade relacionadas à população LGBTI+, como um modo de desestabilizar tais enunciados e lutar por uma sociedade em que a diversidade e a pluriversalidade sejam possíveis
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Leva-se em conta a perspectiva de que o ódio voltado a essa população se produz exatamente por essas pessoas serem circunscritas em um sistema de sexo-gênero como abjetas, initeligíveis, desviantes e perigosas. Valendo-se da pesquisa documental, são analisados conteúdos disponíveis em páginas de domínio público do Twitter e Instagram, publicados no Brasil entre os anos de 2020 a 2022. O texto está dividido em quatro capítulos. Inicialmente, são apresentados traçados iniciais que subsidiam a escolha pela temática investigada. No capítulo seguinte, debate-se sobre a perspectiva ocidental da história da sexualidade, que edifica um sistema de sexo-gênero que demarca modos de existência situados como inteligíveis ou abjetos. O próximo capítulo analisa profundas transformações ocorridas no mundo capitalista do século XX e XXI, que culminaram em uma sociedade de controle que incide sobre o sistema de sexo-gênero. Em seguida, o percurso metodológico que fundamenta a investigação e o processo de coleta e análise é delineado. Por fim, no último capítulo, debate-se sobre a produção biopolítica do ódio direcionado à população LGBTI+. Problematizam-se maneiras como discursos de ódio que circulam nas redes sociais Instagram e Twitter direcionadas à população LGBTI+ articulam noções de abjeção, a partir de duas categorias de análise: a noção de desvio e de periculosidade. Conclui-se, provisoriamente, que as redes sociais, se constituem em um campo complexo em que forças díspares coexistem em disputa. Assume-se a importância de problematizar maneiras sutis e/ou explícitas como regimes de enunciação se articulam no cotidiano para produção de noções de anormalidade relacionadas à população LGBTI+, como um modo de desestabilizar tais enunciados e lutar por uma sociedade em que a diversidade e a pluriversalidade sejam possíveisNowadays, the intensive presence of technological devices in the daily lives of the population interferes in the production of plural modes of existence and fictional perspectives of reality. Those arrangements interfere in the reproduction of common notions and dissident of gender, which seems more diffuse and multiple. Based on preliminary principles, this qualitative master’s research discusses statements that surround hate speeches towards LGBTI+ on social media. It takes into account the perspective that the hatred directed towards this population is produced precisely because these people are circumscribed in a sex-gender system as abject, unintelligible, deviant and dangerous. Drawing on documentary research, contents available on public domain pages like Twitter and Instagram, published between 2020 and 2022, will be analyzed. The research has been split into four chapters. Initially it introduced the first drafts from the investigated theme. In the next chapter, we discuss the western perspective on the history of sexuality, which builds a sex-gender system that enlighten shapes of existence situated as intelligible or abject.The next chapter analyzes the deep transformations that took place in the capitalist world of the 20th and 21st centuries, which culminated in a society of control that incur the sex-gender system. Then, the methodological path that underlies the investigation and the collection and analysis process is outlined. Lastly, in the last chapter, the biopolitical production of hatred directed at the LGBTI+ population is discussed. The ways in which hate speeches that circulate on the social networks Instagram and Twitter directed at the LGBTI+ population articulate notions of abjection, based on two categories of analysis: the notion of deviance and dangerousness, are problematized. It is provisionally concluded that social networks constitute a complex field in which disparate forces coexist in dispute. It assumes the importance of problematizing subtle and/or explicit ways in which enunciation regimes are articulated in everyday life to produce notions of abnormality related to the LGBTI+ population, as a way of destabilizing such enunciations and fighting for a society in which diversity and pluriversality are possibleCarvalhaes, Flávia Fernandes deMansano, Sonia Regina VargasSouza, Leonardo Lemos dePacheco, Kaio Cesar2024-09-06T19:33:17Z2024-09-06T19:33:17Z2023-02-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17458porCCB - Departamento de Psicologia Social e InstitucionalPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina119 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-07T06:04:05Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17458Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-09-07T06:04:05Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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