O vírus, as cores e as dores em isolamento social: uma análise da família como agente violador de direitos da população LGBTI+ na Pandemia da COVID-19
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50357 |
Resumo: | No contexto da pandemia da COVID-19, a medida de biossegurança mais efetiva para se preservar da contaminação pelo novo coronavírus, bem como impedir a sua disseminação em massa, era o isolamento social/quarentena. Para populações historicamente oprimidas e precarizadas, a exemplo da população LGBTI+, estar no ambiente doméstico não representa segurança. Nesse sentido, muitos indivíduos dessa população foram submetidos ao isolamento social com seus familiares, representantes de uma família que reproduz os valores LGBTIfóbicos da família heteropatriarcal-monogâmica, funcional ao sistema capitalista que submete esses indivíduos a diferentes formas de violência e violação de direitos. Nessa perspectiva, diante de uma realidade social marcada por desigualdades sociais de gênero, raça e classe, podemos avaliar que existem diferentes formas de vivenciar o contexto pandêmico da COVID-19. Assim, nosso objetivo neste trabalho foi analisar como a família se constituiu como agente violador dos direitos humanos da população LGBTI+ durante a pandemia da COVID-19 no Brasil. Os fundamentos teóricos nos levaram à identificação da relação entre família heteropatriarcal-monogâmica, preconceito e LGBTIfobia no contexto da sociedade capitalista. Assim, foi possível apreender as principais formas de violência e violações de direitos dessa população durante a pandemia da COVID-19 na realidade brasileira e as principais estratégias de enfrentamento do movimento LGBTI+ nacional a esta realidade. A pesquisa foi orientada a partir do método do materialismo histórico-dialético, tendo como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica e análise documental em documentos produzidos pelas organizações de defesa dos direitos humanos da população LGBTI+. Como resultados, avaliamos que os maiores impactos que assolaram a população LGBTI+ nos anos de 2020 e 2021 foi agravamento nos quadros de saúde mental, ausência de trabalho e renda e o convívio familiar conflituoso imposto pelo isolamento social da pandemia. Com relação a população de travestis, transexuais e transmasculinos, podemos analisar que muitas dessas pessoas tiveram negado o direito de isolamento social, tendo em vista as dificuldades em acessar o auxílio emergencial do Governo Federal; as taxas de assassinatos contra esses segmentos se mantiveram acima das médias anuais e a faixa etária da pessoa mais jovem assassinada caiu para 13 anos. Além disso, diante da omissão do Estado em atuar nas particularidades da população LGBTI+ para o enfrentamento da pandemia, foi possível apreender que o movimento LGBTI+ realizou a construção coletiva de uma rede de solidariedade que promoveu iniciativas de abrigamento de LGBTI+ em situações precárias de vida durante a pandemia. Os resultados da pesquisa ora apresentada contribuem para o conhecimento da realidade da população LGBTI+, no que se refere a relação entre família e violação de direitos. |
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Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) - Departamento de Serviço Social, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50357No contexto da pandemia da COVID-19, a medida de biossegurança mais efetiva para se preservar da contaminação pelo novo coronavírus, bem como impedir a sua disseminação em massa, era o isolamento social/quarentena. Para populações historicamente oprimidas e precarizadas, a exemplo da população LGBTI+, estar no ambiente doméstico não representa segurança. Nesse sentido, muitos indivíduos dessa população foram submetidos ao isolamento social com seus familiares, representantes de uma família que reproduz os valores LGBTIfóbicos da família heteropatriarcal-monogâmica, funcional ao sistema capitalista que submete esses indivíduos a diferentes formas de violência e violação de direitos. Nessa perspectiva, diante de uma realidade social marcada por desigualdades sociais de gênero, raça e classe, podemos avaliar que existem diferentes formas de vivenciar o contexto pandêmico da COVID-19. Assim, nosso objetivo neste trabalho foi analisar como a família se constituiu como agente violador dos direitos humanos da população LGBTI+ durante a pandemia da COVID-19 no Brasil. Os fundamentos teóricos nos levaram à identificação da relação entre família heteropatriarcal-monogâmica, preconceito e LGBTIfobia no contexto da sociedade capitalista. Assim, foi possível apreender as principais formas de violência e violações de direitos dessa população durante a pandemia da COVID-19 na realidade brasileira e as principais estratégias de enfrentamento do movimento LGBTI+ nacional a esta realidade. 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Além disso, diante da omissão do Estado em atuar nas particularidades da população LGBTI+ para o enfrentamento da pandemia, foi possível apreender que o movimento LGBTI+ realizou a construção coletiva de uma rede de solidariedade que promoveu iniciativas de abrigamento de LGBTI+ em situações precárias de vida durante a pandemia. Os resultados da pesquisa ora apresentada contribuem para o conhecimento da realidade da população LGBTI+, no que se refere a relação entre família e violação de direitos.In the context of the COVID-19 pandemic, the most effective biosecurity measure to preserve oneself from contamination by the new coronavirus, as well as to prevent its mass spread, was social isolation/quarantine. For historically oppressed and precarious populations, such as the LGBTI+ population, being in the domestic environment does not represent safety. In this sense, many individuals from this population have been subjected to social isolation with their families, representatives of a family that reproduces the LGBTIphobic values of the heteropatriarchal-monogamous family, functional to the capitalist system that submits these individuals to different forms of violence and violation of rights. Through this perspective, in the face of a social reality marked by social inequalities of gender, race, and class, we can evaluate that there are different ways of experiencing the pandemic context of COVID-19. Therefore, our objective in this work was to analyze how the family was constituted as a violator of the human rights of the LGBTI+ population during the covid-19 pandemic in Brazil. The theoretical foundations led us to identify the relationship between heteropatriarchal-monogamous families, prejudice, and LGBTIphobia in the context of capitalist society. In this way, it was possible to apprehend the main forms of violence and violations of rights of this population during the COVID-19 pandemic in the Brazilian reality and the main strategies of confrontation of the national LGBTI+ movement to this reality. The research was based on the historical-dialectical materialism method, having as methodological procedures the bibliographic research and document analysis in documents produced by organizations that defend the human rights of the LGBTI+ population. As a result, we evaluated that the greatest impacts that afflicted the LGBTI+ population in the years 2020 and 2021 were the aggravation of mental health conditions, the absence of work and income, and the conflictual family life imposed by the social isolation of the pandemic. Regarding the population of transvestites, transsexuals, and transmasculine people, we can analyze that many of these people were denied the right to social isolation, given the difficulties in accessing the emergency aid provided by the Federal Government; the murder rates against these segments were above the annual averages, and the age range of the youngest person murdered dropped to 13 years. Additionally, in face of the omission of the State in acting on the particularities of the LGBTI+ population to face the pandemic, it was possible to apprehend that the LGBTI+ movement carried out the collective construction of a solidarity network that promoted initiatives to shelter LGBTI+ people in precarious living situations during the pandemic. The results of the research presented here contribute to the knowledge of the reality of the LGBTI+ population, regarding the relationship between family and violation of rights.Universidade Federal do Rio Grande do NorteServiço SocialUFRNBrasilDepartamento de Serviço SocialAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASPopulação-LGBTIFamíliaDireitos HumanosPandemia COVID-19Violação de direitos LGBTILGBTI+ PopulationFamilyHuman rightsO vírus, as cores e as dores em isolamento social: uma análise da família como agente violador de direitos da população LGBTI+ na Pandemia da COVID-19The virus, colors and the pains of social isolation: An analysis of the family as a violating agent of the LGBTI+ population rights in the COVID-19 Pandemicinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50357/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALVirusCoresDoresIsolamentoSocial_Souza_2022.pdfVirusCoresDoresIsolamentoSocial_Souza_2022.pdfapplication/pdf1039584https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50357/1/VirusCoresDoresIsolamentoSocial_Souza_2022.pdf3c3a0ddf3efcba72f628c67ce0d7e088MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50357/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/503572023-07-07 16:34:44.015oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/50357Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-07-07T19:34:44Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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