Protocolo gerenciado de sepse pediátrica : análise da implantação e desenvolvimento em hospital universitário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
Texto Completo: | http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000230512 |
Resumo: | Introdução: Considerada um problema de saúde pública, a sepse é responsável pelo aumento do tempo de internação e mortalidade de crianças em todo mundo. O uso de protocolos de atendimento promove melhorias no manejo deste agravo e na qualidade da assistência. Objetivo:analisar o processo de implantação e desenvolvimento de um protocolo gerenciado de sepse pediátrica. Método: nesta dissertação emergiram-se dois estudos, o primeiro trata-se de relato de experiência sobreo desenvolvimento e implantação de protocolo de sepse pediátrica, com etapas construídas a partir da Pesquisa Convergente Assistencial, iniciado em setembro de 2017. O segundo é um estudo experimental do tipo antes e depois realizado em unidades pediátricas de hospital universitário público, Londrina, Paraná, referente a 31 de agosto de 2016 a 31 de setembro de 2017 (antes da implantação do protocolo) e de 01 de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018(após a implantação do protocolo).Foi realizada análise de prontuários das crianças com infecção relacionada à assistência à saúde e analisados os dados pelo programa SPSS®com cálculo de qui-quadrado com p valor <0,05 e Intervalo de Confiança igual a 95%. Este pesquisa seguiu os preceitos éticos e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina com parecer 1.058.883 e CAAE: 43013315.8.0000.5231.Resultados:No primeiro estudo foi descrito as etapas de implantação do protocolo de sepse pediátrica que compreendeu três momentos: pré-intervenção, intervenção e pós-intervenção e o protocolo se constituiu também em três momentos: triagem de casos suspeitos, avaliações e condutas clínicas. Formou-se a equipe gestora da estratégia, elaborou-se o fluxo e ficha de atendimento com identificação e condutas imediatas mediante a sepse em crianças atendidas no Pronto Socorro Pediátrico e internadas nas unidadesde Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica, com base no Protocolo Clínico Pediátrico do Instituto Latino Americano de Sepse e os valores referenciais de sinais vitais da criança gravemente enferma da American Heart Association. Para implantação e divulgação do protocolo foi realizada aula dialogada e atividades dinâmicas semanais nas unidades pediátricas. No estudo dois foram analisados 106 prontuários de crianças com infecção relacionada à assistência à saúde, destas 51 (48,1%) apresentaram sepse e 27 (25,4%) crianças tiveram a presença de dois ou mais episódios de sepse, com média de 3,25 casos de sepse por paciente, os menores de um ano foram os que mais apresentaram sepse e os principais focos infecciosos foram pneumonia e infecção da corrente sanguínea associada ou relacionada à cateter. Os sinais de sepse mais apresentados foram alteração da temperatura, aumento da frequência respiratória e sinal disfunção orgânica com dessaturação de oxigênio. Houve pouca melhora nos registros nos prontuários, porém teve diminuição das internações com tempo maior ou igual 31 dias, re-internação e de 3,8% na taxa de óbito após a implantação do protocolo. Conclusão: A presença de profissionais nas atividades educativas a partir da pesquisa convergente assistencial, e o uso de protocolo de sepse podem auxiliar em melhorias na assistência às crianças com sepse, menos complicações e redução dos gastos hospitalares. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisProtocolo gerenciado de sepse pediátrica : análise da implantação e desenvolvimento em hospital universitárioManaged protocol for pediatric sepsis : analysis of implantation and development in a university hospital2019-11-28Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari . Gilselena Kerbauy Lopes Jaqueline Dario CapobiangoJakeline Barbara AlvesUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.URLBRIntrodução: Considerada um problema de saúde pública, a sepse é responsável pelo aumento do tempo de internação e mortalidade de crianças em todo mundo. O uso de protocolos de atendimento promove melhorias no manejo deste agravo e na qualidade da assistência. Objetivo:analisar o processo de implantação e desenvolvimento de um protocolo gerenciado de sepse pediátrica. Método: nesta dissertação emergiram-se dois estudos, o primeiro trata-se de relato de experiência sobreo desenvolvimento e implantação de protocolo de sepse pediátrica, com etapas construídas a partir da Pesquisa Convergente Assistencial, iniciado em setembro de 2017. O segundo é um estudo experimental do tipo antes e depois realizado em unidades pediátricas de hospital universitário público, Londrina, Paraná, referente a 31 de agosto de 2016 a 31 de setembro de 2017 (antes da implantação do protocolo) e de 01 de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018(após a implantação do protocolo).Foi realizada análise de prontuários das crianças com infecção relacionada à assistência à saúde e analisados os dados pelo programa SPSS®com cálculo de qui-quadrado com p valor <0,05 e Intervalo de Confiança igual a 95%. Este pesquisa seguiu os preceitos éticos e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina com parecer 1.058.883 e CAAE: 43013315.8.0000.5231.Resultados:No primeiro estudo foi descrito as etapas de implantação do protocolo de sepse pediátrica que compreendeu três momentos: pré-intervenção, intervenção e pós-intervenção e o protocolo se constituiu também em três momentos: triagem de casos suspeitos, avaliações e condutas clínicas. Formou-se a equipe gestora da estratégia, elaborou-se o fluxo e ficha de atendimento com identificação e condutas imediatas mediante a sepse em crianças atendidas no Pronto Socorro Pediátrico e internadas nas unidadesde Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica, com base no Protocolo Clínico Pediátrico do Instituto Latino Americano de Sepse e os valores referenciais de sinais vitais da criança gravemente enferma da American Heart Association. Para implantação e divulgação do protocolo foi realizada aula dialogada e atividades dinâmicas semanais nas unidades pediátricas. No estudo dois foram analisados 106 prontuários de crianças com infecção relacionada à assistência à saúde, destas 51 (48,1%) apresentaram sepse e 27 (25,4%) crianças tiveram a presença de dois ou mais episódios de sepse, com média de 3,25 casos de sepse por paciente, os menores de um ano foram os que mais apresentaram sepse e os principais focos infecciosos foram pneumonia e infecção da corrente sanguínea associada ou relacionada à cateter. Os sinais de sepse mais apresentados foram alteração da temperatura, aumento da frequência respiratória e sinal disfunção orgânica com dessaturação de oxigênio. Houve pouca melhora nos registros nos prontuários, porém teve diminuição das internações com tempo maior ou igual 31 dias, re-internação e de 3,8% na taxa de óbito após a implantação do protocolo. Conclusão: A presença de profissionais nas atividades educativas a partir da pesquisa convergente assistencial, e o uso de protocolo de sepse podem auxiliar em melhorias na assistência às crianças com sepse, menos complicações e redução dos gastos hospitalares.Introduction: Considered to be a public health problem, sepsis is responsible for increased length of stay and mortality in children worldwide. The use of care protocols promotes improvements in the management of this condition and the quality of care. Objective: To analyze the process of implementation and development of a managed protocol for pediatric sepsis. Method: in this dissertation two studies emerged, the first is an experience report on the development and implementation of a pediatric sepsis protocol, with stages built from the Convergent Care Survey, started in September 2017. The second is a study before and after experimental study conducted in pediatric units of a public university hospital, Londrina, Paraná, from August 31, 2016 to September 31, 2017 (before protocol implementation) and from September 1, 2017 to August 31 2018 (after the implementation of the protocol). We analyzed the medical records of children with healthcare-related infection and analyzed the data using the SPSS® program with chi-square calculation with p value <0.05 and Confidence Interval equal to at 95%. This research followed the ethical precepts and was approved by the Research Ethics Committee involving Human Beings of the State University of Londrina with opinion 1.058.883 and CAAE: 43013315.8.0000.5231. Results: The first study described the steps of implementation of the sepsis protocol. The pediatric study comprised three moments: pre-intervention, intervention and post-intervention and the protocol was also constituted by three moments: screening of suspected cases, evaluations and clinical management. The strategy management team was formed, and the flow and attendance form were identified with identification and immediate management through sepsis in children treated at the Pediatric Emergency Room and admitted to the Pediatric and Pediatric Intensive Care units, based on the Pediatric Clinical Protocol of the Latin American Institute of Sepsis and the vital values referential values of the severely ill child of the American Heart Association. For implementation and dissemination of the protocol was held dialogued class and weekly dynamic activities in pediatric units. In study two, 106 medical records of children with health-related infections were analyzed, of which 51 (48.1%) had sepsis and 27 (25.4%) children had two or more episodes of sepsis, with a mean of 3.25 cases of sepsis per patient, those younger than one year old had the most sepsis and the main infectious foci were pneumonia and catheter-related or associated bloodstream infection. The most common signs of sepsis were temperature changes, increased respiratory rate and organic dysfunction with oxygen desaturation. There was little improvement in medical records, but there was a decrease in hospitalizations with a time greater than or equal to 31 days, rehospitalization and 3.8% in the death rate after protocol implementation. Conclusion: The presence of professionals in educational activities based on convergent care research, and the use of sepsis protocol can help improve care for children with sepsis, fewer complications and reduced hospital costs.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000230512porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:31:13Zoai:uel.br:vtls000230512Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2022-01-24T18:41:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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