Orações complexas da língua kaingang
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8344 |
Resumo: | Resumo: Esta tese descreve as orações complexas da língua kaingang com base nos pressupostos teóricos da Linguística Descritiva e Funcional Tem como objetivos: abordar, de um ponto de vista descritivo, as orações complexas do kaingang, com vistas a contribuir na elaboração de uma gramática pedagógica da língua; possibilitar material de fácil acesso a professores bilíngues das escolas indígenas do Norte do Paraná; contribuir com os estudos comparativos das línguas da família linguística Jê e; descrever a estrutura das orações subordinadas – completivas, relativas e adverbiais – e das orações coordenadas, partindo da escala de integração gramatical proposta por Payne (1997) Além de Payne (1997), a análise embasou-se nos pressupostos teóricos de Andrews (27), Haspelmath (27), Givón (1979, 21), Keenan (1985), Keenan e Comrie (1997) Noonan (1985, 27), Santana (21), Thompson, Longacre e Hwang (27) Apresenta dados coletados com um informante professor bilíngue da Terra Indígena Apucaraninha (Tamarana – PR) Para coleta de dados utilizou-se questionários constituídos de orações, em português, com a estrutura do objeto de análise Aponta como principais resultados que: a) a língua diferencia a marcação de caso dos argumentos S, A e O nas orações principais e subordinadas, exibindo o sistema nominativo-acusativo nas orações principais e o sistema ergativo-absolutivo nas orações subordinadas As orações coordenadas, assim como as orações simples da língua, exibem o sistema nominativo-acusativo; b) há semelhanças na estrutura das orações subordinadas completivas e relativas: em ambas as construções, a oração subordinada ocorre como uma oração encaixada na posição de um argumento da oração principal; c) as orações completivas e relativas não apresentam uma marca morfológica na oração subordinada, de maneira que a subordinação dessas orações à oração principal se dá em termos semânticos; d) constatou-se cinco tipos de orações subordinadas adverbiais: temporais, locativas, condicionais, finais e causais; e) nas orações adverbiais, há o emprego de conjunções e advérbios; f) constatou-se quatro tipos de coordenação: conjuntiva, disjuntiva, adversativa e conclusiva; g) a língua permite a coordenação de sintagmas e orações por meio de conjunções, advérbios e indicadores de opinião que funcionam como coordenadores, segundo Haspelmath (27) |
id |
UEL_14d1a131ecf47a5140c2edacc6b0b920 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.uel.br:123456789/8344 |
network_acronym_str |
UEL |
network_name_str |
Repositório Institucional da UEL |
repository_id_str |
|
spelling |
Orações complexas da língua kaingangLíngua kaingangLíngua kaingangOrações complexasLinguística descritivaKaingang languageResumo: Esta tese descreve as orações complexas da língua kaingang com base nos pressupostos teóricos da Linguística Descritiva e Funcional Tem como objetivos: abordar, de um ponto de vista descritivo, as orações complexas do kaingang, com vistas a contribuir na elaboração de uma gramática pedagógica da língua; possibilitar material de fácil acesso a professores bilíngues das escolas indígenas do Norte do Paraná; contribuir com os estudos comparativos das línguas da família linguística Jê e; descrever a estrutura das orações subordinadas – completivas, relativas e adverbiais – e das orações coordenadas, partindo da escala de integração gramatical proposta por Payne (1997) Além de Payne (1997), a análise embasou-se nos pressupostos teóricos de Andrews (27), Haspelmath (27), Givón (1979, 21), Keenan (1985), Keenan e Comrie (1997) Noonan (1985, 27), Santana (21), Thompson, Longacre e Hwang (27) Apresenta dados coletados com um informante professor bilíngue da Terra Indígena Apucaraninha (Tamarana – PR) Para coleta de dados utilizou-se questionários constituídos de orações, em português, com a estrutura do objeto de análise Aponta como principais resultados que: a) a língua diferencia a marcação de caso dos argumentos S, A e O nas orações principais e subordinadas, exibindo o sistema nominativo-acusativo nas orações principais e o sistema ergativo-absolutivo nas orações subordinadas As orações coordenadas, assim como as orações simples da língua, exibem o sistema nominativo-acusativo; b) há semelhanças na estrutura das orações subordinadas completivas e relativas: em ambas as construções, a oração subordinada ocorre como uma oração encaixada na posição de um argumento da oração principal; c) as orações completivas e relativas não apresentam uma marca morfológica na oração subordinada, de maneira que a subordinação dessas orações à oração principal se dá em termos semânticos; d) constatou-se cinco tipos de orações subordinadas adverbiais: temporais, locativas, condicionais, finais e causais; e) nas orações adverbiais, há o emprego de conjunções e advérbios; f) constatou-se quatro tipos de coordenação: conjuntiva, disjuntiva, adversativa e conclusiva; g) a língua permite a coordenação de sintagmas e orações por meio de conjunções, advérbios e indicadores de opinião que funcionam como coordenadores, segundo Haspelmath (27)Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Letras e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Estudos da LinguagemAbstract: This thesis describes the complex clauses of kaingang language based on the conceptual framework of Descriptive and Functional Linguistics It aims to: address, from a descriptive point of view, kaingang complex clauses in order to contribute in developing a pedagogical grammar of the language; allow easy materials access to bilingual teachers of Indian schools in northern Paraná; contribute to comparative studies of languages and Ge linguistic family; describe subordinate clauses structure – complementation, relative and adverbial - and coordinate clauses, based on the grammatical scale integration proposed by Payne (1997) In addition to Payne (1997), the analysis is based on Andrews theoretical assumptions (27), Haspelmath (27), Givón (1979, 21), Keenan (1985), Keenan and Comrie (1997) Noonan (1985, 27) Santana (21), Thompson, Longacre and Hwang (27) This study presents data collected with a bilingual teacher of Indigenous as an informant from Apucaraninha (Tamarana - PR) For data collection, we used questionnaires consisting of clauses in Portuguese, with the object´s structure of analysis As main results the study pinted out: a) the language differentiates the case marking of arguments S, A and O in the main and subordinate clauses, showing nominative-accusative system in main clauses and ergative - absolutive system in subordinate clauses The coordinates clauses, as well as the simple clauses of language, show nominative-accusative system; b) there are similarities between the structure of sentential complementation and relative clauses: in both constructions, the subordinate clause occurs as a sentence embedded in an argument position in the main clause; c) the sentential complementation and relative clauses do not present a morphological mark on the subordinate clause, so that the subordination of these clauses to the main clause occurs in semantic terms; d) it was found five types of adverbial subordinate clauses: temporal, locative, conditional, causal and final; e) on the adverbial clauses, there is the use of conjunctions and adverbs; f) it found four types of coordination: conjunctive, disjunctive, adversative and conclusive; g) the language allows coordination of phrases and clauses using conjunctions, adverbs and opinion indicators that act as coordinators, according to Haspelmath (27)Santos, Ludoviko Carnasciali dos [Orientador]Kailer, Dircel AparecidaAltino, Fabiane CristinaSeki, LucyAmado, Rosane de SáTabosa, Luciana Pereira2024-05-01T11:33:11Z2024-05-01T11:33:11Z2014.0018.06.2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/8344porDoutoradoEstudos da LinguagemCentro de Letras e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Estudos da LinguagemLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:47Zoai:repositorio.uel.br:123456789/8344Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:47Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Orações complexas da língua kaingang |
title |
Orações complexas da língua kaingang |
spellingShingle |
Orações complexas da língua kaingang Tabosa, Luciana Pereira Língua kaingang Língua kaingang Orações complexas Linguística descritiva Kaingang language |
title_short |
Orações complexas da língua kaingang |
title_full |
Orações complexas da língua kaingang |
title_fullStr |
Orações complexas da língua kaingang |
title_full_unstemmed |
Orações complexas da língua kaingang |
title_sort |
Orações complexas da língua kaingang |
author |
Tabosa, Luciana Pereira |
author_facet |
Tabosa, Luciana Pereira |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Santos, Ludoviko Carnasciali dos [Orientador] Kailer, Dircel Aparecida Altino, Fabiane Cristina Seki, Lucy Amado, Rosane de Sá |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tabosa, Luciana Pereira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Língua kaingang Língua kaingang Orações complexas Linguística descritiva Kaingang language |
topic |
Língua kaingang Língua kaingang Orações complexas Linguística descritiva Kaingang language |
description |
Resumo: Esta tese descreve as orações complexas da língua kaingang com base nos pressupostos teóricos da Linguística Descritiva e Funcional Tem como objetivos: abordar, de um ponto de vista descritivo, as orações complexas do kaingang, com vistas a contribuir na elaboração de uma gramática pedagógica da língua; possibilitar material de fácil acesso a professores bilíngues das escolas indígenas do Norte do Paraná; contribuir com os estudos comparativos das línguas da família linguística Jê e; descrever a estrutura das orações subordinadas – completivas, relativas e adverbiais – e das orações coordenadas, partindo da escala de integração gramatical proposta por Payne (1997) Além de Payne (1997), a análise embasou-se nos pressupostos teóricos de Andrews (27), Haspelmath (27), Givón (1979, 21), Keenan (1985), Keenan e Comrie (1997) Noonan (1985, 27), Santana (21), Thompson, Longacre e Hwang (27) Apresenta dados coletados com um informante professor bilíngue da Terra Indígena Apucaraninha (Tamarana – PR) Para coleta de dados utilizou-se questionários constituídos de orações, em português, com a estrutura do objeto de análise Aponta como principais resultados que: a) a língua diferencia a marcação de caso dos argumentos S, A e O nas orações principais e subordinadas, exibindo o sistema nominativo-acusativo nas orações principais e o sistema ergativo-absolutivo nas orações subordinadas As orações coordenadas, assim como as orações simples da língua, exibem o sistema nominativo-acusativo; b) há semelhanças na estrutura das orações subordinadas completivas e relativas: em ambas as construções, a oração subordinada ocorre como uma oração encaixada na posição de um argumento da oração principal; c) as orações completivas e relativas não apresentam uma marca morfológica na oração subordinada, de maneira que a subordinação dessas orações à oração principal se dá em termos semânticos; d) constatou-se cinco tipos de orações subordinadas adverbiais: temporais, locativas, condicionais, finais e causais; e) nas orações adverbiais, há o emprego de conjunções e advérbios; f) constatou-se quatro tipos de coordenação: conjuntiva, disjuntiva, adversativa e conclusiva; g) a língua permite a coordenação de sintagmas e orações por meio de conjunções, advérbios e indicadores de opinião que funcionam como coordenadores, segundo Haspelmath (27) |
publishDate |
2024 |
dc.date.none.fl_str_mv |
18.06.2014 2014.00 2024-05-01T11:33:11Z 2024-05-01T11:33:11Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8344 |
url |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8344 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Doutorado Estudos da Linguagem Centro de Letras e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
Londrina |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL) instacron:UEL |
instname_str |
Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
instacron_str |
UEL |
institution |
UEL |
reponame_str |
Repositório Institucional da UEL |
collection |
Repositório Institucional da UEL |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
repository.mail.fl_str_mv |
bcuel@uel.br|| |
_version_ |
1809823255470538752 |