Antibiose de Fusarium verticillioides e detoxificação in vitro de fumonisina B1 por bactérias lácticas

• Autor(a) principal: Hirozawa, Melissa Tiemi
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9226
• topic: Lactobacilo; Adsorção; Fusarium verticillioides; Micotoxinas; Lactobacillus; Adsorption; Fusarium verticillioides; Mycotoxins

Resumo: Fusarium verticillioides é o principal fitopatógeno das culturas de milho, além de causar danos à planta produz metabólitos secundários tóxicos denominados de micotoxinas, sendo o principal produtor de fumonisinas A Fumonisina B1 é o metabólito prevalente e mais tóxico e e pode causar grandes prejuízos econômicos e riscos à saúde de seres humanos e animais Portanto, torna-se fundamental a busca por métodos de controle do crescimento de F verticillioides, além de minimizar a contaminação por fumonisinas O controle biológico utilizando bactérias lácticas (BAL) consiste em um método promissor, pois além da atividade antifúngica, estes micro-organismos apresentam a capacidade de detoxificação de micotoxinas O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica de cepas de BAL frente a 5 cepas de F verticillioides e avaliar a detoxificação in vitro de fumonisina B1 utilizando bactérias lácticas (viáveis e inativadas por tratamento térmico) Também foi avaliada a influência da concentração do caldo MRS, pH e concentração do ácido láctico e ácido acético no antagonismo fúngico, assim como a concentração inibitória mínima dos ácidos láctico e acético As BAL apresentaram diferentes níveis de inibição frente a F verticillioides, sendo que as cepas Lactobacillus reuteri LR-92 e L plantarum BG112 demonstraram maior atividade antifúngica contra a cepa 97L, com diâmetros de inibição de 3 e 24 mm, respectivamente A cepa 97L demonstrou ser a mais sensível à presença do ácido acético e láctico com diâmetros de inibição que variaram de 26 a 55 mm e 1 a 17 mm, respectivamente Todas as cepas de BAL demonstraram capacidade em remover a FB1 in vitro com porcentagens que variaram de 3,1% a 78,% (células viáveis) e 49,5% a 88,% (células inviáveis) L fermentum ATCC 9339 e L reuteri LR-92 apresentaram maiores percentagens de remoção da FB1, 78,% e 8,7% (célula viável e inviável) e 71,9% a 88,% (células viáveis e inviáveis), respectivamente As BAL demostraram atividade antifúngica e capacidade de remoção da FB1, indicando potencial para serem utilizadas como um aditivo para minimizar os riscos à saúde animal