Recusa de leitos e triagem de pacientes admitidos nas unidades de terapia intensiva do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8397 |
Resumo: | Resumo: Introdução: Com o avanço da ciência médica e o envelhecimento da população adveio a necessidade de maior disponibilidade de leitos de terapia intensiva No Brasil, nem sempre o aumento da demanda é acompanhado por aumento proporcional no número de leitos Como resultado, torna-se comum o racionamento na unidade de terapia intensiva (UTI) havendo, então, recusa e triagem desses leitos É consenso que a recusa de leito de cuidado intensivo a paciente crítico aumenta consideravelmente a mortalidade e piora os desfechos para esses pacientes Várias sociedades médicas especializadas desenvolveram diretrizes que auxiliam o momento de triagem, porém, não se sabe se essas orientações são sequer conhecidas nas unidades intensivas do país, menos ainda se há protocolos instituídos de triagem Na literatura os dados a respeito de triagem e recusa de leitos de UTI no Brasil são escassos Objetivo: Conhecer dados a respeito da recusa de leitos nas unidades de terapia intensiva no Brasil, assim como avaliar o uso de sistemas de triagem desses leitos pelos profissionais atuantes nesses estabelecimentos Métodos: Estudo transversal do tipo Survey Foi criado um questionário com 58 perguntas que abrangem os questionamentos do estudo pela metodologia Delphi e com auxílio de cinco especialistas em medicina intensiva, Foram convidados a responder o questionário médicos e enfermeiros inscritos na plataforma online da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIBnet) Uma plataforma da Web (SurveyMonkey®) foi a forma de aplicação Todas as variáveis desse trabalho foram mensuradas em categorias e, portanto, expressas como proporção Foram usados os testes de Qui-Quadrado ou teste exato de Fisher para verificar associação entre as variáveis O nível de significância utilizado foi de 5% Resultados: No total, 231 profissionais responderam completamente o questionário As unidades intensivas nacionais estão com mais de 9% de lotação sempre ou frequentemente para 9,8% dos participantes Dentre os entrevistados, 84,4% relataram já ter deixado de admitir pacientes em leito intensivo devido exclusivamente à lotação da unidade Em torno de metade das instituições brasileiras participantes dessa pesquisa (49,7%) não possui protocolos de triagem de leitos intensivos instituídos Dentre as unidades que tem protocolos, a maioria é baseada no Conselho Federal de Medicina (39,%) A responsabilidade pela recusa ou triagem dos pacientes é, em 4,6% das vezes, do médico diarista ou coordenador da unidade Conclusões: Recusa de leito devido exclusivamente à lotação da unidade é frequente nas unidades intensivas do Brasil Mesmo sendo essa recusa tão frequente, metade dos serviços do Brasil não tem sistemas de triagem de leitos instituídos |
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Recusa de leitos e triagem de pacientes admitidos nas unidades de terapia intensiva do BrasilUnidade de terapia intensiva (UTI)Leitos hospitalaresIntensive care unitHospital bedsResumo: Introdução: Com o avanço da ciência médica e o envelhecimento da população adveio a necessidade de maior disponibilidade de leitos de terapia intensiva No Brasil, nem sempre o aumento da demanda é acompanhado por aumento proporcional no número de leitos Como resultado, torna-se comum o racionamento na unidade de terapia intensiva (UTI) havendo, então, recusa e triagem desses leitos É consenso que a recusa de leito de cuidado intensivo a paciente crítico aumenta consideravelmente a mortalidade e piora os desfechos para esses pacientes Várias sociedades médicas especializadas desenvolveram diretrizes que auxiliam o momento de triagem, porém, não se sabe se essas orientações são sequer conhecidas nas unidades intensivas do país, menos ainda se há protocolos instituídos de triagem Na literatura os dados a respeito de triagem e recusa de leitos de UTI no Brasil são escassos Objetivo: Conhecer dados a respeito da recusa de leitos nas unidades de terapia intensiva no Brasil, assim como avaliar o uso de sistemas de triagem desses leitos pelos profissionais atuantes nesses estabelecimentos Métodos: Estudo transversal do tipo Survey Foi criado um questionário com 58 perguntas que abrangem os questionamentos do estudo pela metodologia Delphi e com auxílio de cinco especialistas em medicina intensiva, Foram convidados a responder o questionário médicos e enfermeiros inscritos na plataforma online da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIBnet) Uma plataforma da Web (SurveyMonkey®) foi a forma de aplicação Todas as variáveis desse trabalho foram mensuradas em categorias e, portanto, expressas como proporção Foram usados os testes de Qui-Quadrado ou teste exato de Fisher para verificar associação entre as variáveis O nível de significância utilizado foi de 5% Resultados: No total, 231 profissionais responderam completamente o questionário As unidades intensivas nacionais estão com mais de 9% de lotação sempre ou frequentemente para 9,8% dos participantes Dentre os entrevistados, 84,4% relataram já ter deixado de admitir pacientes em leito intensivo devido exclusivamente à lotação da unidade Em torno de metade das instituições brasileiras participantes dessa pesquisa (49,7%) não possui protocolos de triagem de leitos intensivos instituídos Dentre as unidades que tem protocolos, a maioria é baseada no Conselho Federal de Medicina (39,%) A responsabilidade pela recusa ou triagem dos pacientes é, em 4,6% das vezes, do médico diarista ou coordenador da unidade Conclusões: Recusa de leito devido exclusivamente à lotação da unidade é frequente nas unidades intensivas do Brasil Mesmo sendo essa recusa tão frequente, metade dos serviços do Brasil não tem sistemas de triagem de leitos instituídosDissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeAbstract: Introduction: With the advance of medical science and the aging of the population, the need for greater availability of intensive care beds has arisen In Brazil, the increase in demand is not always accompanied by a proportional increase in the number of beds As a result, rationing in the intensive care unit (ICU) becomes common, and these beds are then refused and sorted It is a consensus that the refusal of an intensive care bed to a critical patient considerably increases mortality and worsens the outcomes for these patients Several specialized medical societies have developed guidelines that help the moment of triage; however, it is not known if these guidelines are even known in the intensive units of the country, even less if there are established screening protocols In the literature, data on triage and refusal of ICU beds in Brazil are scarce Objective: To know data regarding the refusal of beds in intensive care units in Brazil, as well as to evaluate the use of screening systems for these beds by professionals working in these establishments Methods: Cross-sectional Survey-type study A questionnaire was created with 58 questions that covered the questions of the study using the Delphi methodology and with the help of five specialists in intensive care Physicians and nurses registered on the online platform of the Brazilian Association of Intensive Care (AMIBNet) were invited to answer the questionnaire A web platform (SurveyMonkey®) was the application form All the variables in this work were measured in categories and, therefore, expressed as a proportion Chi-Square tests or Fisher’s exact tests were used to verify the association between the variables The significance level used was 5% Results: In total, 231 professionals completely answered the questionnaire The national intensive units are always or frequently over 9% full for 98% of the participants Among those interviewed, 844% reported that they had already stopped admitting patients to an intensive bed due exclusively to the capacity of the unit Around half of the Brazilian institutions participating in this research (497%) do not have protocols for screening intensive beds in place Among the units that have protocols, most are based on the Federal Medical Counsil (39%) In 46% of the cases, the responsibility for refusing or screening patients lies with the daily physician or unit coordinator Conclusions: Refusal of bed due exclusively to the capacity of the unit is frequent in intensive units in Brazil Even though this refusal is so frequent, half of the services in Brazil do not have bed triage systems in placeGrion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]Almeida, Sílvio Henrique Maia deCardoso, Lucienne Tibery QueirozLepre, Rafaela de Lemos2024-05-01T11:33:25Z2024-05-01T11:33:25Z2022.0022.06.2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/8397porMestradoCiências da SaúdeCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:21Zoai:repositorio.uel.br:123456789/8397Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:21Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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