Associação entre capital social e comportamentos relacionados à saúde : estudo de base populacional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14302 |
Resumo: | Resumo: Estudos que investigam a relação entre comportamentos relacionados à saúde com o capital social (CS) são escassos, especialmente na América Latina O objetivo deste trabalho foi verificar a relação entre indicadores de CS e a prevalência de determinados comportamentos relacionados à saúde Realizou-se estudo transversal, de base populacional, com indivíduos com 4 anos ou mais de um município de médio porte da região Sul do Brasil Os dados foram coletados no primeiro semestre de 211 Para este estudo, foram considerados dados de 181 sujeitos Os comportamentos investigados foram: inatividade física no lazer (INFL), baixo consumo de frutas e/ou verduras (BCFV), tabagismo (TAB) e consumo abusivo de álcool (CAA), além de análise de simultaneidade dos comportamentos citados A INFL foi avaliada a partir do modelo de estágio de mudança de comportamento e as questões relacionadas aos demais comportamentos foram retiradas do questionário aplicado pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do Ministério da Saúde do Brasil Os indicadores de CS foram selecionados a partir do Questionário Integrado para medir CS (QI-MCS): número de amigos e de pessoas que emprestariam dinheiro em caso de necessidade, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro e participação cívica ou comunitária Foi ainda construído um escore de CS, baseado nos indicadores isolados Os dados foram analisados no Programa SPSS vs 19, por meio da regressão logística, realizando-se análise bruta e ajustada (p<,5) Após os ajustes, a INFL esteve associada ao número de amigos, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro, participação comunitária e o escore de CS O BCFV associou-se à participação comunitária e ao escore de CS O TAB se mostrou associado à frequência com que as pessoas no bairro se ajudam e ao escore de CS Apenas a frequência com que as pessoas no bairro se ajudam esteve associada ao CAA Em todas as associações mencionadas, os sujeitos com menor CS tinham maior chance de apresentarem os comportamentos negativos Observou-se ainda que quanto maior o CS, menor o número médio de comportamentos negativos Sujeitos com maior CS apresentaram em média 1,47 (DP=,11) comportamentos negativos, enquanto os com menor CS tinham média de 2,13 (DP=,23) comportamentos negativos Este estudo mostrou uma associação moderada entre diferentes indicadores de CS e os comportamentos relacionados à saúde investigados, sendo mais evidente a relação com a INFL e em menor grau com o BCFV e o TAB A relação do CS com o CAA foi menos evidente Recomenda-se que as políticas de promoção de comportamentos saudáveis considerem o nível e as características do CS de cada lugar e busquem implementar ações que contribuam para a criação de sociedades civis mais organizadas, inclusive porque estas podem representar um aspecto positivo para a adoção dos comportamentos considerados positivos para a saúde |
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Associação entre capital social e comportamentos relacionados à saúde : estudo de base populacionalPromoção da saúdeEstilo de vidaAtitudes em relação à saúdeCapital social (Sociologia)Saúde públicaHealth promotionLife styleHealth attitudesSocial capital (Sociology)Public healthResumo: Estudos que investigam a relação entre comportamentos relacionados à saúde com o capital social (CS) são escassos, especialmente na América Latina O objetivo deste trabalho foi verificar a relação entre indicadores de CS e a prevalência de determinados comportamentos relacionados à saúde Realizou-se estudo transversal, de base populacional, com indivíduos com 4 anos ou mais de um município de médio porte da região Sul do Brasil Os dados foram coletados no primeiro semestre de 211 Para este estudo, foram considerados dados de 181 sujeitos Os comportamentos investigados foram: inatividade física no lazer (INFL), baixo consumo de frutas e/ou verduras (BCFV), tabagismo (TAB) e consumo abusivo de álcool (CAA), além de análise de simultaneidade dos comportamentos citados A INFL foi avaliada a partir do modelo de estágio de mudança de comportamento e as questões relacionadas aos demais comportamentos foram retiradas do questionário aplicado pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do Ministério da Saúde do Brasil Os indicadores de CS foram selecionados a partir do Questionário Integrado para medir CS (QI-MCS): número de amigos e de pessoas que emprestariam dinheiro em caso de necessidade, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro e participação cívica ou comunitária Foi ainda construído um escore de CS, baseado nos indicadores isolados Os dados foram analisados no Programa SPSS vs 19, por meio da regressão logística, realizando-se análise bruta e ajustada (p<,5) Após os ajustes, a INFL esteve associada ao número de amigos, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro, participação comunitária e o escore de CS O BCFV associou-se à participação comunitária e ao escore de CS O TAB se mostrou associado à frequência com que as pessoas no bairro se ajudam e ao escore de CS Apenas a frequência com que as pessoas no bairro se ajudam esteve associada ao CAA Em todas as associações mencionadas, os sujeitos com menor CS tinham maior chance de apresentarem os comportamentos negativos Observou-se ainda que quanto maior o CS, menor o número médio de comportamentos negativos Sujeitos com maior CS apresentaram em média 1,47 (DP=,11) comportamentos negativos, enquanto os com menor CS tinham média de 2,13 (DP=,23) comportamentos negativos Este estudo mostrou uma associação moderada entre diferentes indicadores de CS e os comportamentos relacionados à saúde investigados, sendo mais evidente a relação com a INFL e em menor grau com o BCFV e o TAB A relação do CS com o CAA foi menos evidente Recomenda-se que as políticas de promoção de comportamentos saudáveis considerem o nível e as características do CS de cada lugar e busquem implementar ações que contribuam para a criação de sociedades civis mais organizadas, inclusive porque estas podem representar um aspecto positivo para a adoção dos comportamentos considerados positivos para a saúdeTese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaAbstract: There are few studies investigating the relationship between social capital (SC) and lifestyle, especially in Latin America The present study examined the relationship between indicators of social capital (SC) and health-related behaviors in Brazilian adults A cross-sectional study was conducted in a sample of 1,81 participants representative of the population aged 4 years or more from a mid-size city in southern Brazil Data was collected by trained interviewers during home visits from January to July 211 The behaviors investigated were: physical inactivity in leisure time (PILT), low consumption of fruits and vegetables (LCFV), smoke and binge drinking (BD), and combined analysis of these behaviors The PILT was assessed from stage model of behavior change and evaluation of other behaviors considered the same questions asked by Surveillance System Risk and Protective Factors for Chronic Diseases Telephone Survey (VIGITEL) of Brazilian Ministry of Health Information on indicators of SC were drawn from the Brazilian version of the Integrated Questionnaire for the Measurement of Social Capital (QI-MSC) The following indicators were examined: number of friends, number of people they could borrow money from when in need; extent of trust in community members; number of times members of the community help each other; community safety; extent of membership in community activities and a score of SC, calculated from the individual indicators Data were analyzed using SPSS vs 19, by analysis of crude and adjusted logistic regression, with p <5 After adjustments, the PILT was associated with number of friends, extent of trust in community members; number of times members of the community help each other; community safety; extent of membership in community activities and a score of SC The LCFV was associated with extent of membership in community activities and score of SC The smoke was associated with the number of times members of the community help each other and SC score Only the number of times members of the community help each other was associated with BD In all associations, subjects with lower CS were more likely to have negative health behaviors A higher score of SC showed an inverse dose-response relationship with the number of prevalent risk behaviors The subjects with higher SC had on average 147 (SD = 11) negative behaviors, while less CS had a mean of 213 (SD = 23) negative behaviors This study showed a moderate association between different indicators of SC and health-related behaviors, evidencing a clear relationship with PILT and a less strong association with LCFV and smoking The relationship between the SC and the BD was not evident The results suggest that the degree and local characteristics of SC should be considered in the development of health promotion policies It is recommended that policies to promote healthy behaviors take into account the level and characteristics of the SC of each community and try to implement actions that will contribute to creating Civil Societies more organized and with more social participation, which may be positive for the adoption of healthy behaviors by peopleSouza, Regina Kazue Tanno de [Orientador]Hallal, Pedro Rodrigues CuriPattussi, Marcos PascoalMesas, Arthur EumannAndrade, Selma Maffei deLoch, Mathias Roberto2024-05-01T14:29:57Z2024-05-01T14:29:57Z2013.0007.08.2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/14302porDoutoradoSaúde ColetivaCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:08Zoai:repositorio.uel.br:123456789/14302Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:08Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Resumo: Estudos que investigam a relação entre comportamentos relacionados à saúde com o capital social (CS) são escassos, especialmente na América Latina O objetivo deste trabalho foi verificar a relação entre indicadores de CS e a prevalência de determinados comportamentos relacionados à saúde Realizou-se estudo transversal, de base populacional, com indivíduos com 4 anos ou mais de um município de médio porte da região Sul do Brasil Os dados foram coletados no primeiro semestre de 211 Para este estudo, foram considerados dados de 181 sujeitos Os comportamentos investigados foram: inatividade física no lazer (INFL), baixo consumo de frutas e/ou verduras (BCFV), tabagismo (TAB) e consumo abusivo de álcool (CAA), além de análise de simultaneidade dos comportamentos citados A INFL foi avaliada a partir do modelo de estágio de mudança de comportamento e as questões relacionadas aos demais comportamentos foram retiradas do questionário aplicado pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do Ministério da Saúde do Brasil Os indicadores de CS foram selecionados a partir do Questionário Integrado para medir CS (QI-MCS): número de amigos e de pessoas que emprestariam dinheiro em caso de necessidade, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro e participação cívica ou comunitária Foi ainda construído um escore de CS, baseado nos indicadores isolados Os dados foram analisados no Programa SPSS vs 19, por meio da regressão logística, realizando-se análise bruta e ajustada (p<,5) Após os ajustes, a INFL esteve associada ao número de amigos, confiança nas pessoas do bairro, frequência com que as pessoas no bairro se ajudam, segurança no bairro, participação comunitária e o escore de CS O BCFV associou-se à participação comunitária e ao escore de CS O TAB se mostrou associado à frequência com que as pessoas no bairro se ajudam e ao escore de CS Apenas a frequência com que as pessoas no bairro se ajudam esteve associada ao CAA Em todas as associações mencionadas, os sujeitos com menor CS tinham maior chance de apresentarem os comportamentos negativos Observou-se ainda que quanto maior o CS, menor o número médio de comportamentos negativos Sujeitos com maior CS apresentaram em média 1,47 (DP=,11) comportamentos negativos, enquanto os com menor CS tinham média de 2,13 (DP=,23) comportamentos negativos Este estudo mostrou uma associação moderada entre diferentes indicadores de CS e os comportamentos relacionados à saúde investigados, sendo mais evidente a relação com a INFL e em menor grau com o BCFV e o TAB A relação do CS com o CAA foi menos evidente Recomenda-se que as políticas de promoção de comportamentos saudáveis considerem o nível e as características do CS de cada lugar e busquem implementar ações que contribuam para a criação de sociedades civis mais organizadas, inclusive porque estas podem representar um aspecto positivo para a adoção dos comportamentos considerados positivos para a saúde |
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